O homem da noite

Theatro

...

- Porra, como assim ele apareceu de novo e você não contou para a gente? - Diz Ussop assustado.

- Foi tudo muito rápido. - Responde Luffy enquanto observa o contato de Arthur sem saber se chama ou não.

- Ele te deu o número dele. É óbvio que está interessado.

- Luffy você tem que chamar ele para cá agora! - Diz Nami que estava jogada na poltrona do quarto do amigo.

- Tá louca? A gente nem se conhece direito, ele é um estranho.

- Um estranho gostoso que você tá obcecado.

- Eu não tô obcecado... Só curioso.

- Sei...

- De qualquer forma, o que eu diria? "Oi, tudo bem Arthur? O que você acha de vir na minha casa com esse seu perfume maravilhoso, e talvez me comer para aliviar o meu estresse? Aí você some e me deixa continuar vivendo a minha vida sem precisar saber quem você é exatamente!"

- Ninguém falou nada de sexo, mas se é o que você quer parece ótimo para mim... - Diz Ace entrando no quarto e se intrometendo.

- É, para mim também!

- Extremamente sincero, sem ilusões, gostei! - Diz Robin.

- Vocês são péssimos KKKKKKK - Diz Luffy rindo.

- Somos seus amigos né.

- Vou pensar no que fazer... - Diz largando o celular na cama. - Ô Ace, você não tinha uma reunião hoje?

- Sim, é daqui à 1 hora, quando faltar uns minutos eu saio de casa.

- E vai chegar atrasado?

- Sim, é o meu charme!

Todos riram e começaram a falar várias histórias vergonhosas do passado de Ace, até o moreno resolver sair do quarto e ir finalmente se arrumar para a reunião de trabalho.

...

Eram 16 horas da tarde e ao terminar de arrumar sua casa, Luffy se despediu de seus amigos e resolveu que precisava ir ao mercado.

No caminho o jovem encontra uma senhora com dificuldade para atravessar a rua e fica extremamente irritado porque várias pessoas estavam passando longe só para não ajudá-la.

Ele caminha completamente sorridente até a senhora e lhe dá um boa tarde muito animado, perguntando se ela queria ajuda. A mesma agradece e eles seguem conversando até o mercado, que também era o destino da senhora.

Do outro lado da rua estava o moreno tatuado e misterioso, observando a cena.

Ele havia surgido ali para evitar a morte daquela pobre senhora, que já estava predestinada para hoje. Mas nem ao menos foi preciso, pois dessa vez alguém foi mais rápido que ele.

...

Alguns minutos depois, saindo do mercado, Luffy estava caminhando tranquilamente quando encontrou Arthur na calçada do estabelecimento e ficou completamente surpreso, pois ainda tinha sol.

- Oi... - Diz ainda incrédulo. - Ué, são 17:30 da tarde e eu estou te encontrando mesmo?

- Você ainda acha que eu sou um Serial Killer que só anda à noite? - Pergunta rindo.

- Não um Serial Killer, mas que você só anda a noite. Tá indo fazer compras também?

- Não, só tava passeando mesmo.

- Como sempre né... - Resmunga Luffy enquanto se pergunta mentalmente se o outro não tem um emprego.

- Sim, como sempre. - Responde parando para pensar um pouco. - Olha, eu tô indo no teatro assistir uma peça que gosto muito, não sei se você curte, mas tá afim de ir comigo?