Capítulo 4

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Melissa Lisboa

Não acredito que meu pai o obrigou a vir se hospedar aqui em casa, não gostei nada disso. Mas espero que ele não me irrite igual fez lá no campo de treinamento.

Mas agora vou ter que conta para minha mãe que já tinha o visto hoje mais cedo, tudo graças a falta de travas na língua da Amélia.

- Sim mãe, havia visto ele em uma cafeteria mais cedo com as meninas. Mas como não sabia quem era ele não te falei - Disse  me aproximando da minha mãe.

Já estou até vendo, minha mãe entrando pela porta do meu quarto para me interrogar sobre eu ter visto o Carlos.
E com certeza vai querer saber o que nós falamos para a Amélia ter falado daquele jeito.

- Entendo minha filha, então já que você já tinha o visto, apresente o quarto de hóspedes para ele - Diz senhora Elizabeth.

Não acredito nisso, acho que já entendi a vinda dele para cá e a insistência do meu pai para ele vir passar uns dias aqui. Mas vai ser agora que vou acabar com qualquer esperança que esse Carlos pode ter de querer se casar comigo.

- Claro mãe, vamos Carlos vou te levar até o seu quarto por esses dias - Falei já subindo a escadas.

- Sim, com licença senhor Domenico e senhora Elizabeth - Diz Carlos Fontinelle.

Até parece que é tão educado assim, foi tão audacioso comigo lá no campo e só está sendo educado assim por conta dos meus pais mesmo.

Chegamos no corredor dos quartos paro e viro para ele.

- Olha aqui, não sei qual o motivo da sua vinda para cá. Mas se for para firmar um casamento comigo para os negócios ficarem mais fáceis pode dar meia volta, eu nunca me casaria com alguém igual você. Um homem grosso e com uma arrogância imensa. E seu quarto é esse da porta à direita - Falei com os braços cruzados.

- Mas quem disse que eu quero me casar com você, eu que nunca me casaria com alguém igual a você. Mimada, birrenta e inconveniente. Tenho dó da Itália quando você for a Chefe da organização - Diz Carlos ficando vermelho de raiva.

BIRRENTA, mimada e inconveniente eu até entendo mas birrenta é demais, quem ele pensa que é. Está na minha casa e ainda me ofende, será que perdeu o medo do perigo que minha família é. Ok que ele também é um membro de uma máfia aliada, mas eu serei a chefe daqui um tempo e ele terá que me aturar.

- Da próxima vez que você me chamar de Birrenta você vai se arrepender de ter nascido - Falei olhando para ele com ódio.

Virei de costas e fui em direção a escada para volta a sala de estar, mas fui interrompida ao escutar uma voz calma falando baixo atrás de mim.

- Tá vendo o motivo que te chamei de birrenta - Diz Carlos Fontinelle.

É a primeira vez que escuto ele falando tão calmamente assim, fiquei até admirada e dei uma pequena pausa para prestar atenção se ele falaria mais alguma coisa. Mas aí escutei a porta se fechando atrás de mim, e olhei para trás no automático e ele já não estava mais lá.

Insolente, me chamando de birrenta.

Desci as escadas e dei de cara com a Amélia e Olívia com caras de como viram um fantasma.

- Melissa como você consegue ser assim, ele nem tinha falado nada em relação a casamento e você foi lá e falou isso - Diz Olívia com a voz baixa.

- Eu achei que você fez bem, ele está muito à vontade nessa casa. Mal chegou e já quer senta na janelinha - Diz Amélia revirando os olhos.

- Falou a pessoa que a primeira vez que veio aqui já se sentou na poltrona que o Tio Domenico não deixa ninguém se sentar e quebrou um dos cristais da Tia Elizabeth colecionava, acho ninguém ficou mais à vontade aqui igual a você Amélia - Falou Olívia olhando sério com Amélia.

- Isso é verdade, nem eu fico tão à vontade igual a você na minha própria casa - Falei rindo.

- Mas vocês ouviram o que eu falei pra ele, vocês estavam me espionando é isso mesmo? - Falei colocando as mãos na cintos mas rindo ainda.

- Não é que estávamos te espionando, foi que queríamos esperar você no seu quarto mas escutamos uma conversa meio tensa de vocês dois e paramos no meio da escada - Diz Olívia ficando vermelha de vergonha.

- Só estava querendo deixar bem claro para que se o plano dele junto com meu pai fosse para me casar, ele já possa desistir antes mesmo de tentar algo - Falei com uma sensação de satisfação.

- Mas quem começou tudo foi você Melissa, você que o achou bonito lá na cafeteria - Questionou Amélia.

Uma coisa é achar alguém bonito, outra é querer me casar com ele ao menos conhecer e tenho certeza que se o conhecesse jamais me casaria com alguém igual a ele.

- Isso é verdade, eu tenho que concorda com a Amélia. Mas também concordo com você, achar bonito é uma coisa e ter uma vida com ela é outra - Disse Olívia sempre muito coerente.

- Eu sei que achei ele bonito, mas é por que não sabia que iríamos ter que nos ver novamente. Se eu soubesse jamais teria falado aquilo - Falei baixando a cabeça.

- Meninas o jantar está na mesa, e Melissa vá chamar o Carlos para se juntar a nós à mesa - Diz senhora Elizabeth.

Ah não, eu acabei de falar tudo aquilo pra ele e ainda vou ter que volta lá.

- Mãe a senhora Beatriz (governanta da casa) pode ir chamá-lo - Falei tentando escapar.

- Ela está ocupada, e você não irá morrer ao volta alguns passos para o chamar - Diz senhora Elizabeth voltando em direção a mesa de jantar.

Devo estar pagando algum tipo de penitência mesmo.

- Nós encontraremos você na mesa Melissa - Olívia Diz descendo os últimos degraus junto com Amélia.

Volto indignada e quando chego perto da porta do quarto onde ele está o vejo saindo.

- Já ficou com saudades de mim senhorita Melissa - Diz Carlos Fontinelle rindo.

- Nunca, minha mãe pediu para vim o chamá-lo para se junta á mesa para jantarmos - Falei e me virei.

Me segurei para não dar uma boa resposta para ele.

- Acho que vou dar um apelido para você - Falou Carlos Fontinelle rindo.




Qual será o apelidinho que ele vai dar para ela em...
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