Loyal Christmas

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"Mamãe!" – a voz fina da criança a tirou do sono, entrando rapidamente em estado de alerta e Sunhee se sentou na cama, olhando ao redor.

Os cabelos castanhos do garoto balançavam enquanto ele corria até ela, atravessando o pequeno quarto. Automaticamente ela sorriu, vendo o menino subir na cama com um pouco de dificuldade. Ele tombou nela, fazendo os dois caírem pra trás, ainda na cama.

'Oi, meu anjo. Como você está?' – perguntou rindo, da expressão do pequeno, que ainda estava em cima dela.

'Papai queria entrar, por que você não atendeu a porta?' – ele falou inocentemente, mas assim que Sunhee desviou o olhar, viu o ex marido parado no batente da porta, de braços cruzados.

'Estava dormindo, meu anjo.' – ela segurou o menino e se sentou na cama. 'Você tinha de trazê-lo de volta a essa hora?' – virou para o ex-marido com a expressão sonolenta.

Ela pegou o celular e conferiu, uma e cinquenta e três da manhã. Yejun já deveria estar dormindo, cobrou.

'Vem, sobe na cama da mamãe'. – ela falou para o filho enquanto se levantava. 'Vou pegar seu pijama.' – e saiu do quarto devagar, indo em direção ao quarto do menino.

Minho foi atrás.

'Achei que você estaria acordada. Levei ele pra passear agora, antes de trazê-lo.'

Sunhee se virou para Minho com raiva nos olhos.

'Se você pega ele pro final de semana, você deveria ficar com ele no final de semana inteiro!' – falou quase gritando.

'Eu sei, é que eu preciso viajar amanhã, então...'

'Não é meu problema, Minho.' – falou cansada.

'Ah ta, então você não pode ficar com ele?' – acusou.

'Óbvio que posso, eu nunca vou negá-lo. Mas ele precisa do pai.' – disse batendo as gavetas, depois de pegar a roupa do filho. 'Você pega ele pra passar dois dias, e ai me devolve ele de madrugada? O problema aqui não é se eu posso ou não ficar com ele, mas o sim o tempo que ele passa contigo!' – Sunhee bufou. 'Vai, vai pra casa. Você tem que viajar né...'

'Noona, você sabe como é minha agenda. Até hoje de manhã eu não tinha nada amanhã...'

'Eu sei.' – falou sem vontade de discutir. 'E eu quero minha chave de volta. Eu te levo até a porta.'


'Tudo bem, mãe. Já tínhamos combinado assim mesmo...'

'Não esquece das castanhas e nozes. Ah, e as passas e o pimentão.' – sua mãe respondeu, pelo telefone.

'Pode deixar mãe, já comprei e está tudo embalado pra levar amanhã.'

'Não esquece de trazer o Lino!' – sua mãe falou e Sunhee revirou os olhos.

'Ele não pode ir, eu já avisei. Ele vai viajar a trabalho e...'

'Ele e esses compromissos de última hora mesmo...' – a mãe dela se despediu reclamando do antigo genro.

Sunhee desligou o telefone e respirou fundo. Seria o primeiro ano sem Minho no natal, já tinha se passado um ano que eles tinham se separado?

Ao mesmo tempo que sabia dos compromisso do ex-marido ficava chateada pela ausência dele, por causa do filho. Mas sabia que mais cedo ou mais tarde ela teria de explicar a ausência do pai. Pois tendia piorar, considerando o sucesso que o grupo do ex fazia.


'Vamos nos arrumar, Yejun, mamãe tem que ajudar a vovó com a ceia, é melhor irmos cedo pra ajuda a vovó, que acha?' – perguntou para a criança, que brincava no tapete em frente a ela.

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