Capítulo 3 - um simples ato que provoca desespero.

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Aquilo tudo, estava sendo agonizante. Todos.. Todos estavam de fato morrendo aos poucos. Restam 12 de nós agora, sendo que começamos com 16. Haruto morreu de uma forma muito terrível e cruel. A pior das mortes até o presente momento.. Como isso é possível? Até quando amigos irão morrer? Eu queria chorar, mas nenhuma lágrima escorria.

Assim como antes, Monokuma anunciou ter aberto uma nova ilha. Eu fui até lá, fiquei um pouco surpreso com o que eu vi. Haviam: Um hospital; uma biblioteca que não era tão grande; um concert; loja de lembranças e um parque comum.. Com brinquedos para crianças. Acredito que Jany vá gostar disso.

Fui primeiramente até o concert, vi que Kirumi estava lá. Lembrei.. Daquele papel que Kinji havia me mostrado. Falando nele, eu não o via desde o julgamento. Me aproximei de Kirumi, perguntando:

— Ei, Kirumi.. Aonde está Kinji? — Perguntei.

Ela olhou para mim, abaixando um pouco a cabeça enquanto cruzava os braços. Demorando um pouco, ela responde:

— Ouvi dizer que ele foi amarrado no próprio quarto ou algo assim. Até tentaram trancar ele lá também, mas o Monokuma não deixou.. Não sei se eles deram um jeito de fazer ele não sair. — Kirumi me respondeu, imediatamente fiquei surpreso. Quando eu ia questionar o porquê disso, imediatamente me toquei..

Foi por conta do julgamento. A forma insana que ele agiu, traindo mesmo sendo uma espécie de cúmplice.. E como ele falou. Fiquei quieto por alguns momentos.

— Ah, sim.. Entendo. Obrigado pela sua resposta, Kirumi. Mas.. O que você está fazendo aqui? Desculpe por perguntar assim! Somente fiquei curioso.

— Apenas olhando os instrumentos e o lugar.. E-Eu.. Bom- — Ela deu uma pequena pausa antes de falar. — Estive pensando em cantar aqui, fazer uma espécie de "show" para todos, alguma hora. Queria que Kinji me ajudasse com isso, mas não sei se vão deixar soltar ele só para ele vir tocar aqui. — Kirumi me responde enquanto me olhava. Como se queria que eu respondesse de forma agradável. Bom, eu fiquei feliz com a ideia.

— Mesmo?! Isso é muito legal, Kirumi! Espero que vocês consigam.. Tenho certeza que você canta muito bem, este é seu ultimate, afinal.. — Sorri, mas confesso que me perguntei como que Kinji tocava também.. Deve ser ótimo.

Kirumi, em resposta, apenas sorriu. Parecia bem agradecida.. Eu logo dei uma última olhada no lugar, que era bem equipado, estando em ótimas condições. Então, logo saí dali. Decidi fazer que nem antes: deixar para olhar outros lugares mais tarde.

Falando no Kinji, ele estava amarrado mesmo?.. Isso me deixou um pouco "ansioso", mas decidi ir até o dormitório dele. Chegando lá, dei leves batidas na porta. Ninguém respondeu ou abriu. Hesitei, mas olhei envolta antes de encostar minha mão na maçaneta. De primeira, não abriu. Mas insisti cerca de três vezes, então empurrei e consegui adentrar no quarto.

O quarto de Kinji era bem.. Organizado e bonito. Era em tons de azul, bem diferente do meu. Haviam prateleiras com livros- Enquanto eu olhava ao redor, vi que Kinji também estava ali. Só esperando eu prestar atenção nele. Ele estava sentado no chão encostado na parede, com ambos os braços amarrados para trás.. Seus pés também estavam amarrados, claro. Por mais que não parecesse muito firme. Ele sorri para mim.

— Eu esperava todos.. Menos você, Shun! Fico tão feliz em vê-lo aqui, você sabe.. Estou há um tempo amarrado já.

— Uh... Eu apenas vim ver como você estava. Fiquei sabendo que você havia sido amarrado e-

Ele me interrompe.

— Então, você ficou preocupado, foi? Foi? Eu sabia que você gostava de mim, mas não tanto! — Kinji diz sorridente.

Danganronpa: The awakening of despair.Onde histórias criam vida. Descubra agora