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Em toda a sua vida, desde muito pequeninha, Marilyn se perguntava o que era o amor.
Ela queria saber qual era o motivo de todos falarem tanto sobre ele...
"O amor é a razão pelo qual você sorri todos os dias. Ele é a razão pelo qual você vive" - Ela já ouviu muito essa frase, e vezes ou outra, ela voltava a ecoar em sua mente.
Como tantas vezes, Marilyn se encontrava vagando em seus pensamentos, rabiscando uma folha rasgada, ouvindo o barulho da cidade entrar pela janela.
Era tarde, e ela com certeza já devia estar dormindo, sempre passava mal quando não dormia as horas necessárias. Ela até tentou dormir, tentou muito, mas toda vez que ela fechava seus olhos, a imagem de uma certa mulher aparecia, e logo ela se pegava pensando em seu belo sorriso. Em poucos minutos, completamente frustrada, Marilyn levantou da cama e começou a andar em círculos em seu quarto, resmungando vez ou outra, enquanto procurava algo para fazer, para ocupar sua mente. E agora, ela se encontrava ali, apoiada em sua escrivaninha, cantarolando uma música aleatória que tinha vindo em sua cabeça, enquanto olhava fixamente para os rabiscos delicados que fazia.
- Ah não, Norma - a repreende, enquanto olhava fixamente o pequeno papel. Um desenho da bela mulher, foi isso que ela acabara por desenhar - Por que você faz isso ? - resmunga consigo, suspirando e guardando o desenho em seu diário - Você provavelmente nem a verá mais - ela se levanta e logo se joga na cama, afundando o rosto no travesseiro, resmungando consigo mesma, enquanto se forçava a fechar os olhos e dormir, mesmo que a garoa que ocupava sua mente ocupasse seus sonhos também
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- Obrigada - diz Marilyn com um belo sorriso ao receber o seu tão esperado café. Quando não tinha muito trabalho para fazer, a loira buscava ter um momento de paz consigo mesma, e sua cafeteria favorita, normalmente era o lugar escolhido
- Ai meu deus, me desculpe - ela ouve uma voz, ao mesmo tempo que vê um pouco de café derramar em sua mesa, molhando seu diário - Eu sou tão desastrada, me desculpe mesmo - a mulher diz, enquanto deixava a caneca na mesa, tentando limpar a mesa para Marilyn, mal olhando para quem estava sentada na mesa
- Tudo bem, tudo bem - a loira tenta acalma-la, segurando suas mãos calmamente - Não se preocupe, acidentes acontecem
- Eu... - a mulher tenta falar, mas paralisa ao encontrar os olhos da mulher, finalmente percebendo quem era a dona do caderno que ela havia manchado - Ai meu deus...
- Ai meu deus - sussurra Marilyn, abrindo um belo sorriso em seguida - É você...
- Me desculpe mesmo, eu juro que pago um caderno novinho para você, senho...
- Não, por favor não me chame assim - nega rapidamente, a impedindo antes mesmo da mulher terminar - Qual...qual é seu nome ? - pergunta com um belo sorriso. Ela não sabia explicar, o quão feliz ela estava por ver a garota que ocupava seus pensamentos uma segunda vez
- S/N - responde, franzindo as sobrancelhas, confusa com o quão calma a loira estava - Eu me chamo S/N
- Bem, olá - sorri, fazendo um leve carinho nas mãos da garota, percebendo que tremiam um pouco - Eu me chamo Marilyn, é um prazer te conhecer
- O prazer é todo meu - S/N sussurra com o pouco de voz que tinha, vendo o sorriso de Marilyn aumentar. Aquilo com certeza fez suas pernas tremerem
- Não se preocupe com o café, okay ? Isso limpa - diz com calma, fechando o diário, deixando-o de lado
- Como posso te recompensar ? - pergunta suspirando, sentindo suas mãos frias quando a loira as soltou
- Bem... - murmura, fingindo pensar - Você pode me fazer companhia, me deixar te pagar um café talvez - propõe com calma, se arrumando na cadeira
