Estranho Pazer.

"Shibari tau"

Minha manhã foi péssima. A vergonha estava estampada em meu rosto e a probabilidade de eu olhar no rosto de Sasuke novamente é nula. Como eu pude ser tão estúpida? Seria melhor eu continuar na ignorância, pensando que ele estava interessado em mim e não ter passado por essa vergonha desnecessária.

O mais difícil foi ter que fazer o fechamento de caixa e não conseguir raciocinar direito porque meu cérebro vive em um looping do ocorrido mais cedo. A imagem do rosto dele no momento em que me disse as verdades fica se formando até mesmo na minha tela do computador. Adoraria me enterrar para fugir dessa vergonha colossal.

– Hoje meu almoço será especial. – Ino comentou, não queria ser intrometida, então decidi ser educada dando um sorriso amigável. – Te vejo mais tarde, Sakura?

– Claro, aliás, parabéns por mais um ano de vida.

– Obrigada! Você não parece tão- – O nosso telefone tocou e ela atendeu, agradeço por ela sempre atender pois odeio falar por telefone. – É para você, Sakura.

– Certo. – Peguei o meu telefone rezando para que falasse em inglês. – Sakura, bom dia!

– Sakura, esqueci de te avisar que sairia de férias, na realidade, Mikoto quem me obrigou a sair de férias com ela. Quem tem autorização para realizar a liberação no banco é o Sasuke, entrega a remessa de pagamento para ele, tudo bem?

– Ah... – justamente quem eu queria ter contato! Maravilha... – Aproveite bem suas férias, Sra. Tsunade! Até breve.

– Obrigada, prometo te levar uma lembrancinha. Se cuida.

Ela desligou. Por que? Por que ele? Por que não o Kakashi? Olhei ao meu redor e estava tudo normal, todas as outras moças focadas em seus respectivos monitores. Peguei a remessa da manhã, organizei conforme o relatório do sistema, respirei fundo e fui em direção a sala dele. Hoje pela manhã Sasuke disse que ficaria fora o dia todo, no entanto não o vi saindo pela porta que ele entrou, a que fica de frente para o administrativo e espero muito que ele tenha saído pela outra porta de seu escritório, assim eu não precisarei olhar em seu rosto, apenas deixar os documentos e voltar aos meus fechamentos.
Bati na porta em busca de algum retorno, no entanto, não obtive. Maravilha! Entrei em sua sala pela primeira vez, tudo não clean e bem organizado. Ele tem a visão de todo o administrativo como a sala da Sra. Tsunade. Pela segunda porta, que às vezes via ele entrando quando eu ia comer algo ou ia ao toalete, via apenas um grande sofá com mesinha no centro, talvez para descansar, não sei. Segui em direção a sua mesa de trabalho, deduzi ser lá porque seu notebook está nela, então ouvi o que menos queria.

– Haruno, o que deseja?

Virei meu corpo encarando aquela imensidão escura, sobrancelhas bem desenhadas em um rosto escultural. Seu cheiro forte invadiu todo o espaço da sala... ou apenas do meu canal respiratório, não sei. Ainda sinto o cheiro gostoso de seu perfume, nada comparado com os perfumes franceses, mas mesmo assim muito bom.

– Hvem er det? – Perguntou o homem que estava atrás dele e eu não tinha percebido antes. Agradeço por Kakashi me ensinar o básico de norueguês até o momento e sei que ele perguntou que eu sou.

– Dette er Sakura, far, nyansatt som jobber direkte med Tsunade. (Sakura, pai, a nova contratada que trabalha diretamente com Tsunade).

– Ah, Sakura. Imagino que ainda não compreende o noruegues direito, certo?

– Estou aprendendo aos poucos com o sr. Hatake, ele é um ótimo professor.

– É muito bom saber que está se esforçando para aprender a língua daqui. – Sorri gentilmente ao homem. – Prazer, sou Uchiha Fugaku. Shizune comentou sobre o ocorrido com o seu ex-marido, eu sinto muito.