único; lovely boy

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MARINETTE SENTOU NA última cadeira da arquibancada da quadra de basquete, na lateral esquerda

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MARINETTE SENTOU NA última cadeira da arquibancada da quadra de basquete, na lateral esquerda. Camuflou no meio da multidão de pessoas tentando ao máximo ficar escondida. Realmente, ela não sabia porque ela estava ali.

Fazia algumas semanas que ela estava gostando de acompanhar os jogos de Adrien Agreste, mas não queria ser notada. Ela sabia que o motivo era o fato de que desde que passaram a estudar na mesma turma, ela percebeu sentir um certo encanto por ele que aos poucos virou uma paixão que jamais imaginou que poderia acontecer. Eram amigos desde que ele havia entrado no colégio, mas Adrien estudava em outra turma. No ensino médio, aquilo mudou. Agora, no terceiro ano do colegial, ela via Adrien todos os dias, sentavam próximos todos os dias, conversavam todos os dias.

E perceber que estava apaixonada foi como um soco bem dado em seu rosto.

Afinal, Adrien era seu amigo, um homem muito bonito e disputado por uma dúzia (ou mais) de garotas que estudavam ali. Ela não queria fazer parte do time de garotas que disputavam Adrien Agreste.

Por isso, passou a fugir de Adrien como podia. Sentava em outro lugar após o cumprimentar, fugia para algum canto do colégio no intervalo e sempre entrava em algum grupinho de conversa para parecer ocupada naquelas semanas. Adrien também parecia ocupado, as finais do campeonato regional de basquete e os estudos para o vestibular no final do semestre estavam tomando o tempo e ela ficava aliviada por ele não estar indo atrás dela e dificultando seu afastamento.

Porém, ela sentia falta dele e a única forma que havia achado para suprir sua falta eram os jogos de basquete. Amava vê-lo jogar e torcia para ele, mesmo que sempre naquele canto afastado e com cores pouco chamativas para ficar escondida na multidão.

— Olá, Mari.

O cumprimento a fez responder de modo baixo enquanto encarava a tela do celular. Estava distraída com um jogo que baixara na semana anterior, porém o raciocínio logo a fez desviar o olhar. Aquela voz....

— Adrien?!

Marinette arregalou os olhos ao ver o loiro sentado ao lado dela. Adrien parecia casualmente vestido com uma calça jeans e uma blusa de moletom. Seus cabelos loiros que tendiam ao dourado quando estavam na luz pareciam levemente despojados. Ele sorriu para ela, parecendo gostar da reação inesperada da mestiça ao seu lado.

— Adrien Agreste, princesa. Ao seu dispor. — Ele ainda mantinha o sorriso ao terminar de falar. — Por que essa surpresa?

— Pensei que fosse jogar!

Adrien ergueu o braço enfaixado com um sorriso zombeteiro.

— Torci o pulso no treino. Estou de molho até a segunda ordem. — Ele deu de ombros. — Até falei para o treinador que poderia jogar, mas ele não deixou. Sabe como Plagg é.

A Dupain-Cheng assentiu.

— Bem, então eu.... ah.... acho que recebi uma mensagem aqui e....

O loiro meneou a cabeça. Puxou o celular dela com delicadeza, colocando sobre a coxa dele e então a encarou.

— Não vai a lugar nenhum sem falar comigo antes, mocinha. — Ele a encarou. — Sabe que precisamos conversar, Mari.

Sim, caramba, ela sabia! Porém quem disse que ela queria?!

— Não sei do que está falando.

— Não faz a sonsa, princesa. — Adrien recostou na cadeira de plástico. Os jogadores começaram a entrar e a torcida parecia ir ao delírio. Marinette também deixou as costas irem de encontro ao apoio. — Por que está fugindo de mim? O que eu te fiz?

Marinette bufou e então meneou a cabeça, cruzando os braços.

— Você nasceu charmoso, Adrien. Foi isso que você fez.

A frase dela arrancou risadas do maior. Adrien a olhou.

— Está fugindo de mim por ser legal, princesa?

— Estou fugindo de você por você ser tão.... apaixonante, Adrien Agreste.

Ele meneou a cabeça.

— Então eu devo começar a fugir de você pelo mesmo motivo, Marinette Dupain-Cheng.

O dito por ele automaticamente atraiu a atenção dela. Marinette franziu o cenho.

— O que está dizendo?

— Ah, qual é Marinette! — Adrien riu. — Não vai dizer que não percebeu que eu, esse pobre loiro jogador de basquete, estou caidinho por você desde o ano passado?

Ela piscou algumas vezes.

— Não. Eu não percebi.

Ele riu.

— Pois é, senhorita. Eu estou perdidamente apaixonado por você desde o ano passado, mas não sabia como te dizer isso sem, você sabe, ficar com receio de perder sua amizade e....

Adrien não terminou a frase. Marinette o puxou pelo colarinho do moletom e tascou-lhe um beijo muito bem dado nos lábios tão macios de Adrien Agreste, um beijo que ele retribuiu no mesmo momento. Era um beijo tão desejado que eles ficaram naquele mundinho por segundos antes de afastarem as bocas.

E Marinette ficou vermelha de vergonha.

— Adrien, desculpa, eu....

Adrien não a deixou pedir desculpas. Deu-lhe outro beijo como forma de reafirmar que estava tudo bem e também pelo desejo de provar novamente os lábios dela. Então, novamente, afastou a boca da dela e ficou em pé.

— Vamos sair daqui.

Ela franziu o cenho.

— Por que?

— Porque eu quero muito provar seus lábios mais vezes sem a gente virar o centro das atenções.

Só então Marinette percebeu o olhar dos garotos do time, que pareciam vibrar felizes pelo fato de Adrien finalmente estar aos beijos com a garota que ele sempre falava nos treinos.

EscapeWhere stories live. Discover now