Capítulo III

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~Narrador pov~

Seria difícil qualquer um olhar para a versão atual do deus dos mares e acreditar que ele poderia ser cruel e desumano, mas somente as três filhas de Cronos sabiam o grande poder que Poseidon realmente possuía, por isso que Hera sempre tentou apaziguar as brigas e discussões que Zeus e Poseidon tinham, pois ela sabia que se os dois lutassem Zeus seria aquele a sair morto, levando junto com ele todos aqueles que ficassem ao lado dele. Seria um verdadeiro massacre causado por Poseidon, mas graças ao criador, Hera sempre conseguiu fazer com que isso fosse evitado.

"Irmão, sempre um prazer revê-lo." - Hera disse olhando para seu irmão.

"Papai!" - Perseu gritou e logo nadou em direção ao pai.

"Nossa, fico com dificuldade em acreditar que está fazendo apenas seis anos hoje, você já está tão grande meu garoto." - Poseidon disse abraçando seu filho.

"Isso é resultado do treinamento monstruoso que vocês fazem o meu bebê passar." - Hera disse com uma falsa indignação.

"Ora irmã, nosso pequeno Perseu é um guerreiro, ele possui uma aptidão natural para batalha." - Poseidon disse olhando para Hera.

"Acho que você já deve estar quase sem ter o que ensinar para ele." - Hera disse sorrindo de orgulho.

"Em mais dois anos ele já vai ter dominado tudo que eu tenho para ensinar." - Poseidon disse.

"Bem, melhor irmos todos esperam por nós." - Poseidon disse olhando para Percy.

Foi necessário apenas um pensamento de Poseidon e logo as correntes marítimas do oceano começaram a transportar os dois deuses e o jovem semideus em direção ao reino do senhor dos mares. Embora fosse a rainha do Olimpo, mãe do filho do Percy e irmã de Poseidon, não era permitido a Hera se teleportar diretamente para dentro de Atlântida, afinal nenhum deus por mais que tenha laços com o outro permite que um deus tenha acesso livre aos seus domínios. Os três grandes são os mais restritivos com isso, foram poucas as vezes que Zeus, Hades e Poseidon permitiram que outro deus adentrassem em seus domínios, quem dirás em seus palácios pessoais. Hera só tinha permissão para entrar no palácio de Poseidon caso fosse na companhia do senhor dos terremotos, salvo se Perseu estivesse realmente necessitado da presença de sua mãe.

Demorou poucos minutos para chegar ao reino de Atlântida, não foi a primeira vez que Hera veio ao reino de seu irmão, mas toda vez que ela olhava para o reino ficava maravilhada, cada construção de Atlântida emitia um brilho próprio, sendo isso fruto do fato de todas as construções serem feitas de um material que possuía propiedades fosforescente. Assim que os habitantes do reino avistavam o seu regente e o jovem príncipe, eles imediatamente paravam o que quiser que estivessem fazendo e se curvavam em respeito aos dois, era outra diferença entre Zeus e Poseidon, se Zeus caminhar pelo Olimpo, obviamente os espíritos e deuses presentes se curvariam a ele, mas não com respeito e sim medo de que o deus rei se sentisse insultado.

Todas as ruas de Atlântida tinham uma coisa em comum, todas elas levavam diretamente até o palácio de Poseidon que fica bem no centro do reino, uma exigência feita pelo deus, para que assim todos os seus súditos fiquem igualmente próximos a ele. Uma ação que Hera achou digna de um governante e que a deusa insistiu que seu marido copia-se, mas o ego de Zeus fazia com que ele sempre quisesse estar acima de tudo e de todos, por essa razão que ele construíu a sala de reunião do conselho/sala do trono no ponto mais alto do Olimpo, para que assim ele pudesse ficar acima de todos os seus súditos. As portas do palácio se abriram e imediatamente o som de cornetas começou a tocar anunciando o retorno de seu governante e do seu filho.

Rei Do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora