"Nunca julgue um livro pela capa, pois o seu conteúdo pode ser surpreendente!"
Artur C Martins
Introdução
Estava atrasada, muito atrasada. Enquanto corria pela casa, em busca do que vestir e algo pelo que calçar, Sakura Haruno se perguntava se alguma vez em sua vida ela conseguiria acordar no horário certo.
Não que ela fosse alguém irresponsável com suas questões e sua vida. Ela não era. Só era alguém com um sono infinito e uma disposição corporal limitada. Mas ela se esforçava.
Fazia alguns minutos que ela buscava pelas chaves de sua moto. Ela rosnava pelo seu desleixo e pelas incógnitas do universo.
— Por que sempre que estamos atrasados e precisamos de uma determinada coisa, essa maldita coisa some das nossas vistas ?
Era um questionamento extremamente válido, porque imaginem só...
Seu despertador não toca, você não acorda no horário, começa a se arrumar às pressas vestindo tudo de limpo que encontra em seu caminho. E quando você se encontra pronta para enfrentar o dia, as chaves da condução que te levará para o determinado destino some.
E então o seu celular some, a sua carteira e todos os objetos que você precisa para o seu estágio evaporam.
— Eu não acredito que vou ter que apelar a isso.
Sakura para no meio da sua sala de estar e fecha os olhos. Ela se prepara. Quem olhar de fora, irá pensar que ela só está respirando fundo, mantendo a calma e refazendo os passos da noite passada para ver se assim sua mente se ilumina para a localização misteriosa de sua bolsa. Mas não, o que ela estava prestes a fazer era de fato muito importante e que faria com que ela encontrasse suas chaves e tudo mais que ela precisa. Como um passe de mágica.
Confia!
— São longuinho, são longuinho, se eu achar meus objetos perdidos, ou ao menos me lembrar onde os enfiei na noite passada, eu juro que darei dezessete pulinhos.
Demorou um pouco mas por fim seu rosto se iluminou, seus olhos foram abertos e ela não mais perdeu tempo.
— Eu adoro as crenças brasileiras.
Exclamou, crente de que são longuinho, o santo dos achados e perdidos havia sido o responsável por iluminar a sua mente.
Sakura correu em direção a porta e seguiu em direção à sua garagem. Ao chegar ao cômodo da casa, viu suas chaves ,seu celular e sua bolsa jogados em uma das prateleiras que ali se encontravam.
Ela toma tudo em suas mãos e desprende um capacete preto de seu suporte.
Sim, Sakura andava sobre duas rodas. Ela era uma maluca de vinte e quatro anos, que pintava o cabelo de rosa, tinha olhos verdes e que pilotava uma Yamaha R6 com uma pintura ridícula em preto e rosa.
O capacete preto, com dentes afiados personalizados em sua pintura foi posto sobre sua cabeça. E antes que ela pudesse montar e disparar entre as ruas, ela se lembrou de que precisava pagar a sua parte do acordo.
Foi com satisfação que ela saltou sobre os pés e deu seus dezessete pulos assinados no contrato. Com um pequeno acréscimo ao saltar mais duas vezes.
O portão automático se abriu, e ela disparou sobre as ruas. Fazendo curvas e ziguezagueando entre os carros. Atravessando quarteirões de maneira rápida, mas na velocidade que lhe era permitida.
A biblioteca onde ela fazia seu estágio não tinha uma garagem grande o suficiente para o veículo dos funcionários, por isso ela precisava parar em um pequeno estacionamento que ficava a um quarteirão do seu destino.
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Nunca julgue um livro pela capa
FanfictionAs mãos brutas, calejadas e cheias de rabiscos, faziam contraste com as páginas amareladas e as capas envelhecidas que ele folheava. Todo o lugar parecia gritar que ele não pertencia aquele ambiente, que não combinava com as inúmeras prateleiras rep...