"Quem te vê passar assim por mim, não sabe o que é sofrer."
— Anna Júlia, Los hermanos
Recomendável escutar Anna Júlia durante a leitura.Era uma tarde até que quente, havia três adolescentes sentados em um banco e tinha mais dois sentados no chão em frente ao banco. O banco estava desgastado e cheio de desenhos, algumas frases escritas nele e alguns adesivos, as frases que estavam escritas eram pouco legíveis e mais legíveis eram apenas piadas internas do grupinho que estava sentado nele e em volta. Os três adolescentes no banco era Fumiko, uma garota japonesa com cabelos curtos e azuis, parecia ter sido pintados recentemente; a pessoa ao lado dela era Natália, uma garota negra que estava com o cabelo preso e com uma perna em cima do banco; E por último, o que estava consideravelmente afastado das meninas mas ainda no banco, era Arthur, um rapaz negro e alto, com um sorriso em seu rosto e olhando para os amigos.
Já os dois que estavam sentados no chão, era Charlie, um garoto loiro e com uma coluna muito ruim; a garota ao lado dele era Marie, ela tinha seus cabelos vermelhos que estavam soltos, ela estava com a coluna um pouco mais reta que Charlie. Os cinco amigos estavam rindo e conversando, eles estavam a vontade e esquecendo de um fato importante, amanhã seria a volta às aulas; nem todos estavam ansiosos com isto, era apenas Charlie, mas ele tentou não deixar transparecer, mesmo que estivesse aborrecido e muito ansioso para a volta às aulas. Céus, ele odiava o período escolar, não era por questões como notas ruins ele tinha até notas medianas, o problema era outro. Mas, em vez de pensar sobre e esquentar a cabeça, ele decidiu ignorar, ele estaria com os amigos e isso fazia bem a ele.
– Cara, eu juro, eu sei me maquiar! - Ao voltar a realidade, Charlie escuta Arthur bufando e afirmando que sabia se maquiar.
– Que mentira! - Natália riu o provocando, ela gostava de fazer graça com ele.
– Não é querendo ser advogado do diabo, mas já sendo - Charlie soltou um riso - O Arthur sabe se maquiar sim, já fomos em uma festa fantasia e ele se maquiou mó' bem.
– Obrigado Charlie - Arthur bufou desviando o olhar de Nat - Só você me apoia nisso, todas aqui estão contra mim.
– Não fala isso Arthur - Fumiko diz com um riso, cobrindo um pouco a boca enquanto ria.
Arthur virou o seu olhar para Fumiko, sem perceber, soltou um sorriso com riso dela. Porra. Charlie olhava para Arthur e mesmo que a razão do sorriso ainda doesse um pouco nele, ele adorava ver Arthur sorrir; talvez algum dia ele seja a razão do sorriso de Arthur, ele queria e muito.
– Ei gente, tava pensando aqui- Marie é interrompida por Charlie.
– E você pensa?
– Se mata Charlie - O loiro soltou um riso e a amiga retorna ao que estava falando – Eu vi esses dias, que montaram uma atração de terror aqui perto, querem ir?
– Eu topo! - Charlie já demonstrava estar animado, olhando para Marie. Uau, os olhos dele exalavam entusiasmo.
– Claro, adoro essas coisas.- Natália abre um sorriso para Marie.
– Bem... - Arthur focou seus olhos em Fumiko, ela observava Marie e já estava assentindo com a cabeça - Não vejo um motivo para negar.
– Eba! - Marie sorriu animada e se levantou rapidamente do chão - Só vou ver o endereço..
Marie pegou seu celular e virou de costas para os amigos, já os quatro amigos, se levantavam e olhavam para Marie. Charlie observava Arthur de canto de olho, céus, era impossível disfarçar o riso quando olhava para ele. Céus, que homem lindo, o que Charlie não faria para beijá-lo? Era uma dor saber que não era ele quem Arthur queria beijar, Deus, que mundo injusto; mas para Charlie, tê-lo ao lado já era mais do que suficiente. Logo, quebrando o momento de admiração de Charlie para Arthur, Marie se vira mais animada e logo fala:
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RomanceCharlie é apaixonado no seu melhor amigo, Arthur, um garoto que gosta de uma amiga. Charlie sabe o quão doloroso vai ser, mas, ele vai ajudar os dois a ficarem juntos, mesmo que custe um pouco de seu bem estar.