Sorvete de morango com calda

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Stiles

Depois do despertar de meus poderes, as coisas tem sido bem estranhas. Meu pai tem imendado turnos e turnos de trabalho, o que faz com que Derek insista que eu e Luke fiquemos aqui na semana. Mas sinto que tem algo por trás, talvez ele esteja saindo com alguém.
Scott brigou com Isaac, então passo horas a fio ouvindo ele falar do mesmo mas nenhum dos dois tomou a iniciativa de pedir desculpas e se resolverem. Amanhã será meu primeiro dia de trabalho, até reformei jipe. Derek e eu vamos ao cinema hoje, fica em outra cidade. Mas vale a pena a viagem. Enquanto coloco comida para Luke Peter fala da cozinha:

—Mas que cheiro é esse em você ? Ele franze o nariz como se já não estivesse se acostumado com o cheiro de Derek em mim.
—Não preciso nem responder a essa sua pergunta.
—Estou falando sério, nunca senti esse cheiro antes. Andou pulando a cerca ? Derek corno é a mais nova novidade. Ele dá uma risada de escárnio.

No momento em que Derek desce as escadas. Em suas roupas pretas habituais e sua jaqueta de couro insubstituível, o que me faz suspirar ao vê-lo.

—Aonde tem um maçarico nessa cozinha, Derek? Acho que o Peter precisa de um bronzeado. Peter arregala os olhos e em um único movimento já está fora de casa.
—Você está lindo. Ele passa seus braços pela minha cintura, ato que me faz estremecer
—Não mais que você, lobo mal.
—Que cheiro é esse ? Você abraçou alguém? Ele começa e me cheirar por completo, e não para até que digo:
—Não, não abraçei ninguém, talvez o cheiro esteja diferente por motivos de sei lá. Meu perfume novo. Digo irritado —O que deu em vocês hein.
—Desculpe, pronto para ir ? Ele finge desviar do assunto mas consigo notar ele franzindo o nariz para sentir o cheiro.
—Sim, vamos.

Entramos no carro e partimos, pude notar que durante toda viagem ele ficava farejando o cheiro que ele dizia ter em mim. Fingi não perceber para não me estressar e começarmos uma briga. Assim que chegamos fomos direto a bilheteria a fim de comprar ingressos e pipoca para o filme O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA. Entramos na sala e esperávamos o filme começar. Assim que me sentei, o cheiro da pipoca ia diretamente ao meu nariz, me dando uma sensação de enjôo. Certamente os poderes de olfato haviam se aguçado.

—Você está bem ? Derek aperta minha mão.
—Estou sim, só o cheiro da pipoca que está me dando um pouco de enjôo. Mas tudo bem.
—Posso jogar fora se quiser. Espere aqui, vou na farmácia e te compro um remédio. Ele se levanta junto com o pacote de pipoca.
—Não precisa, o filme começa em cinco minutos. Digo baixinho
—É tudo o que eu preciso, volto antes do filme começar.

Ele sai pela porta, e ao passar joga o saco de pipocas na lixeira. O que me faz me sentir ainda pior, sem querer acabei estragando o nosso encontro, agora ele vai querer ir do filme direto para casa. Mas enquanto estava perdido em lamentações mentais ele retorna. Com uma sacolinha com remédio, água de coco e salada de frutas. E assim que ele se senta o filme anúncia começar.

—Aqui, tome esse anti-histamínico. Vai ajudar. Ele coloca o comprimido na minha mão e me entrega a garrafa de água. Enquanto abria a embalagem da salada de frutas e colocava um garfinho por cima, logo em seguida colocando em minhas mãos. —Coma isso, vai te distrair do enjôo.
—Obrigado por cuidar tão bem de mim. Dou um beijo em sua boca e nos viramos para ver o filme.
O filme foi extremamente incômodo em algumas partes, o que fez meu estômago se revirar por algumas vezes. Mas fui firme e aguentei até o final, mas a sensação de enjôo não havia ido embora, além da dor que eu sentia no estômago. Então fingi um sorriso para continuarmos o nosso passeio.

—Vamos para casa, você precisa descansar. Amanhã é seu primeiro dia. Ele pega minha mão a fim de me levar para a saída.
—Eu estou bem, podemos ficar um pouco mais. Comprar algo para comer... Sei lá
—Não mente para mim, seu cheiro não mente. Você está com dor. Mas diga o que quer comer que compro para viagem. Ele me puxa para perto de si e seca o suor que se formou em minha testa devido a dor. Vejo os olhares das pessoas para conosco e me afasto. Então ele me prende ainda mais perto de si. —Não ligue para eles. Quando não se está sendo amado, sempre abominam os que amam.
—Quero um subway de frango defumado e sorvete de morango com calda. Foi o que respondi em resposta.

