☄️ ~ P.

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O clima entre nós era leve; logicamente o homem que agora andava ao meu lado não suportava mais nenhuma interação social depois de um dia inteiro no shopping.

O silêncio confortável combinava com as nuvens escuras que sobrevoavam nossas cabeças; um lembrete discreto de que já estava anoitecendo.

— ... Sendo sério, garotinha? — ele murmura. — Poderíamos começar tudo de novo... hm?

Ele quase ronrona enquanto passa um de seus braços em volta dos meus ombros. Eu olho para longe por um momento e dou de ombros.

— ... Como assim, Cassy? — sussurro, e ele me dá um sorriso arrogante.

— Bobona. — Ele se inclina para mais perto. — Vai me dizer que não reparou como sempre estamos envolvidos nos problemas dos outros, hm? — ele exaspera. — Nathaniel, Ambre, Debrah, Luke e blá, blá, blá... — O ruivo franze o cenho. — Não tivemos um dia de paz, pestinha.

Eu soltei uma risadinha.

— Olha, pensando desse jeito, é verdade. — Olhei em volta na rua pacata e sorri, subindo meu olhar para Castiel.

A luz fraca da rua ilumina os detalhes de seu rosto. Seu sorrisinho arrogante, seus olhos se estreitando em direção aos meus, sua franja levemente desajeitada...

Ele conseguia ser lindo de qualquer forma.

— ... Para — quase imploro.

— O quê? — respondeu inocente.

— Você sabe o que está fazendo, Veilmont — eu murmurei sorrindo, revirando meus olhos.

— Ah, perdão, estou te fazendo se apaixonar de novo? — questiona, logo segurando meu queixo. — Então, boneca, acho melhor continuar me olhando — disse, sua voz um pouco rouca.

Dei uma risadinha desajeitada.

— Eu odeio você.

— Eu também te amo, minha garotinha — sussurrou com um selinho.

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— Ah, porra, como se chama essa merda mesmo? — perguntou sorrindo enquanto se jogava de costas na cama.

— Hm... colchão? — tento adivinhar.

— Não, Y/n. — Castiel se sentou na cama. — Paz, gênio.

Suspirei e deitei ao seu lado.

Finalmente paz.

Havia um silêncio confortável no quarto enquanto me acomodava ao lado do ruivo. O clima um pouco frio, nos obrigando á recorrer por uma coberta fina.

Apenas eu e ele.

— ... Hm. Paz? Gosto como isso soa — sussurrei, enterrando minha cabeça em seu pescoço enquanto o abraçava com força. — Posso ficar em paz com você?

Ele soltou uma risadinha rouca, envolvendo seus braços á minha volta enquanto apoiava seu queixo em minha cabeça.

— Em paz comigo, gatinha? — Ele ri. — Acho difícil.

— Você entendeu o que eu quis dizer, idiota — eu murmurei, o fazendo rir mais uma vez.

— Ah, o que eu não faço pra você, Y/n? Sinceramente...

Ele se inclina e dá um leve beijo no meu pescoço.

— Você é uma pestinha — ele sussurra, beijando minha mandíbula. — Você é tão... porra, Y/n. — Ele solta um grunhido baixo. — Como eu posso te amar tanto? O que você fez comigo?

Eu ri com suas palavras, porém corei com suas ações. Uma sensação quente e pegajosa se espalhou pelo meu corpo.

Então, essa era a sensação a qual eu não sentia a tanto tempo?

Paz? Carinho?

Eu sinto que estou em casa.

Finalmente em casa.

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🍓// Pestinha •| ⋇⋆✦⋆⋇.°🍉 (Castiel) Onde histórias criam vida. Descubra agora