Aonde Lia desiste de morar na pequena aldeia aonde nasceu e tenta ir para uma escola um pouco diferenciada podemos dizer, mas, sua amiga Agnes não deixa ela ir sozinha. No meio do caminho um "incidente" acontece. E agora? Elas vão tentar resolver? O...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Aqui estamos nós, se passou 1 mês desde o dia que a Lia veio aqui ficar ao meu lado e me apoiar em questão a tudo o que estava acontecendo com a minha mãe. Hoje faz 1 semana desde o falecimento da minha mãe. Desde o dia que tudo aconteceu Lia está dormindo aqui em casa, hoje depois de uma semana consegui fazer ela ir para a casa dela nem que seja por 10 minutos para poder ver o pai e a irmã. Mesmo me fazendo me prometer que ficaria bem e que esperaria ela em casa, ela foi mas ainda sim, com um pé atrás. Agora já devem fazer 30 minutos que ela saiu e para ser bem sincera é bom ter esse tempo para mim
Desde quando a minha mãe faleceu não tenho tempo para pensar muito, para ser sincera nem sei o que eu estou sentindo, Lia tem ficado tão em cima de mim esses dias e tem me feito ocupar minha cabeça com outras coisas e para ser sincera agradeço a ela, acredito que seja melhor assim.
Vou contar um pouco do que aconteceu a uma semana atrás, exatamente no dia em que minha mãe faleceu
~Uma semana atrás~
Acordo sem intender muito bem o que está acontecendo, acordei com barulho de muitas pessoas em minha casa e isso é estranho já que ontem só estava eu, minha mãe e a infermeira que praticamente se mudou para nossa casa
Levanto da cama ainda meio tonta e ando até a porta do meu quarto a abrindo. Assim que a abro vejo a infermeira em minha frente, assim que ela me vê ela para o que está fazendo e anda até mim, coloca as mãos em minhas costas me fazendo andar até o sofá. Olho para ela sem intender nada mas não tenho muito tempo de falar alguma coisa já que Lia abre a porta da minha casa de uma vez me fazendo olhar para ela sem intender o que ela estava fazendo na minha casa tão cedo
-Alguem pode me dizer o que está acontecendo ? ( pergunto olhando para a infermeira e depois para a Lia )
-Você ainda não contou para ela ? ( Lia pergunta para a enfermeira )
-Eu ia contar agora ( ela responde )
-Alguem pode me dizer o que está acontecendo ?
-Vou deixar vocês duas conversarem sozinhas, qualquer coisa me chamem, vou ajudar os médicos ( ela avisa e levanta indo em direção ao quarto da minha mãe )
-Médicos ? No quarto da minha mãe ? Lia, o que está acontecendo ? ( começo a me desesperar )
Lia anda até mim, senta no sofá ao meu lado e segura minhas mão fazendo um leve carinho nela. Não pode ser, começo a ligar os pontos e tudo faz sentido. Quando tenho uma minima ideia do que está acontecendo em minha casa meus olhos começam a lacremejar.
-Me fala que não é o que eu estou pensando. Por favor Lia. Me fala ( começo a chorar )
-Eu queria poder dizer que é tudo isso não passa de uma brincadeira sem graça e que nada disso é verdade mas infelizmente não posso ( ela deiz me abraçando de lado e fazendo carinho em minhas costas )
-Lia, eu não posso, eu não consigo sem ela, isso não pode estar acondecendo ( coloco minhas mãos em meu rosto e começo a chorar mais e mais )
-Vai ficar tudo bem, você nunca vai estar sozinha, sempre vou estar aqui por você principalmente nesse momento tão delicado
-Licença meninas, vim trazer um copo de água para vocês ( ela fala entrando na sala com dois copos de água nas mãos )
-Como aconteceu? Quando ? Aonde está minha mãe ?
-Era mais ou menos 4:30 da manhã quando escutei os paralheos do coração da sua mãe apitando, levantei rapidamente e fui até o quarto, ela teve uma parada respiratoria, tentei reverter a situação mais infelismente já era tarde de mais. Chamei os médicos que estavam cuidando dela, eles vieram para retirar os aparelhos. Antes de tudo isso acontecer sua mãe me disse que não era para nós deixarmos você ver ela quando falecesse e que assim que isso acontecesse era para nós entregarmos isso para você. ( ela estica uma carta mal dobrada em minha direção )
-Leia quando se sentir pronta, sua mãe já foi encaminhada para o IML da cidade, o velorio será amanhã e você decide quem você quer que vá. Vou ficar aqui com você até semana que vem, quero e certificar que você ficará bem
-Tudo bem, obrigada por tudo que você fez e está fazendo por mim e por minha mãe
-Não precisa agradecer querida
~Voltando~
A enfermeira foi embora ontem, ela ficou cuidando de mim e se certificando que eu estava bem e quando teve certeza que eu estava melhor foi embora, outra coisa que ajudou ela a ir embora mais tranquila foi ver que Lia ficaria comigo, sempre. No dia do velorio da minha mãe as unicas pessoas que foram foi: a Lia, o pai e a enfermeira. Não quis que outras pessoas fossem, somente eles ficaram ao meu lado e ao lado da minha mãe desde quando tudo começou
O dia do velorio foi bem dificil, não posso negar mas ter eles ali comigo ajudou a ser menos dolorio do que seria se eu estivesse sozinha. Uma coisa que não tive coragem de fazer foi ler a carta que minha mãe deixou para mim, toda vez que eu vejo ela sinto um nó na garganta se formando e uma vontade avassaladora de chorar. Me lembro dela em todos os comodos, aonde olho tenho uma memoria com ela.
Agora mais do que nunca quero que esses 11 meses se passem o mais rapido possivel, estou com saudades do Jaden, da escola e sim, por incrivel que pareça, estou com saudades da minhavida de princesa, dos vestidos. Acredido que se a eu de um ano atrás estivesse escutanto o que a eu de agora estou falando teria um treco. Mas eu mudei e muito, e não sinto que aqui seja mais meu lugar
