Entre Brindes e Corações 2 - A Partir de Agora - Jikook MPREG

💜🍻Um Jantar de Última Hora🍻💜

Park Jimin

Julho 2017

Quando Jungkook foi para sua formatura, o tempo todo eu fiquei pensando no passado, em nós, sei que ele teve todo um esforço para que pudéssemos começar do zero e abandonar o passado, mas não posso abandonar tudo que fez com que estivéssemos bem hoje. Me peguei pensando antes de dormir em como não mudamos muito, nosso lugar preferido no mundo ainda continua, sento o cantinho da praia de Cape May, foi ali onde eu o vi de uma forma diferente, mas não foi ali que tive certeza do que sentia.

Nossas versões infantis compartilham de muito amor, um amor podado na nossa adolescência, antes disso dizíamos eu te amo um para o outro a cada momento, andávamos de mãos dadas, dormíamos agarradinhos e tínhamos até coisas combinando, mas entrar em uma escola em um tempo onde as pessoas não estão preparadas para ver dois amigos demonstrando afeto um pelo outro acabou fazendo com que a gente se retraísse um pouco, talvez tenha sido aí que paramos de compartilhar tudo que pensávamos e aí que começou todos os desencontros.

Agora eu não precisava esconder tudo que eu sentia, as pessoas já não me olhavam com certo incômodo, e eu já não queria mais me moldar a mundo nenhum, tinha tudo que eu queria e não pretendia perder mais tempo porque o mundo diz que é errado. Não sabe a sensação que é olhar para ele e não receber um apelido de amigo, mas um "oi meu amor" ou algo mais criativo porque Jungkook nunca me atendia da mesma forma duas vezes seguidas, ele sempre tentava inovar ou me fazer rir.

Durante o nosso pequeno tempo separado ele fez questão de marcar presença, me ligava para tudo e às vezes com desculpas bobas e terminava a ligação dizendo que só queria ouvir minha voz por um minuto, mas que minha risada sempre era melhor e então esses pensamentos do passado começaram a surgir porque eu sempre estava me perguntando como o deixei escapar por tanto tempo, ou como não enxerguei que a segunda coisa melhor que me aconteceu, estava ali, bem debaixo do meu nariz.

Agora estávamos em nova York, um menino que veio para a Coreia do Sul com cinco anos e passou todo esse tempo em cidades pacatas, visitando a cidade grande pela primeira vez, não poderia ser mais mágico, eu e Jungmin ficávamos maravilhados com um lugar onde tem tantos prédios, e pela arquitetura do local, pelas luzes de noite e pela história, Jungmin ainda estava na fase de luzes, muitos táxis e bom, carrões bonitos.

Quando chegamos no hotel o meu pequeno já estava cansado demais para sair para mais algum lugar, decidimos então pedir serviço de quarto, um hambúrguer para ele e espaguete à bolonhesa para a gente, o quarto não era muito grande, as duas camas ficavam de frente para uma varanda onde tinha uma mesa de duas cadeiras, foi onde eu e Jungkook tivemos nosso primeiro jantar romântico, já que azul quis comer na cama onde estava mais quente e o que com toda certeza sempre foi o sonho dele.

Antes mesmo de começarmos a comer, meu pequeno já havia dormido, o hambúrguer pela metade no prato, as batatas nem haviam sido mexidas, estava tão cansado que dormiu de boca aberta.

- É, ele dirigiu muito. - Brinco e faço menção de me levantar para arrumá-lo, mas Jungkook me impede e se levanta primeiro.

- Acho que eu tenho que pegar alguns truques. - Sorriu para mim e foi até ele pegando o prato e levando até a mesa, depois com cuidado ajeitou ele nos travesseiros e o cobriu, ele fazia tudo com uma extrema delicadeza como se azul fosse quebrar com um toque mais forte, era fácil ver seu medo de longe, mas ele se saiu bem, principalmente quando prendeu os cabelos dele para não cair na cara e depositou um beijo em sua testa.

- Para um pai de primeira viagem você se saiu bem. - Sorri pegando as batatas do meu filho.

- É que a pior parte você já fez, por isso acaba sendo fácil. - Se sentou em minha frente.

- Então quando ele chegar na adolescência eu deixarei você cuidar, sabe, bem na fase em que ele vai começar a usar roupas pretas, com uma franja grande e lisa e o resto do cabelo todo repicado, o lápis de olho e o pior. Casaco preto no calor de Cape May. - Ele faz uma careta e começamos a rir.

- Se ele for um bom garoto, ele pode se vestir até igual você, todo colorido, cheio de glitter para todo lado e com um grande amor por roupas néon. - Tampo meu rosto porque mesmo que eu ainda goste de algumas coisas que chamem atenção, naquela época eu não tinha limites. - Se eu amei você daquele jeito, posso amá-lo de qualquer forma. - Reviro os olhos e jogo a batata nele que pega em sua blusa e coloca na boca.

A outra parte do nosso jantar ocorreu de forma silenciosa, apenas aproveitando a vista e ocasionalmente trocando carícias nas mãos, quando terminamos de comer os pratos voltaram para as bandejas e voltamos a nos preparar para dormir. Vesti meu pijama enquanto ele foi tomar um banho e após arrumar a cama fui até a varanda, iria fechar a porta para o sol não nos acordar tão cedo, mas acabei ficando hipnotizado com a vista, o centro da cidade ainda estava longe, mas o brilho total era incrível.

Arrepiei dos pés à cabeça com suas mãos ao redor de minha cintura e seu queixo em meu pescoço, mas assim que passou o susto eu me aconcheguei ainda mais em seus braços.

- Nem em todos os meus sonhos eu poderia imaginar que estaria em nova York, com você, desse jeito. - disse e senti sua respiração mais funda em meu pescoço.

- Eu imaginei! Em todos os lugares do mundo, tenho imaginado isso a tanto tempo, te mostrar o que os meus pais me mostraram, fazer você ter várias experiências longe de Cape May. Você combina com a liberdade, com aventuras e eu sempre desejei proporcionar isso a você, sabe, acho que eu não suportaria se você fizesse tudo isso com outra pessoa. - Respirou fundo e me apertou ainda mais. - Mas fico feliz que tudo se colocou no lugar, bem na hora certa, e agora é para sempre, porque eu não quero mais deixar você ir. - Me virei para ele. - Eu te amo Park chinchila. - Sorri e o beijei, demonstrando tudo que eu sentia, era recíproco, sempre foi.

- Eu também amo você, Jeon Coelho.