crises

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Elle

Entrei na casa principal, minha mãe e Lane estavam no meio da sala tratando uma cabra, não falei nada, aquilo já era mais que normal:

-Oi mãe, oi mana! Oi Cabra!

Minha mãe pegou a pata da cabra e balançou:

-Oieee! Eu sou a T-shirt

Olhei pras minhas tias, que diacho???:

-Ela achou o esconderijo do tio Theo- murmurou a minha madrinha, Gui

Minha mãe mostrou a língua pra a amiga, e eu soltei uma risada:

-Hey, vou pro meu quarto tá bom? Me disseram que a gente vai viajar, vou procurar umas roupas- dei um sorriso desajeitado e subi as escadas correndo

Abri meu guarda roupa e comecei a pegar roupas e jogar na mala azul

Bombinha
Bombinha extra
Bombinha extra da extra
E bombinha extra da extra da extra:

-Licença- Alguém sussurro no meu ouvido e tocou na minha cintura me empurrando levemente pro lado

Luka

Olhei pra ele e fechei meu guarda-roupa:

-O que se tá escondendo aí? Por favor Elle, tenho uma irmã, tô acostumado com absorventes, calcinhas, sutiãs...

Ele deu um sorriso gentil

Meus lábios se curvaram em um sorriso

Ele abriu as portas do guarda-roupa, e procurou algo nas gavetas

Eu fiquei vermelha quase no mesmo momento

Luka sorriu malicioso e pegou meu sutiã de renda preto e colocou nos olhos, ele se olhou no espelho:

-Eu pareço uma abelha, ZzZzZz

Soltei uma risada verdadeira, mas a felicidade sempre acaba, como se acaba a luz, se acabou meu ar

Luka tirou o sutiã dos olhos, seu sorriso desapareceu por completo:

-Elle?

-Bombinha- ofeguei- mala

-TIA BÊ!!!- ele gritou e foi até a mala e pegou uma bombinha

Minha mãe entrou e bateu a porta na cara da tia Bela, não sei se pela mania de fechar portas ou pelo desespero:

-Cacete-murmurou a Tia Bela massageando a testa

-Olha a boca, tem criança na sala- disse a Tia Gui

-PUTA MERDA, QUE PORRA ACONTECEU COM A MINHA AFILHADA, CARALHO, ELA TÁ BEM???- "sussurrou" o tio Theo

Meu ar começou a voltar ao normal depois da bombinha bombardear a minha boca, Luka me abraçou com força, ele aproximou a boca do meu ouvido e sussurrou naquela voz de preocupação que eu sabia que, ao contrário do Yago, ele tinha, também, sendo filho de um uma psicóloga:

-Precisamos conversar

Ele me pegou no colo e me sentou na cama, eu soltei uma risada:

-Não se preocupa, eu tô bem

-Vou deixar vocês em paz- disse minha mãe e saiu empurrando todos os adultos

Seus olhos castanhos encontraram os meus, seus olhos eram lindos, lindos como o por do sol, lindos como a noite, lindos como uma fogueira repleta de faíscas, seus olhos eram a segunda coisa mais bonita que eu já tinha visto, a primeira era seu sorriso

Ele suspirou:

-Por que não nos falou que tinha asma?- sua voz era calma, ou, pelo menos era o que ele tentava passar

-Eu também tenho ansiedade-admiti

Ele me abraçou novamente, dessa vez não era desespero, era carinho, era quente como seu corpo

Era o tipo de abraço que eu desejava ficar para sempre

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