Missão (Im) Possível.

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{8:21 AM}

    Dominic usava camisa regata, um colar de prata com pingente de cruz. Era musculoso e por questões de roteiro ele também era careca.
     – Qual magia ele usa? Super velocidade. – Uma piada inocente, feita por uma garota com cabelos cacheados volumosos, mas não tão grandes quanto os de Lyn. Seu nome era Luara.
     – Eu não brincaria com isso se fosse você! – Defensiva, sistemática, um pouco certinha. A garota com um girassol na cabeça respondeu a piada de Luara com êxito.
[Luara] – Vik, por favor. Para de ser certinha, pelo menos aqui.  – Vik, ouve. Mas ignora o pedido da amiga que já conhecia há alguns anos.
[Dominic] – Ok, façam duplas. Lhes darei a primeira missão e então podem ir embora.
[R. James] – Como assim “ir embora”? Viemos para estudar e colocar a prova nossas habilidades.
     
      Ed põe a mão no rosto e demonstra decepção com o que Richard diz. – Eu vim porque fui obrigado. – Mas então quando ele levanta a cabeça se admira ao ver os óculos arredondados no rosto de Lyn.
     – "Uau, caramba. Então essa é você? Lyn? Quem é você? Ok, ok, eu pareci o cara do "You" agora, que merda.”
       –  Tá bom, eu consigo. – Ed diz a si mesmo em uma linha de indecisão.

    Em um traço juvenil Ed percebe que por trás dos tons cacheados que realçam o olhar intenso de Lyn não há apenas contos infantis e desilusões como toda garota do ensino médio. Ao invés disso, Ed se perde nas suas memórias e o que era pra ser uma simples invasão de pensamentos se torna um invólucro de paixão, desejo e...
         [...] bom, mais pra frente, Amor.

"Ta se divertindo aqui dentro?"

   Ed desmorona, seus olhos vibram em uma fugaz expressão de surpresa e medo que logo iria se dissipar ao ver que Lyn se aproximava.
    Os dois cachos soltos cobriam o meio dos seus olhos, a expressão trêmula de rigidez e raiva possuiu o rosto de Lyn. Logo ela chegou ao invasor de mentes. Mordeu as bochechas por dentro da boca, apertou os olhos castanhos através dos óculos arredondados, inclinou a cabeça para cima e com uma voz ríspida o questionou:
       — O que fazia na minha mente?
    A calma mais uma vez tomou Ed. Ele sorriu com o canto boca, passou a língua nos lábios como se soubesse o que responder. Então, como em um passe de mágica ele fingiu ter algo no rosto de Lyn, inclinou-se para limpar.
        — O que foi? O que era? — Perguntou Lyn ainda com um traço de rispidez em sua voz.
    Antes de responder Ed passou a mão no cabelo ondulado, arrumou a manga da camisa social e disse:
    ¬¬ — Seu delineado é lindo!
 
[Dominic] – Já formaram as duplas?
      Lyn vira o olhar para Dominic e respira fundo. Ed morde os lábios vermelhos e logo em seguida sorri por ter se livrado da culpa.
      – Você já tem dupla? – Pergunta Ed com uma singela expressão de inocência.
     – Não. – Lyn se vira novamente para Ed e o olha no fundo dos olhos. – Quer ser minha dupla? – Para Lyn, Ed ao menos usava roupas de cores bonitas.
      Ed retoma o sorriso de canto e aperta os olhos. – Claro! Podemos até almoçar juntos.
     – O quê? – Lyn está desentendida.
     – Sua mãe me convidou.
     – Por quê? – Lyn expressou ainda mais dúvida.
     – Ela quer me investigar.
     – Você é o –
[Dominic] – A missão de vocês será matar alguém.
      Toda a sala encara Dominic.
[ViK] – Como assim “Matar alguém”? – Vik representa todos da sala ao questionar Dominic.
[Dominic] – Por experiência. Retomem o seu senso de justiça. Não matem inocentes! Eu quero as fotos, a identidade da pessoa e se possível uma selfie de vocês com o corpo. – O sorriso de Dominic era sincero.
[Laura] – Deixa eu ver se eu entendi. Você quer que a gente mate alguém? Matar, matar?
[Dominic] – Sim. Matar.
[Laura] – Para testar nossas habilidades?
[Dominic] – Sim. A turma da sala 106 pertence aos alunos com uma certa experiencia em controlar suas habilidades. Então. – Dominic os comunica mais uma vez como se o pedido fosse normal. – Ah! Não tentem matar demônios, ok? Tem uma boa chance de vocês morrerem tentando. Então Liberados. – E então Dominic estala os dedos.
[vik] – Esper-, mas que merda.
[Richard James] – Como vamos matar alguém?
      – Enforcado, envenenado, esfaqueado, atropelado. Sei lá, existem várias formas. – Lyn responde James com uma leveza na voz.

Lyn Skinner: Entre Mundos Onde histórias criam vida. Descubra agora