15 - Let it burn.

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Dias atuais

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Dias atuais.
- Sicília, Itália.

Hoje o dia não está dos melhores. Estou sentado na cadeira de couro do meu escritório. As janelas, que dão uma vista perfeita para uma cidade bem iluminada, estão refletindo o meu humor sombrio. Estou mergulhado em um silêncio que deveria ser reconfortante, mas agora parece pesado, com minha mente não parando nenhum segundo de pensar, me causando pontadas na cabeça pela irritação que estou sentindo. Estou esperando Gael; ele, junto com a equipe que contratou, vai revistar a cobertura. Quero uma limpa geral. Se eu achar a porra de uma escuta ou algo parecido, eu vou acabar matando a primeira pessoa que eu ver em minha frente.

Havia contratado alguns seguranças, não para mim, óbvio, mas para Jason. Optei por deixá-lo aqui em casa enquanto se recupera. Desde ontem, ele acordou somente uma vez, mas o médico disse que é normal, pois o loiro sofreu múltiplos ferimentos e garantiu que ele precisava descansar. Mas claro que eles ainda fazem o que estão sendo pagos para fazer. Ordenei que não deixassem ninguém entrar aqui. Quando o telefone tocou, interrompendo meus pensamentos, atendi com uma frieza calculada. O segurança informou que Gael já estava aqui, e eu dei a liberação para o mesmo entrar.

Desliguei em seguida, levantei-me da cadeira, ajeitando o paletó com movimentos precisos. Por que estou vestido tão casualmente? Digamos que minha noite será cheia. São apenas seis da tarde e eu já sinto a ansiedade antecipada do que estive planejando a manhã toda em fazer. Vai ser um belo espetáculo, uma fogueira grande no meio da noite para esquentar qualquer filho da puta que estiver perto. Saí do escritório e entrei na sala.

Quando Gael entrou, trazia consigo dois técnicos, homens competentes e de confiança, escolhidos a dedo por ele para a tarefa. Eu podia sentir o peso de seus olhares cautelosos. Eles sabem quem eu sou e, por saberem da minha fama, possuem a plena noção de que eu não gosto de falhas. Não existem erros no meu meio; eu não tolero.

— Vamos direto ao ponto — disse, minha voz cortante como uma lâmina afiada. Cruzei os braços, uma pose que adotei mais para controlar minha própria raiva do que para intimidá-los, embora soubesse que o efeito seria o mesmo. — Vocês sabem o que fazer. Quero que vasculhem cada centímetro desta casa. Nada passa despercebido.

Gael acenou com a cabeça e os técnicos começaram a trabalhar de imediato. Um deles puxou um scanner de frequência da mala, o zumbido suave da máquina sendo a única coisa quebrando o silêncio. Acompanhei cada movimento com olhos de águia, minha mente fervilhando com possibilidades, minha arma em minha cintura já esquentando para eu tirá-la.

Se alguém ousou instalar escutas em minha casa, essa pessoa deveria estar ciente das consequências. Mas, mais do que a ameaça de represálias, o que me incomodava era a audácia. Minha casa, meu santuário, sendo violado. Parece até a porra de uma piada. Isso era intolerável. Gael interrompeu meus pensamentos, sua voz carregada de uma cautela que eu desprezava naquele momento.

D'MELL (Ardente Obsessão #1) Onde histórias criam vida. Descubra agora