Capítulo único.

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Pete desliza entre as mesas lotadas do restaurante, equilibrando bandejas com cuidado. Seus olhos se estreitam ao avistar Vegas o amigo que sempre trazia consigo uma dose extra de problemas. Vegas acena com um sorriso provocador arracando um revirar de olhos automático de Pete, que já antecipa problemas pela frente.

Na escola, são apenas amigos normais, mas quando estão longe dos olhares curiosos, a dinâmica muda. Nos cantos escondidos, trocam beijos e amassos, mantendo isso em segredo para evitar perguntas entre seus amigo, porém, o único que sabia, era o Tay, melhor amigo do Pete.

A irritação de Pete em relação a Vegas era um tanto injustificada, considerando a liberdade e solteirice do amigo. No entanto, o flerte de Vegas com uma garota de outra turma provocou um leve desconforto e ciúmes em Pete, mesmo sabendo que racionalmente, não havia motivo para isso.

Pete ainda envolvido pela irritação, decide ignorar Vegas, se dirigindo para os fundos do local para se livrar do lixo. Pete foca em sua tarefa, deixando claro seu descontentamento ao evitar qualquer interação com Vegas. O ato de jogar o lixo se torna uma fuga momentânea, permitindo Pete a se distanciar da tensão emocional que tem entre ele e seu amigo.

Infelizmente ele não poderia evitá-lo por muito tempo, até porquê ele tinha trabalho a fazer. Ele não iria correr o risco de perder o emprego por causa do Vegas. Então Pete voltou para dentro, revirando os olhos quando avistou a mesa do Vegas cheia de seus amigos.

Bufou quando precisou atendê-los.

Pete se sente um tanto constrangido ao receber uma chuva de elogios e cantadas tanto de homens, quanto de mulheres enquanto se encaminha para atender a mesa de Vegas. A situação, embora lisonjeira, o deixa sem jeito.

- Parece que o Pete anda recebendo muitos elogios ultimamente. Alguma novidade, meu caro garçom? - Vegas perguntou, com uma pitada de ciúmes.

- Ah, apenas clientes apreciando um bom atendimento, Vegas. Não é nada demais. - Devolveu o sorriso debochado. - O de sempre, certo? - Perguntou, e os rapazes da mesa afirmaram.

- Ei, vocês têm algum rolo? - Time perguntou, genuinamente curioso. - Não é pra mentir. Vocês se pegam, né?

- Não, de jeito nenhum. Somos só amigos. Pete, traz logo os pedidos. - Vegas negou rapidamente fazendo Pete se irritadar.

- Claro, já volto com os pedidos. - Disse com um sorriso forçado.

Depois de alguns minutos levando os pedidos, Pete se esquiva do toque discreto de Vegas e rapidamente se dirige ao banheiro. O ambiente agitado do restaurante aumentava com a raiva que fervilha dentro dele. Ao fechar a porta do banheiro, Pete tenta controlar suas emoções respirando fundo para acalmar os ânimos antes de retornar ao trabalho.

A porta do banheiro se abre, e Pete, reconhecendo o aroma peculiar de Vegas, percebe sua presença. Antes que pudesse reagir, sente os braços fortes de Vegas o envolvendo por trás, e seguido por um beijo suave em sua nuca. O gesto inesperado, fazia uma complicada mistura de emoções em Pete, que se encontra entre a irritação e a intimidade repentina.

Pete tenta se afastar dos braços de Vegas, buscando distância, mas antes que possa reagir, é surpreendido por um beijo repentino. O beijo desesperado e intenso, deixa Pete completamente sem reação, incapaz de recusar a conexão repentina que se forma entre eles. A complexidade de suas emoções é uma camada de turbulência no momento.

Vegas coloca Pete sentado na pia, mantendo a proximidade entre suas bocas. O beijo fervoroso continua até que a falta de ar se torna presente. Vegas desce os beijos para o pescoço de Pete, explorando a pele sensível com uma intensidade que ecoa as emoções complicadas entre os dois. A atmosfera no banheiro se torna carregada de desejo e tensão contida.

Señorito - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora