MATTHEW CLEVELAND
O barulho do celular era insistente, meus olhos estavam fechados, unindo forças para ao menos abri-los. Queria continuar dormindo, mas tinha responsabilidades com a empresa. Aprendi na marra a cuidar de tudo aquilo e quando meu pai morreu não vi outra saída a não ser tomar o seu lugar. Não posso negar que eu não queria aquilo, desde novo fui obrigado a fazer tudo que ele ditava como, faculdade de administração, que não era exatamente o que eu desejava.
Tudo que ele fazia não era por ser um pai ruim, mas por ser rígido em algumas questões e ser apaixonado por aquela empresa que, ele fundou do zero com bastante esforço. Ela se tornou um império da publicidade, então suas exigências eram louváveis.
Enfim, abri os olhos, fixos ao teto acima que não era o do meu quarto e a realidade da noite anterior estava ali. Levantei-me tirando o cobertor que estava sobre mim e meu corpo estava composto apenas de cueca. Olhei para o outro lado da cama e vi a mulher loira ali deitada, bebi muito e não recordava ao certo, eram flashes de memória que vinham em mente. Procurei pelas roupas espalhadas naquele quarto e ao encontrá-las, comecei a vestir rapidamente.
— Mas já, querido? — A voz feminina quebrou o silêncio.
Ângela levantou-se da cama, sem roupa e caminhou em minha direção, antes que ela se aproximasse ainda mais, desviei, pegando a camisa que estava jogada em uma penteadeira do quarto que era o dela. Já havia vindo outras vezes a esse lugar, na maioria delas, estava embriagado. Várias vezes depois do expediente ia até o bar com alguns amigos e por uma “coincidência”, ela aparecia lá, então, eu apenas dava a ela o que estava indo procurar.
Angela trabalhava na empresa a pouco mais de dois anos, integrando a área jurídica. Após flertes, acontecia um encontro casual sempre que ela insistia, pois não era aquilo que procurava no momento, na verdade, relacionamento não estava em meus planos e não queria perder o foco de tanta responsabilidade que foi depositada a mim, depois que meu pai se foi. Sempre fui solteiro e o único relacionamento que tive foi quando adolescente. Um relacionamento um tanto idiota devo confessar.
Olhei para o relógio de pulso vendo que já passava das 9 da manhã, o celular não parava de tocar. DROGA!
— Vamos tomar café juntinhos, querido? — Ela insistia.
Vindo em minha direção novamente e já estava começando a me irritar. Eu deixava claro inúmeras vezes que ali era um acaso, uma saída casual entre dois adultos e ela era bastante insistente. Ângela não era criança e sabia de tudo aquilo, pois sempre deixei absolutamente claro sobre isso. Percebi que ela fazia de propósito, na tentativa de forçar a barra, porém, como homem solteiro, não iria perder a oportunidade de um divertimento ocasionalmente. Não era a força, muito menos fazia falsas promessas.
— Às vezes eu tenho a impressão que você gosta de fazer papel de boba de propósito! Estou com pressa! — Já fiquei irritado.
Ela senta-se na cama, fingindo desapontamento e eu não era nenhum moleque para cair naquele jogo que ela, experiente que era, tentava jogar comigo. Outras garotas que saiam comigo, não tinham esse tipo de atitude e é por isso que naquele momento coloquei em minha cabeça de uma vez por todas que, não queria mais essas saídas casuais com Ângela, pois no dia seguinte, era só dor de cabeça.
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Minha doce Amy
RomancePara os leitores do sucesso COMPRADA POR ELE. Aqueles que conhecem a história e ficaram imaginando como o Matthew foi parar naquela boate, ou sobre os sentimentos que ele sentia pela Amy. Um empresário que não procura por relacionamento, e por iro...