Fizemos o pedido e então voltamos para o carro e o destino de volta para casa. Estava realmente com fome, assim que abri o sanduíche também abri a tampinha do sorvete. Mergulhei o sanduíche no sorvete de morango e dei uma grande mordida.

—Nossa, vai me desculpar...mas essa mistura não é nada agradável. Derek me lança um olhar incrédulo como se eu estivesse mordendo um pedaço de lixo
—Também achava isso, até eu experimentar isso agora. É divino. Falo com a boca cheia.
—Amei o nosso encontro hoje, mas não finga estar bem somente para me agradar. Porque se você estiver mal, eu certamente não vou me sentir confortável em te arrastar por aí. Digo isso porquê sei que você tem um péssimo hábito de achar que você estraga as coisas. Vou te levar no trabalho amanhã, é seu primeiro dia. Não diga que não, já me decidi.
—Eu também gostei, mas não me culpe por me sacrificar por você. Você quase perdeu seus poderes e até ofereceu sua cabeça em uma bandeja. E tudo isso por mim. Mas aceito a carona amanhã.

Chegamos em casa e eu fui direto para o banho, vesti uma típica camisa xadrez e uma calça de moletom. Assim que me deitei, Derek me ofereceu mais um comprimido e um pouco mais tarde um copo de leite. Ele apenas se deitou do meu lado e não falou em transarmos. Somente ficou ali. O que me fez soltar uma risada surpresa.

—O que foi ? Perguntou Derek ao meu lado.
—Não vai pedir para me comer ? Eu não conti o riso.
—Ei, não sou um maníaco. Minha prioridade agora é que me se recupere. Mas ainda bem que te fodi antes de sairmos.
—Você é inacreditável. Digo dando um tapinha em seu braço.

Ficamos deitados na cama, Derek lia um livro a meu lado enquanto eu assitia mais uma temporada de Master chef. Ficava intrigado com as habilidades daqueles participantes.
Meu pai tinha me mandado uma mensagem de texto. Se desculpando por estar tão atarefado ultimamente, mas que estava muito orgulhoso de mim, pelo meu trabalho e esforço. O que me deixou bem feliz. Por fim ele finalizou dizendo que no domingo iria fazer um jantar lá em casa e que tinha algo para contar. Já pude imaginar o que era. Quando pensei que já estava melhorando, eu senti. Senti uma pontada forte na barriga e uma onda de enjôo me tomou. Corri para o banheiro e me ajoelhei em frente ao vaso. Jogando ali tudo o que eu havia comido naquele dia, e vomitei por cinco vezes até que cessasse eu caísse sentado ao lado do vaso. Derek estava ali o tempo todo, afagando minhas costas em completo silêncio, mas as veias negras em seus braços entregou o que ele estava fazendo, estava tirando a minha dor. Por isso a dor diminuiu e o enjôo passou.

—Não era para você adoecer, pelo menos não com essas coisas. Você é uma raposa... Preocupação dominava suas feições.
—Mas eu era humano antes, ainda sou. O meu poder é uma parte individual do que sou. Deve ser por isso... Não se preocupe, no máximo é um efeito colateral da transição. Não se esqueça de que é tudo muito recente. Passei minhas mãos em seu rosto a fim de passar tranquilidade.
—É...faz sentido. Então vamos no Deaton, e se não der nada de anormal aí vamos ao hospital.
—Calma, depois que vomitei eu me sinto melhor. Pode ser uma virose, ou até mesmo algo que eu comi. É muito comum em humanos. Não há motivos para tanto. Me levanto e o puxo comigo. Mas ele me pega no colo e me leva para cama. —Amanhã acordarei melhor.
—Boa noite lobo mal. Depósito um beijo em sua testa e me aninho em seus braços.
—Boa noite raposinha. Ele corresponde o beijo e me aperta em seus braços o suficiente para que eu adormeça ali.

Derek

Nunca senti isso, medo. Não por alguém. Esse foi um sentimento único e individual que sentia raramente por mim, mas nunca por ninguém. A preocupação que senti hoje, ao vê-lo com dor e não quero nem lembrar do que senti quando os alfas o pegaram. Senti que iria morrer, mas meu medo maior foi que ele morresse. Me viro na cama e vejo ele dormindo em meus braços, seu cabelo está maior do que o habitual, fazendo com que cubra um pouco seus olhos, quando está desarrumado. Afasto os cabelos de seu rosto e o aprecio de perto, sardas se destacam em sua pele clara. Acho que nunca vou me acostumar com isso, com tanto que ele significa para mim.




///////O próximo capítulo vai ser destinado ao casal Scisaac///////

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⏰ Última atualização: Jan 27 ⏰

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