"Frio Na Espinha". Cap.13

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Logo, jogamos, ganhamos e eu joguei como nunca havia jogado em toda a minha vida, no final de tudo, ganhamos de 3x1, não fiz nenhum gol, apenas dei passes decisivos para vitória, desarmei tudo o que o adversário imaginava armar contra nós, marquei até pensamentos, e saí exausto, todos comemorando, foi a primeira vez que me senti importante, eu estava onde realmente queria estar, fazendo o que eu queria fazer, era o que eu gostava de fazer.

Fiquei sem acreditar quando a Verônica, veio correndo me abraçar, passou por todos do time e me agarrou, foi um abraço intenço, demorado e forte, passou a mão em meus cabelos, coisa que dela eu esperaria nunca, ainda mas porquê, de saída me deu um beijo na nuca, ouvi o irmão dela chamando a mesma para ir embora, ela olhou nos meus olhos, sorriu e virou de costas partindo, acabei não conseguindo esconder o meu sorriso, porém, logo fui enibido, olhei para toda a equipe e notei todos olhando incredulos em Silêncio para mim, o Guga fez sinal negativo com a cabeça e saiu sem dizer nada, o resto da equipe acompanhou, estavam todos sérios e eu sem entender nada, o técnico perto de mim encostou, ele falou que eu havia jogado muio e que estava de parabéns, apenas agradeci, voltei a sorirr sem mais de nada querer saber, fui para casa alegre, tomei banho fiz meus serviços que tinha que fazer, aquilo tudo que aconteceu não saía da minha cabeça, revisava o ocorrido passo a passo na memória, quando deu 12 horas, fui buscar minha irmã mas nova na escola, dos jogos já ninguém mais se encontrava na quadra, minha irmã comentou que mas sedo houviu muito barulho vindo de lá, sua professora até fechou as janelas para a aula continuar sem ter nada para atrapalhar.

Chegamos junto com meu pai em casa, corri para ir almoçar e me arrumar para ir para a escola, e quando na sala entrei, muito estranhei o pessoal nem pra mim mas olhar, muito menos aquela garota que ainda na quadra havia ido me abraçar, fiquei quieto na minha, não era essa a recepção que eu esperava até o fim da tardizinha onde para casa eu voltava, ninguém falou comigo, parecia até que eu já não era mas querido, até então nada de novidade, pois, com aquilo eu já estava acostumado, só conseguia pensar no que de errado eu teria feito, também já sabia que nada era perfeito e que para a realidade deveria voltar, só não cheguei a pensar que a mudança seria em tao pouco tempo, porém, já lembrei que meus momentos de alegrias nunca foram muito duradouros, mal sabia eu o que me esperava em casa, abri a porta e entrei, por minha mãe eu passei e senti um "frio na espinha", ela também estava séria, meu pai mas ainda, minha irmã no quarto na cama dela, eu pensava em contar toda a alegria que tive no dia para a minha família, porém, antes de eu ir para o banho, minha mãe já me chamou de canto e sem eu nem saber o porquê, já pensei no que iria acontecer, dito e feito, a minha mãe já perguntou onde eu estava pela manhã toda naquele dia, meu pai só pra mim olhava, sem nem mesmo dizer uma palavra e isso muito estranho me soava, fiquei calado, sem saber o que dizer, apenas perguntei o porquê que ela queria saber, nisso, já levei uma mãozada, pronto, já saí andando para o quintal e depois disso foi pedrada e mangueirada que voava junto com o sangue que escorria, nem gosto muito de falar sobre os espancamentos sofridos da vida de infância, teve um momento que até acostumei a lhe dar com a dor, e cada vez que aquilo acontecia meu ódio almentava, eu menos sorria e a minha cara fechava.

Continua...

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