No altar.
Pov Marilia.
Já não tinha bastado a tarde de ontem pro Ivan me incomodar ele achou uma boa ideia vim pro meu show também e pra piorar ninguém da minha equipe é nem as gêmeas estavam suportando ele, nem eu estava suportando ele que tava sentado justamente do meu lado e mesmo a música estando baixa ele insistia em falar qualquer coisa no meu ouvido me deixando extremamente incomodada com a situação.
Eu não tava curtindo nada essa resenha que quase sempre acontece depois dos shows. O Ivan não parava de incomodar mesmo eu já tendo deixado claro diversas vezes que somos apenas amigos e nada além disso até pôr que eu já tenho namorado e por falar em namoro o mesmo entrou no meu camarim com um sorriso no rosto que logo sumiu quando notou Ivan praticamente em cima de mim. Ele tava tão lindo com um buquê de rosas na mão, achei que iria fazer algo mais ele simplismente entregou o buquê pra mim e sentou do lado de Maiara que estava com uma cara péssima pra mim. Henrique pegou uma cerveja e entrou numa conversa com minha banda.
Tava tentando me afastar do Ivan que parecia grudar cada vez mais em mim. Eu não consigo entender uma pessoa que mesmo eu tendo falado diversas vezes que está me incomodando continua com o mesmo comportamento. Quando tava chegando no limite ele cochichou no meu ouvido " seu namorado não tá se importando muito com a gente, talvez ele aceite te dividir " que merda ele tá falando? Meu Deus esse cara só pode ser maluco, antes que eu respondesse algo ele desceu a mão pra minha cocha me fazendo paralisar com essa atitude. Foi tudo muito rápido antes que eu pudesse reagir me deparei com Henrique indo com tudo pra cima dele que acabou batendo em mim me fazendo cair do sofá e bater o lado do meu rosto em algum lugar. Perdi o foco por alguns momentos e quanto recuperei vi que já tinham segurado Henrique e o Bahia já tava no meio dos dois.
Bahia: o que tá acontecendo aqui? ( falei serio) deu pra ouvir de lá de fora.
Henrique: esse idiota passou a mão na Marilia ( olhei pra Marilia que tava se recompondo e percebi que tava sangrando) cê tá sangrando ( me soltei e fui até ela).
Marilia: tá tudo bem ( passei a mão no lugar que tava doendo e senti o sangue).
Maraisa: já causou de mais Ivan agora vai embora ( ele saiu de cabeça baixa mais antes de passar pela porta falou).
Ivan: você ainda vai ser minha Mari disso você pode ter certeza ( falei finalmente indo embora).
Bahia: preciso que deixem a Marilia sozinha ( todos saíram menos as gêmeas e o Henrique) tem noção do que aconteceu Marilia? Se o Silveira tivesse aqui teria arrancado a cabeça do idiota e se o Henrique não tivesse quebrado a cara dele eu mesmo quebraria.
Marilia: já entendi babá ( falei enquanto Maiara analisava o ferimento).
Maiara: tudo bem só precisa limpar e colocar um curativo.
Maiara limpou o ferimento e colocou um curativo enquanto isso Henrique tava no corredor conversando com o Bahia e com o meu tio que também apareceu pra conversar. Concerteza estão falando do Ivan e como sempre o senhor Tavares estar dando ordens de como cuidar melhor de mim e de quem deixar se aproximar de mim, como se eu fosse um vaso que pode cair e quebrar e isso me irritava. Percebi que Maiara tinha terminado então levantei e fui até lá ouvindo a voz do barbudo um pouco exaltada.
Henrique: aquele imbecil nunca mais vai chegar perto dela eu mesmo vou cuidar pra que isso não aconteça.
Marilia: eu sei me cuidar Ricelly ( falei e o mesmo virou pra mim junto ao dois homens ao seu lado) não preciso que você faça nada.
Bahia: o Henrique tá certo em querer te proteger, o que aquele cara fez foi assédio e só Deus sabe o que ele tava na cabeça.
Silveira: queria ter arrancado o pescoço daquele infeliz ( falei irritado).
Marilia: não precisa de nada disso, eu vou denunciar e conseguir uma média protetiva pra que ele fique longe de mim.
Henrique: acha mesmo que vou confiar sua vida num pedaço de papel?
Marilia: não tô correndo risco de vida, o Ivan é só um doido que criou sentimentos errados por mim.
Bahia: eu concordo com o Henrique mais se você acha que um papel resolve a situação tudo bem.
Ninguém falou mais nada mesmo assim dava pra sentir só pelo olhar de cada um principalmente o de Henrique que entregava raiva, fomos pro hotel que eu estava hospedada e Henrique me acompanhou até meu quarto, ele tava calado e com uma mala Concerteza a mala que ele vai levar pra os dias de shows que vai começar amanhã. Sentei na cama e ele sentou do meu lado tocando no meu rosto e levando os dedos até a lateral do meu rosto onde tava com o curativo.
Marilia: eu não sou de porcelana Tavares ( falei pegando sua mão) não é possível que não perceba o quanto me irrita cê pensar que eu sou indefesa.
Henrique: já imaginou se estivesse sozinha com aquele cara? Já pensou no que ele podia fazer com você? ( ela ficou calada) porra ele tocou em você com maldade ( respirei fundo) eu devia ter arrancado a cara dele com socos.
Marilia: ele não vai mais chegar perto de mim não precisa se preocupar. Não quero que controle ou manipule nada ao meu redor.
Henrique: cê não percebe que eu tô cuidando de você?
Marilia: manipulação não é cuidado Ricelly.
Henrique: cê tá protegida aqui no hotel então vou te deixar sozinha ( peguei minha mala e sai).
Droga mais uma briga com o Henrique e dessa vez pareceu que magoei ele. Mais porra eu odeio o jeito que ele age como se eu fosse frágil e ingênua coisa que eu definitivamente não sou. Eu posso me defender sozinha sem ter tanta gente controlando as coisas que acontecem comigo. Tomei um banho e deitei na cama e não sei se foi a pancada ou a noite mal dormida mais eu capotei sem perceber.
Continua ❤️
