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Era uma cidade vazia e mesmo com muitos moradores por perto e de longe, eu ainda me sentia insignficante e só, parecia que o sol não brilhava pra mim há muito tempo, os pássaros não cantavam mais pra mim assim que eu acordava, eu vivia com minha mãe que sempre estava muito oculpada, uma única coisa que ainda conseguia me animar era andar de skate nas praças mais vazias desta cidade, eu não tinha amigos, nunca fui de ter muitos amigos e até havia me acostumado com isso, oque fez eu também me acostumar com o sentimento de solidão e insignficância, isso não era algo triste para mim, era um fato que eu ja havia aceitado há muito tempo.

Em um dia qualquer, pude notar a sombra de um carro enorme á frente da minha casa, fui olhar pela janela e vi que era um caminhão de mudanças, algo dentro de mim se acendeu, por um estante me senti feliz, como nunca havia sentido, um tempo depois descobri que um garoto havia se mudado pra ali, eu como uma pessoa muito curiosa fui rapidamente com meu skate passar próximo a casa, notei o garoto entrando em sua nova moradia, ele me parecia jovial, bonito, alto e me aparentava ser legal, seus cabelos eram escuros e lisos, seu rosto era angelical e ele tinha um estilo um tanto quanto duvidoso, mas isso me pareceu bem, nunca vi alguém tão estranho ser bonito daquela forma, fiquei encantada, mas não durou muito, eu nunca fui de ter amigos e apesar de toda essa euforia nem se passava pela minha cabeça ser amiga dele um dia. No dia seguinte pude vê-lo saindo de sua residência e caminhando até a pracinha mais próxima que eu costumava ir sempre, fiquei com vontade de ir lá, porém algo dizia pra eu ficar dentro de casa, então eu fiquei, no mesmo dia eu desci pra a cozinha pra comer algo e pude ouvir minha mãe falar comigo, algo que raramente acontecia e ela dizia:
- Mãe: Você viu que mudou um pessoal novo pra esta rua?
percebi no mesmo estante que ela queria iniciar uma conversa comigo, algo que quase nunca acontecia mas no mesmo estante retruquei:
- R: Huhum
- Mãe: Oque acha de irmos dar as eles as boas vindas? Afinal, não temos muitos vizinhos que possamos conversar, esses me parecem legais!
Foi só ela parar de falar que no mesmo estante eu me senti estranha, mas ao mesmo tempo feliz, era uma mistura de sentimentos, pois durante tanto tempo minha mãe nunca havia falado algo assim, e mesmo assim eu retruquei:
- R: vou andar por aí com meu skate, depois veremos.
me retirei da cozinha indo em direção a porta da frente para sair, pude sentir um vento fresco, juntamente com minha mistura de sentimentos, por que eu me sentia tão estranha? não obtive resposta nem do meu interior mas no mesmo estante ignorei e sair andando com meu skate, fui para a pracinha qual era de costume eu ir e lá estava o garoto, o meu novo vizinho, não cheguei muito perto mas pude vê-lo fumar, resolvi me aproximar dele e no mesmo estante ele apagou o cigarro, fiquei cara a cara com ele e decidi falar:
- R: olá, eu vi que você é o meu novo vizinho e eu vim dar as boas vindas, muito prazer eu me chamo Raven, e você?
a resposta não foi como eu esperava, ele inclinou o seu braço e apertou minha mão dizendo:
- B: Muito prazer! Me chamo Bill
no mesmo estante eu senti a mesma sensação que senti quando o vi pela primeira vez, algo se acendeu novamente dentro de mim e mesmo me sentindo estranha, consegui me sentir confortável, sentei ao lado dele e comecei a tagarelar feito uma criança de 9 anos, mas pelo incrível que pareça ele não se incomodou, eu nunca havia me sentido confortável daquela forma, ele respondia todas as minhas perguntas e pude perceber que ele se parecia bastante comigo.
O tempo passou rápido, eram exatamente 17:00 da tarde, conversamos bastante, eu me levantei, peguei o meu skate e falei a ele:
-R: foi bom interagir com você, podemos marcar um dia pra conversamos de novo se quiser!
ele ainda sentado na calçada respondeu:
-B: claro! E por que não?
eu não respondi mas nada, eu não consegui, eu apenas saí com o meu skate com a sensação de que nunca iria viver aquilo com outro alguém, então eu tinha que aproveitar, vivo cada dia como se fosse o último e independente do que minha mãe pense ou faça eu não posso perder essa oportunidade

Cheguei em casa e lá pude ver minha mãe sentada no sofá, assistindo televisão, quando simplismente ela me pergunta:
- Mãe: por onde esteve?
eu estava subindo pra o meu quarto com meu skate debaixo do braço, quando me virei e respondi:
-R: Eu estava na pracinha, dando as boas vindas ao meu novo vizinho
por pouco eu falei "amigo" mas essa palavra só me veio a cabeça e era muito forte pra variar, eu ja ia subindo pra o meu quarto quando pude ver minha mãe fazer outra pergunta:
-Mãe: você não pretende ser amiga dele, pretende?
eu suspirei fundo, faltava três degraus pra eu chegar ao meu quarto, respirando fundo eu me virei e respondi:
-R: e por que eu não seria?afinal, ele é muito legal
minha mãe desligou a tv e caminhou até perto de mim e disse:
-Mãe: você sabe oque acontece né?você não vai arriscar, certo?
eu suspirei fundo novamente e enfrentando minha mãe eu disse:
-R: sim, eu vou arriscar.
Subi para o meu quarto rapidamente, fechei a porta do quarto e me tranquei lá pelo resto da noite.

me aguardem no próximo capítulo;)

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