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Cellbit não sabia como e por que estava devolta a Quesadilha.
Não havia nenhuma lembrança sobre ter chegado nela depois do Purgatório.
Talvez seja apenas um sonho esquisito?

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Seus pensamentos vagos ocupavam sua cabeça.
Deitado, ele encarava o teto acima de sua cama, já havia amanhecido, porém estava distraído demais para perceber, nem ao menos percebeu seu marido o encarava pelo canto do quarto.

– ¿Oye, estás me escuchando? – Roier se aproxima, ficando em pé ao lado de Cellbit.

– Ei pendejo ! ce' me assustou, não te vi aí – Se virou assustado ao notar a presença do outro, que apenas o olhou com as sobrancelhas arqueadas.

– Es hora de levantarse culero, ¿qué estabas haciendo?– Roier começa a se deitar em cima de Cellbit, aconchegando se entre seus braços, virou seu rosto para encará-lo. De manhã, percebia como ele ficava fofo sempre que acordava.

– Apenas reflexões da manhã.

– ¿Qué tipo de reflexiones? – Roier acariciava a cabeça de seu esposo, apenas o observando.

– É segredo. – Brincou, afundando seu rosto no pescoço do marido logo em seguida, quase adormecendo novamente.

Ficaram de grude por no mínimo meia hora, apenas contemplando a companhia um do outro, tendo beijos e flertes soltos por todo esse tempo, deitados na cama. Finalmente, com muita insistência, Roier conseguiu tirar Cellbit da cama, levando ele estilo noiva até a mesa de refeições.


– Já pode me descer pendejo, inaceitável, o que tem de tão bom hoje pra você me tirar da nossa cama tão confortável? – Reclamou enquanto se ajeitava na cadeira.

– Hoy habrá fiesta de celebración por la llegada de nuevos habitantes del purgatorio – Roier coloca o prato com panquecas que havia preparado e um copo de café na frente de seu esposo.

– Ah... entendi – Sua voz sai baixa como um sussuro, sua mente entrando em combustão.

Novos habitantes do Purgatório? Mas como?

Aqueles pensamentos estavam voltando, deixando o brasileiro desconexo do que estava acontecendo. Sua cabeça começará a latejar, sua mão tremia enquanto levava o copo para sua boca, encarava as panquecas a sua frente.

O Purgatório.. Ele ainda existe? Como eles vieram para cá? Por que eles vão vir morar aqui? Como eu vim para cá também? Eu... ?

– OYE PEPITO Y RICHARLYSON !! YA ÉS HORA DE LLEVANTARSE, VAMONOS, EL CAFÉ ESTÁ LISTO – Cellbit volta a realidade ao escutar seu esposo gritar da cozinha, recordando que seus filhos ainda estavam presentes aqui.

– Pa, ya estábamos despiertos – uma figura pequena se apresenta, caminhava em direção a sala, esfregando suas pequenas mãos em seu rosto enquanto bocejava. Vestia um macacão do homem aranha  acompanhado pelo seu grande óculos redondo.


– Bom dia pepito, dormiu bem ? – Cellbit acena para o menor.

– Apa Cellbi ! – a criança avista o homem, e rapidamente corre até ele o abraçando.

– Ce' tá ficando forte em – O detetive fazia carinho na cabeça do menino, bagunçando seu cabelo.

𝗔𝗿𝗲 𝘆𝗼𝘂 𝗼𝗸?. guapoduoOnde histórias criam vida. Descubra agora