Manhã do dia 23 de dezembro de 2022 e eu estaria mentindo se eu dissesse que Jay dormiu na noite que passada. O relógio sobre a escrivaninha ao lado da cama dele marcava exatamente 09:02 AM e o corpo jogado sobre a cama não havia fechado os olhos nem por cinco minutos. Estava exausto da madrugada que teve, mas sua mente não o deixava descansar.
Na noite passada, os dois seguiram o Rio Han por longos minutos e depois que ele sumiu da vista de ambos, ainda continuaram caminhando pela cidade até que Jay reparou que na mochila de Jungwon havia um chaveiro com endereço gravado, provavelmente seria de sua casa. Park jogou a localização no Google Maps e rapidamente encontrou uma rota para seguir.
Após mais longos minutos caminhando junto ao outro, ambos chegaram no local marcado no celular, e quando bateu na porta, uma mulher saiu dali chorando desesperadamente, abraçando o corpo de Jungwon; era sua mãe.
Era tarde da madrugada e estava frio, então a moça ofereceu abrigo por uma noite para Jay, mas educadamente ele negou, disse que sua casa era ali perto, mas mentiu. Os dois foram embora e Park seguiu seu caminho, pensando em todas as histórias bobas que ele ouviu o garoto contar durante todo o trajeto, obviamente eram todas tiradas de sua fértil e ingênua imaginação, mas ele não ousou sequer questionar.Jay chegou à sua residência por cerca das 06:00 AM e desde então tem se martirizado por seu coração amargo ter permitido que ele fosse tão insensível com o garoto. Lembrou de quando o garoto falou sobre seu curta-metragem favorito, o nome era tão tosco que parecia a coisa mais boba de todas. "O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo", ele disse que o assistia todos os dias porque nunca queria esquecê-lo, por isso ele lembra com tanta clareza, até mesmo de algumas falas, como a da Toupeira que ele citou. Que bobagem.
Jay olhou seu celular e por mais cansado que estivesse, tomou coragem para levantar-se dali e começar sua rotina de todos os dias, dessa vez, sem shows.• • ★ • •
Entusiasmado, Jungwon desceu as escadas de sua casa na manhã do dia 23 de dezembro, chamando por sua mãe.Jungwon - Mãe, Mãe, Mãe! Bom dia!
Era assim todos os dias. Mesmo com a realidade em que foi condenado a viver, Jungwon sempre conseguia fugir dela e manter sua alegria de todos os dias.
Yang foi até sua mãe e depositou um beijo em cada uma de suas bochechas, assim como ele sempre fazia todas as manhãs. Após o café da manhã, Jungwon sentou-se no estofado da sala e ligou a TV, pondo seu curta-metragem favorito para assistir. Essa era a rotina dele de todos os dias, exceto nos dias que sua mãe precisava sair para trabalhar, ele sempre aproveitava esses dias para fugir, mas sua mãe estava de férias graças ao feriado do Natal que se aproximava; era o favorito de Jungwon.Às 10:00 AM, a mãe de Jungwon disse que iria ao mercado e o garoto se ofereceu para acompanha-la, então esperou que ela confirmasse para que pegasse um casaco quentinho e saísse junto a ela.
Quinze minutos no supermercado se passaram e Jungwon já estava entediado, tendo como passatempo falar com todos que passavam ali, mas a grande maioria apenas o olhavam de forma estranha, então aproveitou um momento de distração de sua mãe e saiu de perto dela, indo explorar o supermercado. Andou por vários corredores que afinal de contas, eram todos iguais, mas parou em um que era mais colorido que os outros e ele estava vazio, exceto pela presença de um rapaz pouco mais alto comparado com Jungwon, seu cabelo era cortado em uma espécie de short hair e tinham uma coloração azul, suas vestimentas eram poucas, não pareciam aconchegantes, mas ele parecia amigável. Yang caminhou na direção do rapaz que parecia concentrado em suas compras, parando próximo a ele.Jungwon - Oi, me chamo Jungwon! Qual seu nome?
A expressão do rapaz parecia assustada e por alguns segundos, ele sequer falou algo, mas não demorou para que algo saísse de sua boca.
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Luzes da Memória | JAYWON
FanfictionJungwon, um jovem azarado, é o que eles dizem, mas isso definitivamente não está na autodescrição do rapaz. Sempre distribui seus doces sorrisos ao mundo, mesmo que sempre esqueça de suas maravilhas. Mas olhe, não o culpe. Ele não tem o poder de esc...