vinte e dois | figurino

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"Eu não preciso de um amor

Mas há uma coisa que o amor me ensinou

É para nunca esperar muito

Não preciso de um toque crível

Eu só preciso de você"

Check out this view | Taylor Swift

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Saímos do apartamento da Didi ainda faltando algumas horas até o horário em que marcamos nosso compromisso. Fui na frente, de moto e Didi veio logo atrás, na Taylor e não demoramos muito até chegarmos ao condomínio em que meus tios moram.

Entrei com a moto na garagem, e a Didi estacionou em frente à casa. Esperei ela sair do carro e colocar sua mochila nas costas, e entrelacei nossos mindinhos, enquanto conduzia ela até a entrada da casa.

Já estávamos chegando na soleira, quando a porta se abriu e minha tia veio nos receber, com um Paçoca curioso logo atrás. Assim que ele percebeu que éramos nós dois chegando, ele se agitou e ficou correndo de um lado para o outro no jardim, latindo sem parar.

— Nossa que alegria desse neném — minha tia disse carinhosa para o Paçoca e depois se virou para gente e abriu um sorriso imenso — Entrem meus amores, vou fazer um lanche pra vocês.

— Não precisa, tia. — falei, puxando a Didi pelo dedo para entrarmos em casa — Tomamos um café de manhã caprichado, tipo de hotel.

— Vocês dormiram em um hotel ? — ela perguntou nos analisando e tinha um sorrisinho nos lábios.

— Não. Nós dormimos na minha casa e minha prima fez um café da manhã caprichado pra gente. — Didi foi logo se explicando, mas pelo sorriso da minha tia ela estava pensando a mesma coisa que a Mia.

— Ah, entendi. Vocês dormiram juntos na casa da Diana e não em um hotel — ela aumentou o sorrisinho — Eu nem sabia que você tinha saído ontem à noite, querido.

— Foi por causa de uma emergência, mãe — Mia falou enquanto entrava na sala, já estava toda arrumada, usava uma calça jeans clara, uma camiseta preta, e uma jaqueta minha.

— Emergência? Que emergência? Aconteceu alguma coisa com vocês? — minha tia perguntou preocupada, e eu tratei logo de acalmá-la.

— Não se preocupe, tia. Não foi nada ... — disse despreocupado e Didi me olhou feio — nada que não fosse resolvido a tempo, apesar de urgente. Vamos subir, Diana? Precisamos pegar as coisas do Paçoca.

— Ah! Eu vou com vocês — Mia disse animada vindo atrás da gente, mas, parou no pé da escada — Posso? Não vou atrapalhar?

— Oxi, claro que pode, Mia. Você vai me ajudar a escolher os figurinos para as fotos do Paçoca — Diana respondeu e minha prima sorriu animada, e nos acompanhou até o meu quarto.

— Que ideia é essa de figurino, Didi? — perguntei levantando uma sobrancelha, certo de que o Paçoca iria odiar, qualquer que fosse a ideia da Diana.

— Você não tá achando que o meu filhote vai aparecer pelado nas fotos, né? Ele é o Embaixador da Ong. Merece um figurino decente.

— Didi, já falei que o Paçoca é livre como o pai. Não gosta de usar essas fantasias.

— Não é fantasia, é fi-gu-ri-no.

— Que seja, mas ele não gosta de usar.

— Quem disse que não? Ele reclamou pra você por acaso?

Linhas Invisíveis - Theo's VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora