[🍄] Boa noite, depois de dois anos resolvi reescrever essa história porque gosto muito dela, então algumas alterações podem acabar sendo feitas nesse processo, assim como novas coisas serem adicionadas e, talvez, eu mude o final também.
Dito isso, boa leitura e perdoem os erros.
xoxo10 de Agosto de 2012, sexta-feira
O som suave do canto dos pássaros era algo do qual ele sempre se lembraria. Assim como o cheiro do pão já quentinho que acabara de sair do forno, resultado de uma das várias fornadas que costumavam fazer.
O ar fresco do campo, que era rodeado pelas mais variadas árvores, que traziam consigo a paz e o silêncio de mais um dia comum, era reconfortante. E enquanto inalava o aroma de algumas pequenas flores que haviam espalhadas pelo local, ele se agraciou com o ambiente agradável em que estava.
Ali, de frente para um lago consideravelmente grande, localizado próximo a alguns pinheiros, uma mãe pata guiava seus filhotes para dentro das águas translúcidas. Todos andando de forma enfileirada, como se fossem treinados para tal.
Sentados em um pequeno píer de madeira um tanto quanto antigo, um casal apaixonado balançava os pés na água. Sentiam a temperatura fria da água arrepiarem os pequenos pelos presentes em seus corpos.
Enquanto os jovens se desfaziam em carícias e juras de um amor puro, os feixes solares que brilhavam à frente deles mostravam o brilhante futuro que teriam juntos.
Abriu as orbes castanhas subitamente, se deparando com o forro de madeira que já era tão conhecido por si. Ainda ficou alguns segundos olhando para o teto. Os olhos amendoados, sem brilho e opacos, fitavam um ponto qualquer como se fosse algo muito interessante.
As cortinas brancas da janela permitiam que a luz do sol entrasse no quarto, iluminando-o parcialmente e, com ele, a figura masculina deitada rigidamente sobre a cama.
Seu corpo pesava e seus olhos ardiam, sentia-se pior do que quando fôra dormir. Terrivelmente pior. Ele havia sonhado com aquilo novamente e já era capaz de prever o dia difícil que teria a partir dali.
Após se acostumar com a claridade que atingia seu rosto, Lan Xichen se levantou lentamente — não realmente disposto a seguir com o novo dia que começava — e caminhou até a janela. Abriu-a, vendo o sol nascer no final da rua e iluminando os telhados das casas, transpassando as folhas verdes nos imensos galhos das árvores.
Observou de forma não muito interessado para as pessoas que passavam a caminhar na rua; algumas delas saindo para se exercitar, enquanto outras aparentavam ir para mais um dia de trabalho. Suspirou já cansado, resolvendo se apressar e preparar o café.
Amarrou o longo cabelo castanho em um rabo de cavalo baixo e mal feito quando chegou ao corredor, sentia os fios ressecados em seus dedos em uma perfeita representação de seu estado atual. Sentia-se tão patético que até mesmo evitava olhar diretamente para os quadros ali pendurados, não querendo novamente ser invadido por lembranças que estava custando tanto a esquecer.
Soltou um baixo grunhido de dor ao pisar em uma pequena peça de lego vermelha, havia pisado no pequeno brinquedo sem querer em meio a sua falta de atenção. Suspirou mais uma vez naquela manhã — havia se tornado um terrível hábito de sua parte, ele sabia — ao se deparar com todos os brinquedos que estavam jogados pelo caminho.
Esse o quais ele deveria ter guardado na noite anterior.
Passou a juntar os brinquedos que via pelo caminho, chegando na sala com os braços cheios e vendo a pequena bagunça que se formava no cômodo, resultado de sua falta de disposição para organizar sua casa nos últimos dias. Guardou os brinquedos no pequeno baú próximo ao sofá, e foi para a cozinha.
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O Vizinho
FanfictionOnde Lan XiChen, após perder sua esposa, se vê perdido em sua nova realidade onde tem que criar o filho pequeno sozinho. Entretanto, sua vida muda ao conhecer Jiang WanYin, seu vizinho enfezado que mora na casa em frente a sua.