Atração Proibida

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Em minha mente, ainda ecoam os momentos do encontro com Lucca na igreja. Seu sorriso caloroso, sua voz suave, sua presença envolvente... tudo isso parece assombrar-me, como se cada lembrança fosse uma peça de um quebra-cabeça que estou lutando para montar. Enquanto me afasto do mundo urbano e me embrenho na serenidade do parque, sinto-me simultaneamente cativado e intimidado pela intensidade dos sentimentos que Lucca despertou em mim.

Naquela tarde á medida que o sol começa a se pôr, lançando tons dourados e rosados sobre o horizonte, meus passos são interrompidos subitamente ao vislumbrar Lucca vindo em minha direção. Meu coração começa a acelerar descontroladamente, batendo forte contra o peito, enquanto uma onda de nervosismo toma conta de mim. Minha mão fica gelada, e uma sensação de formigamento percorre todo o meu corpo, como se a simples visão de Lucca fosse capaz de desencadear uma reação física instantânea.rofundamente em mim, pois refletem exatamente o que estou sentindo. Mil pensamentos correm desordenadamente pela minha mente, cada um competindo pela minha atenção. O que devo dizer a ele? Como devo agir? Será que ele está se sentindo da mesma maneira que eu? Essas perguntas dançam em minha cabeça, sem encontrar respostas satisfatórias.

Enquanto nos aproximamos um do outro, a tensão no ar é quase palpável. Posso sentir o peso do nosso encontro iminente, como se estivéssemos prestes a mergulhar em águas desconhecidas juntos.

Quando finalmente nos encontramos frente a frente, há um momento de silêncio carregado de expectativa. Nossos olhares se encontram, e por um instante, parece que o tempo se suspende ao nosso redor.

"Willan, que surpresa você encontra aqui", diz ele com um sorriso caloroso.

"Lucca, eu... eu estava dando uma volta", respondeu, lutando para controlar a turbulência de emoções que me assola.

Nossas palavras são simples, mas há uma energia elétrica no ar, como se estivéssemos conectados por algo além da compreensão humana. Enquanto conversamos, percebo que as preocupações e inseguranças que me assolavam antes parecem desvanecer-se lentamente, substituídas por uma sensação de calma e aceitação.

De repente, Lucca quebra o silêncio com um convite inesperado. "Você gostaria de ir tomar um sorvete? Acho que seria uma boa maneira de continuarmos nossa conversa e nos conhecermos melhor. Além disso, eu ainda estou me familiarizando com a cidade e adoraria sua companhia."

Surpreso com a espontaneidade e gentileza de Lucca, eu assinto com um sorriso. "Claro, seria ótimo! Vamos lá."

Caminhamos juntos até a sorveteria mais próxima, e uma vez lá dentro, começamos a conversar animadamente. Lucca compartilha suas experiências na cidade e suas aspirações para o futuro, enquanto eu abro meu coração sobre meus próprios sonhos e desafios. A atmosfera é leve e descontraída, e logo estamos rindo e conversando como se nos conhecêssemos há anos.

À medida que a noite avança e o sorvete derrete lentamente em nossas taças, Lucca inclina-se mais perto de mim, seu olhar repleto de emoção. Ele coloca delicadamente uma mão sobre a minha, fazendo meu coração acelerar novamente.

"Willan", ele sussurra suavemente, seus olhos encontrando os meus com uma intensidade irresistível. "Desde o dia que te vi na igreja, não consigo tirar você da minha cabeça. Há algo em você que me cativou desde o primeiro momento.

Eu me vejo refletido em seus olhos, uma mistura de surpresa e ternura inundando meu ser. Em um impulso irresistível, inclino-me para frente e nossos lábios se encontram em um beijo suave, mas cheio de significado.

Enquanto nos separamos, uma sensação de calor e euforia se espalha por todo o meu corpo.

Após o beijo, uma sensação de vertigem me envolve enquanto me afasto de Lucca, a desculpa sobre estar tarde escapando dos meus lábios antes que eu perceba. "Preciso ir para casa, minha mãe provavelmente já está preocupada", murmuro, lutando para manter a calma diante da torrente de emoções que me consome.

Nos despedimos rapidamente, mas a imagem de Lucca fica gravada em minha mente enquanto eu caminho de volta para casa. Meu coração está em guerra com minha mente, lutando para reconciliar os sentimentos que parecem tão proibidos com as convicções que foram incutidas em mim desde a infância.

Enquanto ando pelas ruas silenciosas da cidade, as palavras que minha mãe diria ao descobrir que eu beijei o filho do pastor ecoam em minha mente: "Isso é errado, Willan. Não podemos ceder a esses desejos pecaminosos." E, no entanto, o calor dos lábios de Lucca ainda queima contra os meus, desafiando todas as minhas crenças arraigadas.

Chegando em casa, ajoelho-me em meu quarto, as lágrimas brotando em meus olhos enquanto clamo por perdão a Deus. "Por favor, perdoe-me por me deixar levar por sentimentos que sei que são proibidos", sussurro em uma prece desesperada.

Mas, apesar das palavras de arrependimento que fluem de meus lábios, uma verdade implacável se instala em meu coração: o que sinto por Lucca é real, é forte, é verdadeiro. E, por mais que tente negar ou reprimir, sei que não posso fugir do que meu coração anseia.

Assim, passo a noite em um estado de angústia e conflito, debatendo-me com as dúvidas e as incertezas que ameaçam consumir-me. Mas, mesmo nas trevas da noite, uma pequena faísca de esperança permanece, alimentada pela certeza de que o amor que sinto por Lucca é maior do que qualquer temor ou preconceito. E é essa esperança que me guiará através das sombras em direção à luz de um novo amanhecer.

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