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WALKER SCOBELL

Depois da festa na casa do Aryan, eu cheguei em casa tarde e capotei na cama. Acordo com minha irmã, Leena, me cutucando. Eu resmungo, manhoso, e me viro para o outro lado da cama.

— Quem é essa garota, Walker? — ela pergunta, então abro os olhos e a claridade da tela do celular dela machuca meus olhos.

— Kathleen! — exclamo, cobrindo os olhos com uma das mãos.

— Eu quero saber, Walker! — ela exclama, dando pequenos pulos pelo quarto.

Esfrego os olhos, sentado na beirada da cama, e me levanto. Leena continua falando na minha cabeça até a cozinha, onde encontro minha mãe fazendo ovos mexidos.

— Maninho, quem é a garota?! — Leena exclama, então minha mãe se vira para nós e encosta os antebraços no balcão.

— Agora estou curiosa — ela arqueia as sobrancelhas e dá um sorriso. — Quem é, Walker? Você vem saindo muito esses dias, eu sabia que tinha algo acontecendo.

Com as duas insistindo em saber, eu não conseguia esconder mais nada.

— Certo, o nome dela é Cassie.

— Valeu, maninho. Vou pesquisar o nome dela no Instagram e seguir — Leena pega o celular em cima da mesa e sai correndo.

— Leena! — vou atrás dela, e ouço minha mãe rir de nós enquanto mexe no fogão.

Minha irmã consegue ir para o quarto dela e trancar a porta antes que eu pudesse abrí-la a força. Começo a bater na porta várias vezes. Como ela não abriu - obviamente -, encosto-me na porta e digo:

— Leen, abra a porta.

Ela deve ter me ignorado, pois disse:

— É uma tal de Cassie Davis?

— Sim... quer dizer, não! Leena, pare com isso!

— E qual é o problema?

— O problema é que vai ficar na cara que eu falei dela pra você e para a mamãe!

— Ela não vai saber, Walker! — ela grita.

— Vai, sim! — grito.

— Walker, pare de gritar — diz minha mãe, andando pelo corredor com um cesto em suas mãos. — Não se esqueça de arrumar suas malas.

Ah, as malas.

Eu não estou preparado para me despedir. Principalmente para Cassie. Parece que vou me mudar para outro país ou passar anos fora do estado, porque dói demais. Eu estou ansioso com o projeto, é claro, mas estar do outro lado do país sem meus amigos não é tão fácil. E eu não sei se tenho algum prazo para voltar. Talvez eu até consiga voltar para passar alguns feriados em Los Angeles, mas eles ainda estão muito longes.

— Tudo bem, mãe. Leena, abra a porta! — continuo a bater na porta.

Por fim, acabo desistindo e vou para o meu quarto. Puxo a mala de cima do armário e começo a separar algumas roupas. Recebo uma notificação, então fico curioso e acabo me distraindo para olhar. É uma mensagem de Cassie. Nós começamos a conversar, então, quando menos percebo, estou deitado em minha cama digitando com um sorriso bobo. Largo o celular ao ver Leena encostada na porta.

— E esse sorriso bobo, maninho? Eu vi isso.

Acabo dando outro sorriso, sem perceber. Leena se senta na beirada da cama e suspira:

— Ela é a garota da entrevista, não é? Ela falou de mim.

— Sim. As perguntas dela foram muito interessantes. Eu estava cansado de sempre responder às mesmas perguntas.

𝐒𝐄𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐀𝐆𝐀𝐈𝐍, walker scobellOnde histórias criam vida. Descubra agora