Cap- 1- Uma Aventura Por Conhecimento - Milla Guarany

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Desde de pequena sempre escutei falar de histórias que marcaram gerações, como da segunda guerra mundial.

Sempre ouvi a velha e a mesma frase:

"Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la."

Edmund Burke

A única coisa que eu não sabia era que minha família era marcada pelos horrores da segunda guerra.

Me chamo Hannah Abrams sou bisneta de Judeus que sobrevivem a esse terrível massacre. Meu bisavô sempre falou que conheceu a minha bisa em um "campo" e quando eu era criança eu achava que era em um campo normal com flores que era um lugar bonito. Mas hoje já adulta o "campo" que ele sempre se referia era sombrio, obscuro e macabro.

Para descobrir mais sobre o passado da minha família resolvi tirar férias de 15 dias da empresa onde eu trabalho.

Para ir atrás de um passado que nem mesmo era meu,mas faz parte do que eu sou.

Nunca fui uma menina aventureira, sempre fui calma e tranquila, que adorava ficar em casa.

Ir a Cracóvia (Polônia),vai ser a maior aventura da minha vida.

Meus pais foram contras desde do começo,para eles o passado deveria ficar para trás e nunca mais ser olhado. Até compreendo o meu pai, afinal foram os pais dele que sofreram com esse horror.

Hannah, você está mesmo pronta para enfrentar o passado? Perguntou meu pai?

Não sei - respondi com sinceridade. Mas quero conhecer um pouco mais da história dos meus bisavós.

Querida, você sempre foi uma aventureira por conhecimento, meu amor, mas lá não é um lugar feliz. O que você vai encontrar é dor e desespero, mas também vai ver que no meio todo esse horror existiam pessoas boas. Tipo Oskar Schindler, se tiver um tempo a mais na sua aventura por conhecimento, recomendo que conheça a fábrica dele.

Ok,vou anotar na minha lista.

Com as malas prontas, com o passaporte em mãos e o check-in da classe executiva prontos,agora eu não tinha mais como voltar atrás vão ser 10 dias, para descobrir a história dos meus bisavós, história que nem o próprio filho deles que é o meu avô e nem o meu pai teve coragem de descobrir, a única coisa que eu consegui descobrir foi que eles estavam no guetos da Polônia,isso porque foi a única coisa que meu bisavô, revelou em vida para meu avô.

Sempre será um choro na despedida,era assim em todas as viagens que eu fazia,mas algo me dizia que seria de extrema importância para minha vida.

Entrei no avião e fui logo procurar o meu assento na classe executiva, já na minha poltrona coloquei os cintos de segurança e comecei a ver as minhas anotações dos caminhos a fazer na Cracóvia. No meio dessas anotações encontrar a única foto que eu tinha com os meus bisavós,passei os dedos na fotografia para matar a saudade, a tatuagem numérica estava ali, isso me fazia sempre pensar..

O leva a um ser humano mudar os seus ideais,para acabar com outros que eles consideram inferiores? Eu não tenho resposta para isso, acho que nunca vou ter, mas não desejo isso para ninguém.

Tomei um remédio para dormir,pois precisava está bem quando chegasse lá

Ia ser um voo sem escalas, duraria aproximadamente 16 horas, já tinha alugado um carro e o hotel já tinha confirmado minhas acomodações.

O voo até a Cracóvia foi tranquilo em partes,pois pegamos um turbulência passando pela Alemanha,que irônico né!?

Já estou na área de desembarque e paguei as minhas malas e fui em direção a empresa que eu tinha alugado meu carro que seria um Ford Ranger.

Contos Dos MembrosOnde histórias criam vida. Descubra agora