ᴠᴀᴍᴏꜱ ꜱᴇʀ ᴏ ɴᴀᴅᴀ? - ɴɪᴄᴏʟᴀꜱ ᴍᴄ

14

HOJE acordei sem vontade de fazer nada,suspirei olhando as horas e logo me levantei. Tomei meu banho,me arrumei e desci as escadas,fiz a merenda de minha avó e fui deixar no quarto dela. Ela estava olhando pra cima e parada,eu suspeitei e apenas dei um beijo na testa dela falando que  a merenda tava ao lado. Ela continua parada e eu chacoalha levemente seu braço.

Vovó? -chamo ela preocupada.-

Chacoalho ela,ela ainda estava respirando,eu não sei se ela estava bem ou se estava ruim. Corri rapidamente para meu quarto e peguei o celular ligando para Levinsk,Maria estava ao lado dela porque ouvi sua voz e eu tava desesperada,as duas vieram correndo rapidamente. Maria me abraçava enquanto eu chorava e Levinsk ligava para a ambulância e tentava ver se minha vó estava bem.  Nicolas veio junto de Maria e se ajoelhou na minha frente enquanto Maria ia na cozinha pegar copo de água.

Vai ficar tudo bem com ela,não se preocupa. -ele segura minha mão e me olha nos olhos-

Puxo minha mão de volta e desvio o olhar me encolhendo na cama,sentada.

Ei,para com isso eu só tô tentando ajudar.-nicolas diz.

Ele se aproxima de mim e me abraça pelo lado enquanto estou chorando com os joelhos encolhidos.Ele me dá um beijo no topo da cabeça.

Ela vai ficar bem. -ele diz e levanta minha cabeça- se ficar com pensamentos negativos vai ser pior, então presta atenção.

Olho pra ele com os olhos cheios de lágrimas,observei e ele parecia estar me acalmando pelo olhar.

Entendeu?-ele diz e eu acenti-

Maria entra no quarto com um copo d'água cheio e me entrega,bebo tudo e suspiro tremendo enquanto olho pra baixo a abraço a pessoa a meu lado,Nicolas. Ele fica um tempo parado e depois me abraça de volta.

Espera,fica aqui. -ele diz acariciando meu cabelo e se levanta.-

Maria me abraçava e depois de um tempo ele volta com uma caixinha de suco de maçã e me entrega. começo a tomar e fico cada vez mais calma.

Ela tá bem, tá bom? -sorri mandando beijinho e eu acenti.-

Obrigada por me ajudarem,eu precisava.--digo--

Claro, você sempre precisa de mim. -nicolas fala se gabando e eu reviro os olhos- já ficou chata denovo? A alguns segundos atrás tava me abraçando.

Chuto ele e ele cai da cama. Fico preocupada e corro na direção dele.

Desde quando se preocupa comigo? -ele fala rindo-

Malu,já vou indo amanhã te levo no hospital pra visitar sua avó.-maria diz se aproximando de mim.-

Me levanto da cama sorrindo e corri até ela, abraçando ela.

Obrigada por tudo-falo abraçando a mesma-

Por nada,nega. -beija minha testa-

Nicolas olha pra mim manda beijinho,reviro os olhos sorrindo e ele ri acenando.

Espera. -chamo ele,que se vira na minha direção enquanto Maria se retira do quarto- obrigada. -falo abraçando ele,mas parecia uma abraço diferente,um abraço que dava de sentir tudo oque eu tava sentindo. Ele fica surpreso e da um levinho passos pra trás se encostando na porta fechada.-

... -senti a respiração dele lenta em minha orelha e me abraçar lentamente de volta,com um sorriso.-

Me senti bem. Quebro o abraço e olho pra ele que estava com as orelhas vermelhas.

olha só. --falo rindo--

Vai se ferrar. -ele segura nos meus dois ombros enquanto me fasta mais dele,enquanto ri.-

Continuei rindo.

Mas é sério,obrigada.-

Denada..-

Não sabia que era tímido com abraços desse tipo. --falo--

Não sou,doida.-ele diz-

Uhum,vou fingir que acredito dessa vez. -dou uma piscadela-

Ele resmunga e abre a porta falando que já vai.aceno pra ele sem nenhuma expressão e ele me dá língua,franzi a testa e dou língua de volta,fazendo ele rir.

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Já é outro dia,amanhece e eu dou um pulo da cama rapidamente. Me levanto nas pressas e tomo meu banho.
Faço minha merenda e sinto falta de fazer a merenda de minha avó,e eu sei que nem passou tanto tempo assim. fico olhando para o nada por alguns segundos e ouvi batidas na porta. Deixo Maria entrar e aviso ela que vou escovar meus dentes,ela se senta no sofá e logo depois desço.

Vamos. -ela fala enquanto se levanta e segura minha mão-

Nós chegamos no hospital e entramos na sala onde minha vó estava,ela estava desacordada. Me aproximo dela e lhe dou um beijo na testa enquanto seguro sua mão e fecho os olhos,era como se eu estivesse conversando com ela através do silêncio,eu podia sentir.

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Maria sai pra batalha de rima e fico em casa sozinha,jogo PlayStation,assisto desenhos,filmes,comi pipoca,subo pro meu quarto e mexo no celular.eu estava morrendo de tédio.

Fiquei pensando em minha avó,em como ela é importante pra mim..não quero perder ela,eu não consigo imaginar oque eu seria sem ela.Tenho medo de perder mais uma pessoa na minha vida,o médico disse que ela está com um tumor na cabeça. Quando eu soube eu desabei e não consegui pensar em mais nada,minha mente fica em branco e passa uma série de momentos bons que já passei ao lado dela,desde pequena até hoje. E onde meu pai deve estar em momentos como esses? Ah claro,digamos que ele não é mais da família..eu nunca vi ele então não me importo,por mim eu não tenho o direito de chamar ele de pai sequer sabe? É tão estranho.

Lembro que naquele momento meu coração batia fortemente que parecia que ia sair da minha garganta,eu estava sozinha ali e poderia chorar a vontade. Mas eu não chorei porque eu queria mostrar pra mim mesma que eu posso ser forte,apesar de eu ser nova eu posso ser forte,cuidei dela ainda com essa idade mesmo ela tendo que cuidar de mim. Faz algum tempo que não a ouvia falar,nunca mais havia ouvido aquela voz suave que ela tinha quando eu tinha 8 anos e ela contava histórias da minha mãe pra mim,eu sinto tanta,tanta saudade disso.

Me perco nos meus pensamentos e acabo adormecendo.