Capítulo 1

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- Que barulho insuportável! AAAA! - disse ao acordar por conta do despertador. Após isso, tentei raciocinar por alguns segundos depois de despertar de um sonho extremamente interessante.
Escuto alguém se dirigindo quarto.
- Filha? Já acordou? - respondi que sim e minha mãe entrou - estou tão orgulhosa de ver minha menininha crescendo, já está indo para o segundo ano do ensino médio, daqui alguns dias, já estará na faculdade.
Ela apertou minhas bochechas enquanto ria.
- Mãe, a senhora não acha que estou grande pra esse tipo de coisa? Daqui 2 anos, já serei uma mulher - falei em tom irônico - então me trate como uma.
- Mas para mim, você sempre será minha menininha. - ela começou a me fazer cocegas, caímos na risada.
Nem me apresentei. Olá, me chamo Sophia Maria Lombardi (sendo mais formal), e tenho 16 anos. Como você já deve saber, hoje estou indo para o segundo ano, e isso só significa uma coisa: estou no meio do caminho entre o começo da idade adulta e o fim da minha adolescência. E isso me causa medo.
Como era o primeiro dia, me arrumei para não pensarem que eu era desleixada, queria ser bonita como as outras garotas, mesmo que eu pensasse que não podia.
Prendi um pouco do meu cabelo, achava ele sem graça por ser escuro e sem ondas. Passei maquiagem para ressaltar meus olhos esverdeados e deixar meus lábios e bochechas corados.
Depois de tomar café e me embelezar, me despedi de minha mãe, peguei o ônibus e parti.

Por ser de manhã, o ônibus estava lotado mais que o normal, e eu estava super cansada, até que algo me chamou a atenção: a pessoa que estava na minha frente, estava assistindo o último lançamento da Marvel no celular, era Vingadores: Ultimato, provavelmente, pirateado. Eu já tinha visto o filme na pré-estreia e estava obcecada por ele. Em certo ponto da história, olhei para a pessoa e perguntei: "Qual seu vingador predileto?".
O rapaz sorriu e disse: "O Stark claramente!".
Olhei para ele por um tempo e disse: "Uma das coisas mais tristes desse filme é a morte dele".
Nunca vi alguém ficar tão irritado, até quando cheguei na conclusão do que havia dito. Na hora que ele foi gritar comigo, já tinha apertado o sinal antes e fui descer do ônibus e disse com um sorriso: aproveite o filme, não é todo dia que vemos nosso herói favorito virar pó".
Foi algo muito cruel, admito, mas foi meu divertimento durante aquela estupida manhã de segunda-feira.

Cheguei na frente da escola e pensei: "que comece mais um ano!".

Relatos de Uma Adolescência ComprometedoraWhere stories live. Discover now