Arthur sempre esteve acostumado com pessoas bonitas aparecendo nas festas do bar dos Gaudérios, até ver um ocultista loirinho extremamente popular cruzar aquelas portas, foi ali que todo seu costume foi por água abaixo.Quem entraria num bar de motoqueiros tão coberto assim? E com um terço em mãos?! Esse cara é muito intrigante, e Arthur adora essa sensação de estar confuso com alguém bonitinho (Ou bonito até demais)
Em passinhos curtos, ansiosos e pesados Cervero se aproxima do ocultista bonito, e é difícil assumir uma postura de flerte quando alguém te olha daquela forma.
— Ah… E… E ai princeso? — O gaudério diz com um sorriso de orelha a orelha, sua excitação ao ver o outro literalmente estampada no rosto.
— Huh. Oi? — Os olhos de Dante não demoram a encontrar as íris bicolores do mais baixo que brilham como um pequeno diamante e uma esmeralda, respectivamente. Ele gostou de ver o quanto Arthur está animado.
— O que cê tá… Fazendo? Nunca te vi por aqui…
Dante se questiona se está sob efeito de algum ritual de sangue, já que seu coração bate rápido e suas hemoglobinas correm tão veloz quanto.
— Eu tô olhando… O movimento, e você? — A língua de Dante arde com a mentira, ele veio pelo show.
— Eu tô esperando pra tocar, legal né?
— Na verdade não. — Dante diz seco, e Arthur mesmo que triste pelo comentário tenta levar na esportiva, ou no flerte.
— Ah, Loirinho… Já já cê muda de ideia! — Afirmou, antes de tirar uma lágrima tímida do canto dos olhos.
— Não me chama de Loirinho, cara… Eu sou hétero.
Ambos se encaram por alguns segundos depois do comentário do mais alto.
— Mas princeso pode?
Mais um longo silêncio, que fora cortado pelo de madeixas douradas virando as costas para Cervero e indo até o balcão provavelmente pedir alguma bebida à Ivete.
Conforme o outro se distancia, Arthur morde seu lábio inferior, se arrependendo instantaneamente da ação quando sente o sabor metálico do sangue se alastrar na sua boca, não sabe se pode afirmar que Dante é um desafio, mas talvez possa afirmar que definitivamente heterossexual ele não é (Por mais que ele seja um padre).
— Arthur, vem logo cara! — Ivan aparece de repente, dando um susto no mais baixo.
— Desculpa! Tô indo. — O gaudério relaxa os ombros e tenta subir no palco parecendo o mais confiante possível.
Arthur adora noites de show, onde as pessoas cantam e gritam com ele, ou por ele.
Porém, dessa vez é diferente… Ele se sente ainda melhor, talvez pelos seus olhos sempre encontrarem os do padre em meio a multidão, ele parece deslocado mas ainda assim estranhamente confortável.
Arthur não planeja desviar o olhar dele tão cedo.
Q.D.T
Arthur desce do palco batendo uma toalha na sua testa, tirando algumas gotas de suor teimosas que escorrem pelo seu rosto. Não sabe distinguir se sua pelo calor humano dentro do bar, ou pelo nervosismo de ter alguém tão… Curioso lhe avaliando como um prêmio.
Ele cumprimenta algumas pessoas que o elogiam pela sua performance exemplar como vocalista, ele canta muito bem. Mas não deixa de seguir seu caminho até o banheiro, cujo tranca a porta para ter privacidade em seu "camarim".
Até que abre os olhos depois de um suspiro profundo, apenas para encontrar o padre arrumando a própria camisa no espelho da última pia, destruindo suas expectativas de privacidade (E criando esperanças de algo melhor).
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🔥 PROFANO | Ordem paranormal.
FanfictionSérie de 7 oneshots baseada nos pecados capitais com shipps de ordem paranormal.