- 001.

1.4K 102 6
                                    


lizzie

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

lizzie.

A minha vida virou de ponta cabeça assim que minha mãe se matou. Minha mãe teve uma depressão pós parto e quando eu completei os meus 7 anos, ela se matou com cortes profundos nos pulsos. Eu estava em casa. Eu assisti tudo e não fiz nada. Eu não conseguia.

A nossa fama ficou como "a família da mulher que se matou" por dois meses e foram os piores. Eu era uma criança, então muitas crianças da minha escola se afastaram de mim por causa dessa fama. Meu pai começou a descontar a dor em drogas e bebidas e nunca mais parou.

Eu aprendi a resolver os meus problemas sozinha e sem ninguém. Os meus irmãos se tornaram protetores e ciumentos ao extremo, mas também arranjaram outras formas de descontar a dor. Como em garotas, bebidas, drogas e sexo.

Ando pelas ruas e sinto um vento bater em minha nuca. Eu estou indo na loja do Fezco comprar energético e chocolate e conversar com ele. Eu conheci Fezco e Ash em uma das vezes que eu fui pra lá e sempre vou conversar com eles.

Me aproximo do lugar e vejo uma caminhonete estacionada ali. Nate e McKay estão carregando ela com cervejas e Fezco está ajudando eles. Me aproximo em passos lentos, um pouco envergonhada e Nate Jacobs me olha.

Os seus olhos castanhos percorrem o meu corpo todo e eu sorrio envergonhada. Eu nunca conversei com Nate, mas é meio impossível não conhecer ele. O garoto babaca e popular na East. Ele me encara como se fosse me devorar ali e eu mexo em meus dedos desconfortável.

— Eae, Liz. — Fezco sorri pra mim. — Pronto, cara. Foram todas. — Disse aos dois garotos.

— Annenberg... — Nate sussurrou, enquanto caminhava até mim. Arregalei os meus olhos e ele parou na minha frente. — Você vai na festa, loirinha? — Perguntou.

Ele estava próximo. Muito próximo. Eu ia me afastar, mas a mão grande dele me segurou forte pela cintura. Encarei os seus olhos e mexi em minhas mãos, nervosa.

— E-eu não sei. — Respondi e ouvi o seu suspiro.

— Eu quero te ver lá, Lizzie. Espero que não me decepcione. — Ele disse e se aproximou do meu rosto, deixando uma lambida na minha bochecha do lado direito.

Arregalei os meus olhos e ele sorriu antes de me soltar e se afastar. Observei ele deixar algo na mão de Fezco e antes de sair com a caminhonete, ele me mandou um beijo e gritou alguma coisa, mas eu não entendi. Eu estava ocupada demais esfregando as minhas mãos onde ele lambeu. Porra, que nojo!

Ele é idiota? Eu nunca nem falei com ele. Nunca conversamos ou sequer nos olhamos. Que otário.

— Que merda... — Alguém atrás de mim resmungou e eu me virei em um pulo. Arregalei os meus olhos ao ver Rue ali.

— Rue?! Ai meu Deus! Cacete, Rue! — Eu falei animada e corri até ela, a abraçando. — Você voltou quando? Meu Deus, porra! — Eu falei animada e ele sorriu fechado.

— Você e o Nate...? — Ela me olhou confusa.

— Não tem essa. Eu nunca nem falei com ele, não sei porque ele fez aquilo. Estou tão surpresa quanto você. — Eu falei e andamos juntas até a loja do Fezco.

— Eae, Rue! — Fezco sorriu para a garota ao meu lado e eu fui até o freezer pegando um energético de melancia e depois peguei alguns chocolates e balas. — Não toma muito isso, Liz. Depois você não dorme. — Ele falou e eu revirei os meus olhos em tédio.

— Loirinha e drogadinha, a dupla de milhões! — Ash apareceu e eu sorri para ele, fazendo um toque de mãos como cumprimento. — Não vai se embebedar de energético, Lizzie. — Ele me zoou e eu o encarei.

— Me respeita, Ashtray. Eu ainda sou mais velha, ok? — Deixei uma nota de 20 dólares para Fezco e ele me deu o troco.

— Um ano não conta, frufru. — Ash me encarou todo serinho.

— Claro que conta. 365 dias fazem muita diferença, criança. — Eu falei e ele me mostrou o dedo do meio. Eu gargalhei.

— As discussões bestas de vocês me cansam. — Fezco falou com tédio e eu peguei as coisas que eu havia comprado.

— Eu vou indo. Tchau para vocês. — Avisei. Rue tinha saído e eu nem havia percebido.

— Tchau, frufru. — Os dois me chamaram pelo apelido ridículo e eu revirei os meus olhos e sai da loja.

Voltei para casa em passos rápidos. Eu não morava tão longe, mas era uma distância razoável. Assim que cheguei, entrei e notei a casa vazia. Provavelmente Cameron saiu com Aidan e o meu pai deve estar enfiado em um bar qualquer.

Subi para o andar de cima e coloquei uma música. Eu vou ouvir música, enquanto penso na roupa que eu irei usar na festa do McKay hoje à noite.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝗣𝗢𝗦𝗦𝗘𝗦𝗦𝗜𝗩𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, 𝗇𝖺𝗍𝖾 𝗃𝖺𝖼𝗈𝖻𝗌.Onde histórias criam vida. Descubra agora