Prólogo

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O reino de Atlantes, situado no norte da Europa, é uma terra ancestral que sempre esteve nas mãos da poderosa família Andersen. O comando do reino foi transmitido de geração em geração, solidificando a linhagem real e seu legado de governança.

As terras do reino do norte, banhadas pelo majestoso mar Báltico, são verdadeiros tesouros da natureza. Além de sua beleza cênica, são ricas em recursos preciosos, como pedras preciosas de todas as cores e o cobiçado âmbar. Esta última, uma resina fossilizada proveniente de pinheiros antigos, não apenas brilha com uma beleza etérea, mas também possui propriedades terapêuticas notáveis, cujo uso se estende desde a cura de enfermidades até a criação de objetos de luxo.

A economia do reino prospera com a extração, lapidação e comércio dessas pedras preciosas e do âmbar. Além disso, suas terras férteis são propícias para a agricultura, especialmente para o cultivo de trigo e cevada. A habilidade artesanal dos habitantes de Atlantes é evidente na fabricação de objetos e armas de prata e bronze, conhecidos por sua qualidade excepcional e beleza duradoura.

No entanto, a riqueza e a posição estratégica de Atlantes atraem a cobiça de diversos reinos vizinhos ao longo da história. O maior inimigo declarado dos Andersen é o ambicioso rei Kaled, governante do reino do Sul. A rivalidade entre as duas famílias começou há gerações e se intensificou após um casamento fracassado entre os clãs.

A união entre o rei Elric e a princesa Helena de Etéria, um reino próspero que faz fronteira com Atlantes, foi inicialmente planejada para fortalecer laços e alianças entre os reinos. No entanto, os planos de paz foram arruinados pela ambição desmedida e traição. A guerra resultante culminou na morte do pai de Helena e na ascensão de Elric ao trono de Atlantes, com Etéria sendo incorporada ao reino.

Dessa união nasceram três filhos: Dimitri, Henrique e Vincent. Dimitri, como primogênito, foi preparado desde a infância para liderar o reino e proteger sua família das ameaças que os cercam. No entanto, o destino o colocará diante de desafios que vão além das habilidades de combate que ele tanto dominou.

No reino de Atlantes, a linhagem dos Andersen reinava há séculos, guiando o destino do povo com sabedoria e força. Desde jovem, Dimitri foi preparado para suceder seu pai, o rei Elric, como o líder supremo do reino do Norte. Seu treinamento nas artes da guerra era rigoroso, moldando-o em um guerreiro formidável desde tenra idade.

No entanto, por trás da máscara de imponência e coragem, havia um coração dilacerado pela tragédia. A morte de sua esposa e filho em uma traição cruel deixou cicatrizes profundas em sua alma, transformando-o em um homem marcado pela dor e pela solidão.

A cada batalha vencida, a cada inimigo derrotado, ele buscava redenção por meio da vingança, alimentando a chama da raiva que ardia em seu peito.

Maya, a princesa do reino do Sul, era uma luz em meio às sombras que envolviam Dimitri. Sua determinação e coragem eram tão impressionantes quanto sua beleza estonteante. Criada para governar, mas também para lutar pelo que acreditava, Maya não era uma típica princesa em busca de um conto de fadas, mas sim uma mulher destinada a desafiar convenções e moldar seu próprio destino.

Quando o destino cruel os colocou frente a frente por meio de uma guerra, Dimitri e Maya se viram diante de um dilema: ceder às demandas de seus reinos ou buscar uma nova forma de convivência, baseada na confiança e na compreensão mútua.

A jornada de Dimitri e Maya seria marcada por desafios inimagináveis, traições devastadoras e sacrifícios dolorosos. No entanto, também seria uma jornada de descoberta, crescimento e, quem sabe, amor verdadeiro.

Pois, no mundo turbulento de Atlantes, onde os deuses caminham entre mortais e as paixões são tão ferozes quanto as tempestades do mar, o destino muitas vezes reserva surpresas inesperadas para aqueles que ousam desafiá-lo.

O Reinado do TitãOnde histórias criam vida. Descubra agora