Momo tinha acabado de receber aquela mensagem. Após um mês de término de relacionamento ela e Dahyun nunca mais tinham conversado, muito menos se visto. Seria a primeira vez.Eram 3h da manhã, e a japonesa não conseguia pensar em uma razão pra que Dahyun a chamasse para ir na sua casa esse horário. Não queria admitir, mas estava curiosa. Mas não seria a curiosidade que iria fazê-la ir na casa de sua ex namorada.
Era a necessidade de ver ela, de poder ouvir sua voz novamente, de poder ver seus olhos e seu sorriso. De poder estar no mesmo local que ela depois de tanto tempo.
Entrou em um banho quente e ao terminar passou o hidratante e o perfume que Dahyun mais gostava em sua pele. Não iria ficar por trás, por mais que tivesse sido Momo que encerrou o relacionamento. Queria provocar a outra mulher, fazê-la saber que Momo ainda lembrava dela e de seus gostos.
Esse primeiro mês após o término tem sido resumido em dor e sofrimento. Choros e ressentimentos. Momo se arrependia de ter terminado com Dahyun mas não aguentava mais ser um segredo para todos na vida de sua amada. Seus familiares não conheciam a Hirai e a Kim fazia questão de que eles nunca a conhecessem. E isso fazia com que Momo se sentisse menos amada.
Sabia que tinha sido o certo a fazer. Era boa em tomar decisões. Mas essa noite isso não existiria.
Então se trocou o mais rápido que pôde. Subiu em sua moto e partiu em direção a casa de sua ex namorada.
Dahyun queria vê-la e Momo iria atrás dela.
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Dahyun a esperava.
Ansiosamente esperava. O amor de sua vida estava chegando em sua casa novamente depois de dias, que mais pareceram torturantes anos. Ela esperava que Momo tivesse entendido o sentido de te-lá chamado em plena madrugada. Ela estava necessitada da japonesa.
Necessitada de seu amor, seu calor, seus sussurros sujos, suas mãos fortes e sua boca molhada.
Necessitava dela. Só dela. E doía precisar tanto de alguém que não pôde ter por tanto tempo. Mas hoje as coisas seriam diferentes. Elas iriam se pertencer, nem que fosse por uma noite. Nem que fosse por algumas horas, elas seriam quem sempre foram uma para a outra novamente.
A coreana tinha deixado tudo pronto. Tinha vestido sua camisola de seda vermelha, a cor em contraste com sua pele alva fazia com que ela se sentisse sexy e confiante.
Sua coragem em chamar Momo para sua casa no meio da madrugada não se resumia em apenas tesão acumulado. Também queria conversar com a outra mulher, queria poder dizer que estava disposta a assumir o que tinham para sua família. Para o mundo inteiro se assim fosse o desejo de sua ex. Chega de esconder quem era e quem amava. Esses dias sem a japonesa foram como passar pelo inferno.
E enquanto Dahyun pensava nela, a mesma escuta sua campainha ser tocada. Era ela. Ela realmente tinha vindo.
Dahyun se levanta às pressas e tenta não tropeçar.
Quando chega na frente da porta, sua mão vai diretamente em direção a maçaneta mas antes ela se lembra de respirar fundo para não parecer ansiosa. Como estava.
Ao abrir a porta, ela da de cara com o rosto que tanto sentia falta. Aquele olhos pequenos e redondos que sumiam quando a mesma sorria, o cabelo curto com a franja sempre caindo nos olhos, a boca rosada e bem desenhada, os braços fortes, a pele extremamente clara e a voz rouca que deixava suas pernas bambas com apenas um "oi".
— Oi, você tá bem?
Dahyun estava paralisada, viu os olhos de Momo descerem para a camisola em sua pele e também assistiu os mesmo voltarem para os seus olhos. Estavam mais escuros do que nunca. E a coreana entendeu isso como uma deixa.