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TW: suicide attempts, sh, blood

Não revisado, desculpe se houver algum erro gramatical.

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Wilbur estava cansado. Cansado de ter que levantar todos os dias para viver a mesma coisa, cansado de cometer os mesmos erros, cansado de viver, cansado de saber que a única solução que ele tem para seus problemas, é descontando em si mesmo.

Lá estava ele de novo, no banheiro de seu apartamento; que já não era dos melhores, com uma qualidade duvidosa, mas não é como se ele estivesse na melhor condição para ter um apartamento de qualidade..

Sangue e garrafas de vinho espalhadas pelo chão de cerâmica, o aroma de álcool se espalha pelo ambiente. Quackity tinha saído de casa para comprar qualquer comida de microondas que encontrasse no mercado, já que não tinham nada para se alimentar. Wilbur aproveitou esse momento para conseguir se "satisfazer"; (não, não é o que vocês pensaram.) Ele cobre o braços com cortes — alguns profundos — com esparadrapo, já que o sangramento parecia que não iria acabar. Ele encara o braço que acabou de cobrir. Nenhuma expressão em seu rosto, seus olhos vermelhos, que lembram a cor de vinho, pareciam vazios, sem nenhum brilho.

Assim que o sangramento para, ele para de encarar e cobre com a manga de seu suéter amarelo. Quando o mesmo vê a bagunça que fez, começa a tentar limpar. Wilbur começou a pegar os cacos de vidro espalhados no chão, tomando cuidado para não se cortar mais. As mãos trêmulas não ajudavam, mas ele continuava. Cada pedaço parecia pesar uma tonelada em suas mãos, cada movimento trazia uma lembrança dolorosa. O silêncio do apartamento era sufocante, e a única coisa que se ouvia era o som dos cacos sendo jogados em uma sacola plástica.

Quando finalmente terminou de recolher o vidro, ele pegou um pano velho e molhado e começou a limpar o sangue seco do chão. A cor escura contrastava com a cerâmica branca, uma lembrança visível do caos interno que ele carregava. Cada vez que passava o pano, era como se tentasse apagar algo que não se podia apagar.

Ele parou, respirando fundo, sentindo as lágrimas querendo sair, mas ele não deixaria. Não agora. Ele as engoliu, porque, por mais que ele quisesse chorar, ele simplesmente não conseguia. Sentiu uma dor aguda no peito, uma mistura de culpa, tristeza e um cansaço sem fim. Ele olhou ao redor, para o banheiro quase limpo, e um pensamento passageiro veio à mente: "O que eu estou fazendo com a minha vida?"

Wilbur apoiou as costas na parede e deslizou até sentar no chão frio, abraçando os joelhos. Sua respiração estava ofegante, como se o simples ato de limpar tivesse drenado todas as suas forças. Queria gritar, mas não conseguia. Queria correr, mas não sabia para onde. Queria parar, mas sabia que o silêncio da ausência de dor seria ainda mais insuportável.

O barulho da porta da frente se abrindo o tirou de seus pensamentos. Quackity voltou. Ele ouviu passos apressados e o som de sacolas sendo colocadas na cozinha. Wilbur limpou as lágrimas que teimavam em descer e tentou se levantar, mas suas pernas estavam fracas. Quackity entrou no banheiro, e a expressão de seu rosto mudou imediatamente ao ver Wilbur no chão e os restos de sangue nas bordas do ralo.

— Wilbur... — A voz de Quackity era um sussurro, carregada de preocupação e um cansaço familiar. Ele se abaixou, se aproximando devagar. — O que você fez dessa vez?

Wilbur desviou o olhar, incapaz de encarar a preocupação nos olhos de Quackity. Sentiu vergonha. Ele odiava ser visto assim, tão vulnerável, mas ao mesmo tempo, parte dele queria alguém que visse, alguém que soubesse o que ele estava passando.

— Não é nada — murmurou, sua voz fraca e quase inaudível. — Eu... eu só...

Quackity não esperou que ele terminasse. Com um movimento cuidadoso, ele pegou a mão de Wilbur e a segurou, olhando para os cortes ainda cobertos. A raiva e o desespero eram visíveis em seu rosto, mas ele se controlou. Respirou fundo e, com um tom mais calmo, falou:

— Você não está sozinho, Wilbur. Não importa o quanto pareça. Eu estou aqui. Eu sempre vou estar aqui.

Wilbur sentiu um nó na garganta, e, pela primeira vez em muito tempo, permitiu que as lágrimas caíssem. Quackity o puxou para um abraço, um gesto que parecia tão simples, mas que carregava um peso enorme. E, naquele momento, Wilbur deixou que a dor transbordasse, sem tentar esconder ou sufocar.

Eles ficaram ali, no chão frio do banheiro, enquanto Quackity sussurrava palavras tranquilizadoras, como se estivesse tentando costurar as feridas que Wilbur carregava dentro de si. E, pela primeira vez em muito tempo, Wilbur sentiu uma fagulha de esperança, uma pequena chama que o lembrava de que talvez, apenas talvez, ele não precisasse enfrentar tudo isso sozinho.


...



800 palavras. Lembrando que essa fanfic não tem nada haver com os streamers, sim com os personagens de minecraft. Eu NÃO estou do "lado" do William Gold.

Stay - TNTDUO/QUACKBUROnde histórias criam vida. Descubra agora