two.

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Patético, Patético, Patético, olha só para você, quanta modéstia para pessoas que semanas atrás você enfiava lâminas em seus corações, você se divertiu com aquilo?

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Cellbit encarava o espelho, questionando se deveria ir ou não para esta festa. Seu terno nada confortável, lhe causava muito incômodo, era justo demais e o tecido nao era muito firme, ele se sentia sufocado; Isso aqui é apertado, murmurou. Havia tentado de todas as formas convencer Roier que não era necessário tanta formalidade para um evento como esse, porém seu esposo recusava, queria estar o mais charmoso possível, hábitos esse que o loiro detestava e amava ao mesmo tempo.

– ¿Ya estás listo Cellbo? – Roier apareceu por trás de Cellbit, arrumando a bandana em sua testa, de tonalidade azul para combinar com a vestimenta.

Cellbit mirou seus olhos para o marido, ele estava radiante, seu palitó justo destacava suas curvas e músculos, enquanto o sorriso em seu rosto brilhava na direção dele. Suas pupilas dilataram só de se encontratem com a íris castanha do rapaz. Suspirou apaixonado, como esse mexicano poderia ser tão gostoso? com todo respeito.

– To sim, as crianças já estão lá? não vi elas desde que saí do banho. – Se aproximou do mexicano com um sorriso bobo, colocando a mão em sua cintura.

– Sisi, ya estan – Sorriu arqueando as sombrancelhas – Que anda Cellbit? No te aguentas el mexican mamadissimo? Necessitas ayuda ? – Roier rodeu com os braços o pescoco de Cellbit, colando seus corpos.

– Pendejo – Disse, selando os lábios com os do mexicano, em um envolver carinhoso. Roier acariciava a nuca do brasileiro durante o beijo, tão confortante, gostaria de ficar nisso para sempre, tendo o amor de sua vida em seus braços, sem nenhuma preocupação, apenas beijinhos e amor.

Separados pelo fôlego, o sentimento de saudade invadia seu peito, queria continuar estar entregue para o moreno, não importasse o que.

– Oye pinche pendejo, eres un culero, no podemos nos atrasar , vamonos en uno minuto, esperame – avisou, dando tapinhas para se separem do abraço, se afastou dando uma piscadela e entrou no banheiro novamente.

Cellbit apenas suspirou pesadamente, não estava nada afim de se encontrar com aquelas pessoas, muita gente e barulho no mesmo lugar, aquilo lhe causava calafrios. Desceu as escadas caminhando até salão principal, sentando-se em seu trono enquanto esperava seu marido ficar pronto.  O relógio marcava 18:45, em alguns minutos o evento já iria começar. O céu já estava escurecendo, o brilho lunar refletia sobre o hall de entrada do castelo, trazendo serenidade para o salão. Seus olhos se fecharam lentamente apenas querendo relaxar seu nervosismo, sem intenção de adormecer. Era difícil controlar sua inquietação, como deveria agir? O que falar para aquelas pessoas?.

Você é fraco, me pergunto por que não está levando sua adaga, está com medo de machucar eles novamente? mas você adorou tanto saborear o sangue e o desespero deles.

As vozes ecoavam em sua mente, não sabia o que fazer para não escutá-las, sempre que apareciam sua cabeça começava a latejar dolorosamente, enquanto seu corpo tremia. A ansiedade aumentava a cada segundo, sentia uma breve falta de ar, talvez não tenha sido uma boa ideia ter concordado em comparecer na cerimônia, ele sabia que seus amigos iriam entender, mesmo assim tinha medo de chatea-los; Seus pés batiam impacientemente, começando a suar frio, Não é hora de ficar nervoso, se recomponha idiota!  deu um tapa em sua bochecha, abrindo seus olhos.

𝗔𝗿𝗲 𝘆𝗼𝘂 𝗼𝗸?. guapoduoOnde histórias criam vida. Descubra agora