(616 palavras)A poeira me fazia tossir repetidas vezes. Era insuportável sentir aquela fumaça de destruição entrar em minhas narinas e irem para meus pulmões. Mas era o único ar que eu podia respirar. Não se pode ser muito exigente quando se está debaixo de destroços de concretos, quase sem voz, com fome e dor, agonizando até a morte.
Era isso, já havia gritado tanto por socorro, mas ninguém me ouviu. Já estava conformada com a morte até ouvir alguns carros passando.
De repente me deu vontade de gritar por socorro... Mas e se fossem as mesmas pessoas que jogaram bombas na cidade? Que destruíram a porra de um prédio enorme que desabou e esmagou meu carro. As mesmas pessoas que mataram meu cachorro. Eu desejaria tanto ter morrido no lugar do meu amado Tofe... Mas não tive essa sorte.Ah, por falar em cachorro... Acho que estou ouvindo um latir. Está vindo para cá? Parece estar aumentando o som. Eu até tentaria me mecher e empurrar alguns destroços para movimentar as coisas e eles perceberem que havia vida aqui. Ao invés de apenas uma carcaça quase podre que estava a minha direita. Acho que era um morador do prédio que estava em cima das nossas costas agora. Aposto que estaria cheia de moscas e larvas se elas conseguissem entrar aqui.
Nada. Não consegui fazer um único movimento ou som. Mas os latidos aumentavam cada vez mais, me dando um fio de esperança para ser encontrada. Havia uma pequena fresta entre os pedaços de concreto da minha frente, era o jeito que eu usava para saber se estava de dia ou noite durante essas... 30 horas presa? Nem sei.
Estava completamente presa, mas se eu conseguisse esticar meu braço ali, talvez percebessem que havia pelo menos um sobrevivente.Ta, vamos lá. Fiz o máximo de esforço que pude, esticando meu braço e tentando passar a mão pela fresta dos concretos. A dor era ridícula de forte, sentia como se meu polegar estivesse sendo prensado contra o restante da mão. Aquele concreto tinha ferro exposto. Mas que porra, estava cortando minha mão. Soltei um grito que para mim pareceu ensurdecedor, mas acho que não passou de um ruído do lado de fora.
Os latidos daquele cachorro estavam cada vez mais altos, ele parecia estar vindo para cá. Seu dono o soltou pelo que pude perceber, ele veio correndo e subiu no concreto que estava em cima de mim. Cheirou minha mão que estava até o pulso para fora, doendo pra caralho por sinal.
Começou a latir de um jeito diferente, pelo latido grave, eu diria que seria um pastor alemão.
Passos vem na direção do cachorro. Eu rezava mentalmente para que fosse um resgate e não apenas mais terroristas querendo ter certeza de que mataram todos daqui.
O cachorro havia parado de latir, o que me causou um pouco de pânico. Será que ignoraram ele? Pensaram que não foi nada? Apenas um surto do cachorro?
Muitas coisas estavam se passando pela minha cabeça, até sentir uma mão encostar na minha com delicadeza. Colocou os dedos em meu pulso e esperou um pouco.
- A vítima tem pulsação. Iniciar operação de resgate de sobrevivente soterrado. - uma voz grave disse e eu só pude sentir alívio ao escutar a palavra "resgate".
Oi morceguinhos❤️
Vou tentar fazer uma fanfic com capítulos... Não sou acostumada, então peço paciência😭😭
(A capa fui eu que fiz, tem uma história engraçada por trás KKKKK)
vocês gostaram? Talvez um dia eu faça algum textinho falando sobre mim e outras curiosidades aleatórias, tipo a capa desse capítulo, se alguém apoiar a ideia óbvioDeixem seu voto e um comentário se possível para ajudar ❤️
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Através de Você
Fanficvocê vivia sua vida normalmente até ocorrer um ataque terrorista na sua cidade. Sendo uma das poucas sobreviventes, você foi resgatada e sua vida mudou a partir do momento em que conheceu a equipe de força tarefa 141 e o tenente Ghost em específico.