Prólogo

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Destino.

Acredito que todos já ouviram o soar desta palavra em algum lugar, ou já lera sobre ela alguma vez. O significado desta palavra pode ser singular à cada um, ou somente uma baboseira inventada por desocupados. Contudo, acredita-se que o destino é responsável por nossos presságios e por ações que ocorrem em nossas vidas, podendo ser a colocação de pessoas, situações, obstáculos e etcetera, em nossas vidas.

No entanto, o destino não ocorre neste mundo, porque se pensar bem podemos mudar a rota do destino com singelas ações inócuas ou não, por consequência, o que deveria acontecer, não acontece!

E bem, à vida não é muito justa para pobres mortais.

O dia estava parcialmente nublado, coibindo a luz solar majestosa, substituindo-a por um brilho mórbido em tons acinzentados horripilantes, as nuvens carregadas, antecedem às gotas pesadas iminentes que cairão sobre as ruas de Seul.

Para algumas pessoas, o clima é desfavorável e de ultraje extremo, sendo o empecilho para seus planos e saídas noturnas numa noite de sexta-feira, a julgar pela ventania irritante, a chuva seria impiedosa. No entanto para, Park Jimin, não faz diferença, o pobre ômega é incompetente no quesito manter relações sociais, sejam em amizades ou relacionamentos.

Sua incapacidade em ser sociável o acompanha desde sua fase pueril, sendo suas únicas relações mais duradouras, um relacionamento monótono no colegial com validade de cinco meses — traumático — em sua concepção e suas "amizades" nunca completam um ano inteiro. O que o leva a repensar sobre seus atributos, talvez eles não fossem instigantes o suficiente para manter as pessoas em sua vida, levando-o a montar seu próprio casulo e fechar-se para o mundo, impedindo que outras pessoas adentre sua vida.

Mas foi uma situação que, Jimin, conseguiu domar de modo bruto, tornou-se uma rotina pouco importante para o jovem ômega, ele já obtinha o seu pai e sua madrasta, o que mais deveria almejar? Somente ansiava concluir sua faculdade de moda — esta que foi uma fase conturbada para sua relação paterna. Seu progenitor não ansiava este futuro para o seu filho, no entanto, não iria impedir as vontades do jovem com mania impertinente da teimosia, tal como, sua falecida mãe.

O ômega, após o horário de aulas quase intermináveis, dirigiu-se a uma lanchonete mexicana e popular da cidade afim de distrair-se, às músicas características da cultura mexicana ressoavam pelo ambiente rústico, com decorações características do país, as cores chamativas eram presentes por cada perímetro do ambiente, trazendo consigo um ar confortante.

Devido ao dia e o horário de pico, o local estava consideravelmente cheio, sendo um único assento disponível um banco centralizado no balcão, de um lado contendo duas betas conversando numa entonação histérica e do outro  um homem de costas para à entrada do ambiente, trajando um terno de aparência refinada e por seu forte cheiro juntamente a imponência exalados, foi explícito que sua classe biológica se trata de um alfa.

Não obtendo uma escolha opcional, Jimin encaminhou-se para o único assento vago, sentando-se com certa dificuldade por sua altura reduzida, ou por sua vez, o banco ser alto em demasia. O cheiro do homem desconhecido foi sentido com veemência por suas narinas sensíveis.

Lavanda

Um suspirar pesado saiu por seus lábios, não sabendo distinguir se era o cheiro do desconhecido, ou, pelo cansaço do dia exaustivo na faculdade. Poderia concluir ser os dois, mais não se importaria por hora. Jimin, realizou seu pedido, sendo ele: tacos de carne, acompanhado por um suco de limão.

Enquanto estava no aguardo do seu pedido, resolveu perder tempo com jogos banais, distraindo-se do ambiente tedioso por si, já que não obtém companhia além de seu lobo, que encontra-se muito quieto e angustiado, repentinamente. Diferentemente dos outros, seu lado animal é pouco comunicativo, é reservado e muito tímido, por vezes, é arisco e desconfia de coisas mínimas.

Lavanda AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora