Amor Proibido

Meu Deus

Continuando...

Narrador POV

O barulho do celular escoou por todo o apartamento de Marilia, enquanto ela estava acordada deitada de bruços em sua cama à espera de qualquer mensagem da Maiara, já era tarde o suficiente, ao ouvir tocar, correu para poder atender.

Olhou no visor e constatou ser um número totalmente desconhecido para ela, arqueou as sobrancelhas e um frio percorreu em seu corpo, pegou rapidamente e o atendeu.

Ligação ON:

Marilia: Alô, quem é?

Desconhecido: Alô, é a Marilia?

A voz grossa do homem velho escoou em seis ouvidos e um certo nervosismo tomou conta da Marilia.

Marilia: Sim... Quem é?

Desconhecido: Marilia... Tem uma moça aqui em meu estabelecimento, se chama Maiara, eu estava fechando o lugar e a vi correr desesperada pedindo ajuda, especialmente por você.

Marilia paralisou, um turbilhão de coisas agora passava em sua cabeça.

Marilia: O QUE? Como assim? Machucaram ela?

Desconhecido: Ela está vomitando sem parar, o corpo com marcas e machucado, ela disse ter sido abusada por alguém, eu pedi para ela dar algum número de alguém e ela me passou o seu.

O corpo inteiro de Marilia gelava com cada palavra dita do homem do outro lado, ela não conseguia ter uma reação com aquilo.

Abuso, Maiara, machucada. Eram as palavras que cravaram em sua mente e o que deixava perplexa e sem chão. Marilia rodeou por todo o quarto sentindo a respiração do homem mais velho enquanto murmurava algo no fundo.

Desconhecido: Marilia? Está aí?

Marilia: É... Meu Deus, você pode me passar o endereço do seu estabelecimento? Eu preciso saber se ela está bem.

Desconhecido: Eu não sei te dizer isso, ela chegou toda desesperada chorando, e agora está vomitando sem parar, precisamos fazer alguma coisa!

Marilia suava frio, ao ouvir ele passar o endereço do lugar, a garota tratou de pegar sua jaqueta e os seus sapatos, calçou depressa e caminhou para pegar a chave de seu carro, avisou que estava a caminho.

Ao descer até o estacionamento, ela não queria poder imaginar coisas horríveis, o que de fato havia acontecido com a Maiara, precisava ter calma o suficiente para poder dirigir até o local.

- Okay Marilia... Calma, calma. - pedia para si mesma. Ligou o carro e assim se foi.

Após meia hora, ela finalmente havia chegado, era um posto enorme quase fechado e de fundo ao lado dos estabelecimentos, parou seu carro e caminhou até o único estabelecimento aberto e acesso, avistou um rapaz e o senhor com que falara no telefone e por fim, a imagem mais triste e agoniante, Maiara sentada no chão com duas garrafas de água e um pano para se limpar, seus cabelos bagunçado e o seu rosto repleto de lágrimas, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, a latina se tremia e contorcia.

- Maiara! Pelo amor de Deus... - foi a única coisa que Marilia disse já pegando sua jaqueta que vestia dando à ela que se encolheu em seu corpo chorosa.

- Moça, não acha melhor chamar a polícia? Isso não pode passar despercebido, o que aconteceu com ela foi algo bastante sério. - o homem mais velho dizia enquanto o rapaz ajudava Maiara a se levantar.

A latina só sabia se tremer e chorar sem parar, e aquele choro que estava doendo o coração da mais velha que a abraçou fortemente. Em um movimento rápido, Marilia depositou suas duas mãos no cabelo da menor fazendo um carinho leve tentando acalmar.