tentação..

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Kai ergueu uma mão pálida e fria, tocando suavemente o rosto de Teresa. Uma corrente elétrica percorreu seu corpo, fazendo-a tremer involuntariamente. As chamas da vela dançavam mais intensamente, como se o próprio ambiente respondesse à tensão que se desenrolava.

"Você pode resistir à tentação, Irmã Teresa, mas quanto tempo sua devoção resistirá ao chamado do desejo proibido?", murmurou Kai, sua voz envolvendo-a como uma teia.

Teresa sentiu o conflito interior intensificar-se. Uma parte dela queria ceder ao toque proibido, explorar territórios desconhecidos que estavam além das restrições monásticas. No entanto, sua fé ainda queimava em seu peito, um fogo que se recusava a ser apagado.

"Não posso trair meu voto, meu Senhor", ela murmurou, mas sua resistência enfraquecia diante da presença magnética de Kai.

O misterioso homem inclinou-se, seus lábios roçando suavemente no ouvido de Teresa. "E se, Irmã, eu disser que a verdadeira redenção está na aceitação do desejo e na entrega ao inexplorado?"

As palavras de Kai ecoaram na mente de Teresa, desafiando as estruturas que ela construíra ao longo de anos. Enquanto ela lutava contra seus próprios demônios internos, as sombras da igreja pareciam ganhar vida, envolvendo-os em um abraço sinistro.

O beijo de Kai era uma promessa proibida, um pacto com o desconhecido que a tentava. O som dos sussurros das velas e o eco dos corredores vazios testemunhariam o conflito entre a fé e a luxúria, enquanto a noite continuava a desdobrar-se na igreja gótica imersa na escuridão.

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