01 - Uma lady feia

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Quando eu penso que nunca mais volto pro wattpad o destino vem com os dois pés na minha cara kskkskss, mas o que eu não faço por vocês?
Espero que gostem desse casal, eles são mais apocalípticos que eu!

Quando eu penso que nunca mais volto pro wattpad o destino vem com os dois pés na minha cara kskkskss, mas o que eu não faço por vocês?Espero que gostem desse casal, eles são mais apocalípticos que eu!

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Era uma vez um lorde de conduta impecável...

Era uma péssima noite para estar em um baile. Se bem que, para o lorde Maverick Bradshaw nunca era um bom momento para estar em um. Se não fosse pelo champanhe que fazia um excelente trabalho em deixá-lo dormente, já teria arrancado umas três peças de roupa para amenizar a sensação de sufocamento que o esmagava. Quanto mais o líquido em sua taça diminuía, mais perto ele ficava de abandonar a prudência e xingar alguém. Jurou para si mesmo que faria isso para o próximo que batesse duas vezes em seu ombro para falar sobre política. Maverick odiava política, na verdade, odiava qualquer coisa que fosse obrigado a fazer.

Ele estava quase com trinta anos, isso queria dizer que compareceu a bailes por, pelo menos, metade da sua vida, se nada de interessante tinha acontecido até então, o destino estava tentando lhe dizendo alguma coisa.

Somava isso ao fato de que, seu tempo servindo ao exército arrancou dele qualquer paciência para barulhos, os tiros de mosquete e disparos de canhões estragaram seus ouvidos para qualquer melodia que não fosse a do silêncio. Em seus piores dias, mesmo um tom de voz mais alto o colocava em desespero para se retirar de uma sala. Ao longo da noite, tentou escapar para os jardins sete vezes, e em todas foi abordado, três delas por matronas e suas filhas desesperadas por um marido e quatro por aristocratas com perucas fedidas que achavam que por ele estar prestes a se tornar um general, tinha ânimo para falar sobre política. Maverick afogaria na tigela de ponche o próximo que risse perto dele.

Pensou que, sendo o segundo filho, não teria que comparecer a esses eventos com tanta frequência, mas se fosse embora sem comparecer a um último baile, tinha receio de que isso pudesse levar seu pai para sete palmos debaixo da terra.

Claro que Maverick sabia que seu pai estava longe de morrer. Ely Bradshaw não era tão velho assim, só era velho. Os anos que tinha, só Deus sabe quantos porque nunca dizia, usou para aperfeiçoar sua habilidade em chantagear emocionalmente os filhos.

Para conseguir persuadir Maverick a comparecer àquela noite, o duque de Gordon teceu um ardilosa linha de acontecimentos que começaram no início da semana. Na segunda-feira disse que não estava se sentindo bem, na terça não desceu para o jantar, na quarta ficou de cama o dia todo, na quinta pediu que chamassem um doutor para vê-lo, na sexta sutilmente sugeriu que se o filho fosse ao baile, e ao menos pensasse na possibilidade de se tornar marido de uma mulher com muita fortuna e nenhum amor-próprio, isso traria ânimo outra vez para seu corpo decrépito.

Maverick sempre podia dizer não para o pai, era o que geralmente fazia, mas não quis arriscar, pois se tinha uma coisa que ele tinha de sobra, sem contar a impaciência, era azar. Se alguém ia levar a culpa por matar o pai de desgosto, seria um de seus dois irmãos, não ele.

Um desejo para lorde Maverick (Era uma vez - 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora