16

73 5 0
                                    

Pov Shawn

Tortura.

Foi nisso que as duas últimas semanas foram resumidas pra mim.

No dia que Harrison foi até minha casa me tirar do fundo do poço na qual eu me liguei, ele me deu a ordem de não falar nada, mais que o necessário com Camila.

Eu devia manter a maior distância possível que eu pudesse e evitar olhares ou conversas sexuais. O que realmente foi muito difícil já que ela estava a todo tempo tentando ser cordial e educada.

Uma parte de mim achou que talvez ela estivesse arrependida da sua fuga mas, a outra parte sabia que ela estava apenas tentando deixar ossa convivência melhor.

Como se isso fosse possível.

Então, com muito esforço me mantive o mais longe possível, considerando que ela é minha secretária. Eu evitava olhar em seus olhos castanhos brilhantes quando eu a chamava eventualmente na minha sala.

Santo Deus!

Era impossível não pensar em joga-la em cima da minha mesa e fazê-la gritar pra empresa toda ouvir quando ela tivesse um orgasmo.

Quando ela vestia aquelas roupas, apesar de sempre comportadas, deixavam minha imaginação a mil, principalmente considerando que eu já vi, lambi, mordi e outras tantas coisas com o que tinha por de baixo.

Eu sentia falta dela, de transar com ela. Bom, na verdade eu senti a falta do sexo em si, já que foi a última mulher que levei pra cama.

Não posso negar que fiquei contente quando ela entrou em minha sala e viu Hanna sentada em meu colo. Eu sim deixei que ela pensasse que iria acontecer alguma coisa ali, quando na verdade, eu só estava pensando em um jeito de dispensa-la sem que fosse grosseiro.

Mas ao ver a expressão de Camila, como se ela fosse pular no pescoço da loira em meu colo e arrancar fio por fio dos seus cabelos tingidos me fez ter uma pequena faísca de esperança.

Era estranho pensar 24 horas por dia em uma única mulher.

Principalmente em uma que me abandonou depois que eu falei que estava apaixonado por ela. Se eu ainda tivesse orgulho próprio, provavelmente estaria tentando superar, mas parece que perdi isso a muito tempo, porque tudo o que eu pensoagora é em com ter Camila pra mim.

Não só na minha cama. E isso me assuta.

A rápida conversa que tivemos sobre a reunião do Conex internacional foi o mais próximo que tivemos de um diálogo real desde que voltamos de Banff.

Parecia que tinha se passado uma eternidade que eu não olhava em seus olhos castanhos, e por um momento ela parou de me tratar apenas como chefe.

É uma porra eu ter ficado contente, quando ela cheia de sarcasmo me enfrentou. Aquela ela a Camila divertida que conheci no Canadá, e não essa que se esforça todos os dias pra voltar a ser somente minha secretária, como se eu nunca tivesse estado entre suas pernas.

Todos esse dias e ela nem ao menos tentou conversar sobre o que aconteceu.

Apenas fingiu que nada aconteceu e pronto. Simples assim!?

Mas pra mim já não era tão simples.

Eu estava determinado a jogar isso nela quando parei o carro em frente ao seu prédio. Apertei o botão do elevador e enquanto subia eu pensava em tudo que iria falar. Sobre como me senti, e me sinto. Por ter sido abandonado daquela maneira e por ela não querer falar sobre o que aconteceu.

Sai só elevador decidido. Com o discurso pronto na minha cabeça, mas assim que a porta se abriu, tudo se apagou e se transformou em um borrão.

Perfeita, não era nem de longe a palavra quena definia. Era preciso inventar um novo adjetivo pra isso.

O Acordo Perfeito [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora