Heaven

Run boy run!

Corra garoto, corra!
Este mundo não foi feito para você.
— Run boy run, Yoann Lemoine

29 de outubro de 1997.

Draco Malfoy.

O Lorde das Trevas tinha voltado, e eu tinha apenas uma missão, trazer Harry Potter.

E era isso que eu iria fazer, fui treinado desde dos meus cinco anos, eu seria um bruxo leal e forte, como meu pai, e minha função sempre foi servir o Lorde das Trevas, e nos meus anos de treinamento, meu pai se certificou que eu seria o melhor soldado, o melhor bruxo que o Lorde das Trevas teria em seu círculo íntimo. E meu trabalho agora era provar meu valor, e mostrar que esses anos de trabalho árduo não foram desperdiçados.

E quando olho para meu alvo, sinto que estou cada vez mais perto do triunfo.
Harry Potter parece alheio as pessoas ao seu redor, enquanto pega um livro que eu conheço bem, quando li sobre ele sabia que ele era o apanhador mais novo da história, ele estudou em Hogwarts, mas eu não tive essa sorte, tive que ir para Durmstrang, meu pai não queria que eu me envolvesse com Harry Potter, e principalmente não queria que eu tivesse na mesma escola que sangue ruins.

E quando a notícia que iria ter um Torneio Tribruxo em Hogwarts, meu pai fez de tudo para que não acontecesse, o Lorde iria voltar, mas o Torneiro seria muito arriscado para que ele voltasse, então tomaram medidas diferentes, lembro-me de quando meu pai enviou uma carta com o Profeta Diário relatando a volta do Grande Lorde das Trevas, mas colocaram como delírio do pequeno Harry Potter, disse que não tinha como Voldemort ressurgir, era impossível, mas é claro que eram tolos, em um mundo que existe Arte das Trevas, tudo era possível. E a única coisa que eles precisavam era do sangue de Harry, a única coisa que faltava, e não foi difícil conseguir, ele era tolo, um menino muito tolo, que defendia a família em primeiro lugar, e com Lorde implantando visões em sua cabeça uma vez, sendo verdadeiro o que aconteceu, é claro que ele agiria como tolo na segunda e acreditaria, foi o que aconteceu, e meu pai como um bom servo pegou o sangue, nem mesmo com seu talento subestimado Harry Potter conseguiu vence-lo, então meu pai foi embora com o que precisava nas mãos e
deixou Harry no ministério, com a ilusão que seu padrinho estivesse morto.

E foi assim que o Lorde das Trevas ressurgiu, e agora era minha vez de prestar serviço, e com a volta do Torneio Tribruxo, — que meu pai fez questão de que acontecesse, — eu teria acesso a Harry Potter e Hogwarts. E traria o menino de ouro como triunfo.

Harry Potter não me conhece, mas eu conheço cada detalhe de sua vida, e o que eu não esperava é que ele andasse muito sozinho, mas aqui estava ele, estudando sozinho, e seria assim que eu iria acabar com ele, eu iria me certificar de entrar, ser constante e depois deixa-lo para lidar com o Lorde, e me certificar que ele se sentisse sozinho, enquanto eu seria agraciado por meus pais, festejado por seguidores mais velhos, eu aproveitaria cada momento daquilo, anos solitário e apenas sendo usado me fizeram assim, e eu tive que aprender como me encaixar e conseguir o mínimo de afeto, e o culpado de toda essa merda na minha vida pagaria por isso.

Harry Potter vai passar seus últimos momentos sozinho, lutando para ser visto quando todos só tem olhos para um único alguém. Ele saberia como é se sentir assim depois de ser agraciado por uma vida inteira de holofotes e idolatria superestimada.

Eu iria garantir que Harry Potter soubesse como é ter tudo e nada ao mesmo tempo.

Eu seria implacável em meu plano, e nada me faria desistir de conseguir o que eu queria. E todos saberiam que o que um Malfoy quer, ele tem, não importa o quão difícil e vil seja.