WELCOME TO NEW YORK

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Quando me disseram que o amor verdadeiro existia, eu nunca questionei como e onde ele poderia ser encontrado, até ele me encontrar.


Barulho de trânsito, carros buzinando, e o barulho do aquecedor. Esse era meu despertador matinal favorito. Eu morava em Nova York! A cidade que nunca dorme, cheia de vida, e extremamente barulhenta. Abro meus olhos lentamente, a cortina do teto ao chão deixa uma pequena brecha da luz entrar pelo meu quarto. Me espreguiço ao me sentar na beirada da cama. Levanto e caminho até ao banheiro para minha higiene matinal. Banho, escovar os dentes. Visto minhas roupas. Lingerie, saia de tubinho preta, abotoou a minha camisa branca de cetim. Olhando diretamente ao espelho do banheiro, encaro uma mulher com sonhos: Olhos azuis, cabelo cor de mel, alta e com leve mal habito de ficar com a postura errada. do um leve sorriso. Passo uma leve maquiagem corretivo, contorno, nos olhos um delineado e nos meus lábios meu batom favorito vermelho canela. Finalizo meu cabelo em ondas perfeitas com o secador. Caminho até a cozinha e pego de cima do balcão da cozinha meu smart watch que indicava 7:00 em ponto. Puxo a minha bolsa de cima do mesmo balcão a minha chaves, e celular. Pego e visto o sobretudo preto que estava dependurado no cabide da parede ao lado da porta. Calço meu scarpin preto e quando menos espero estou pra fora do apartamento indo direto ao elevador. Passo pelo saguão, comprimento Joel, o sindico, com sutil movimento de cabeça Joel retribui. Joel  é um senhor da Inglaterra que se mudou para Nova York para tentar uma vida nova com a sua esposa e dois filhos. Assim como eu, que vim direto da Pensilvânia após minha formatura buscando meu sonho de ser uma grande advogada, me tornando por 5 anos uma  assistente executiva de um escritório de advocacia.

Andando pela calçada, passo na minha cafetaria preferida "Spirito di Milano" que ficava no caminho até ao escritório. Pego meu copo de café expresso e agradeço a atende. Já fora da cafetaria paro por um minuto. A sensação do sol aquecendo meu rosto do vento frio, me faz sentir que hoje seria um belo dia. Sorrindo cumprimento algumas pessoas e elas me retribuem com um leve sorriso. Em uma mão eu seguro meu copo de café expresso e a outra o celular. Do prédio onde eu moro até o escritório eram somente 3 quarteirões, da minha casa para Times Square era apenas 2. Era um apartamento médio com uma linda vista dos prédios ao redor. cozinha e sala, banheiro social, 2 quartos sendo 1 suíte, era tudo que eu precisava. Subindo os degraus da escadaria com uma leve corridinha, passo pela  frente espelhada do enorme prédio onde ficava o melhor escritório de advocacia da cidade. A faixada espelhada, com um grande letreiro anunciando o nome Law & Sue - Advocacia . Eu sou uma assistente de um dos melhores advogados, eu diria o mais importantes de Nova York, que era do escritório Law & Sue- Direito Desportivo; tínhamos como clientes os maiores clubes da NFL. Tiro da minha bolsa meu cartão e insiro na catraca, passo por ela e antes de chegar ao elevador, escuto uma voz me chamando.

— Ally, me espera! : me viro já com sorriso no rosto, encontro com  Mabel Trierweiller minha melhor amiga. Nos abraçamos como se não tivéssemos nos visto nas 24h. - Estou extremamente cansada. diz Mabel

— Se você parasse de sair para happy hours você estaria bem. A respondo sorrindo.
— Se você parasse de ser tão obcecada viveria mais. Ela retruca - Alias, qual foi a ultima vez que você saiu ?. Questiona Mabel ao apertar o elevador.

— Ontem eu me diverti assistindo vídeos de autoajuda. Mabel revira os olhos, entramos no elevador. Do um gole no café, e ofereço para ela, que nega com a cabeça rapidamente.

— Sabe nem sempre você precisa se manter em cativeiro, olha só pra você alta loira e não se diverti. Isso é muito deprimente! - Mabel fala apontando para meu tipo físico, suas sobrancelhas pretas quase se encontram. Ela era tão linda quanto poderia se imaginar. Seu cabelos pretos, caindo sob seus ombros, seu rosto redondo, nariz empinado e lábios rosados harmonizavam com um lindo pares de olhos castanhos.  Ela era como sol, sempre que entreva iluminava o local. Olhei para ela e antes de responder uma mão pausa as portas do elevador para que ele não se fechasse. O elevador abre as portas para 3 homens bem vestidos. Eles nos cumprimentam e continuam a conversa entre si,então Mabel sussurra não o suficiente para que só nós duas escutasse. 
Se eu fosse você, seria uma grande vadia-  Começo a tossir e quase me engasgo com o gole de café. Um dos três homens, olha diretamente para mim. E meu olhar cruza com um par de olhos verdes.
— Que homem lindo — digo mentalmente. Ele era alto, cabelos cor de mel em um corte bem baixo. Sua barba estava quase precisando ser feita. Brincos em suas orelhas. E um semblante bem sério. Mas de alguma forma ele ainda continuava extremamente lindo. O terno se encaixava perfeitamente em seu corpo, porém o seu jeito despojado demostrava que ele não estava muito confortável com traje.

- está tudo bem?. Um perguntou, e para minha pequena decepção não foi o senhor olhar intenso.

—Está sim, ela só se engasgou - e pra minha surpresa Mabel respondeu primeiro. Ela me deu um leve empurrão me trazendo de volta a realidade. Levei o copo até a boca para desviar o olhar do dele.
 — Jesus! - Mabel sussurrou.
—E se eu fosse você aprendia a falar mais baixo. Falo com o copo entre meus lábios. e então o elevador abriu as portas. Passamos por eles e caminhamos rapidamente pra fora do elevador.

— Meu Deus! Que homem perfeito - Mabel continuou —Achei até que mina calcinha iria escorregar pelas minhas pernas. 
— Mabel! - A repreendo. Apesar da falta de noção, eu sei muito bem o que ela quis dizer. Engulo  a seco, e antes que eu pudesse continuar falando, duas mãos me seguraram pela cintura me tirando do caminho. Senti um leve hálito tocar em minha orelha, me viro para abraçar meu acalorado e carinhoso namorado, John.
— Bom dia, Miss América - Sorri com o elogio, e ao erguer meu olhar novamente me encontrei com o pares de olhos verdes vindo em nossa direção. Ele caminhava no meio dos dois homens, o que fez parecer com que eles estivessem ali para servi-lo. Aquele olhos que me lembravam James Dean. Seu semblante ainda mais sério. Engoli a seco e me desvencilhei rapidamente dos toques das mãos de John.
—John, não faça isso no escritório -  John se afastou rapidamente, ficando um passo atrás. Estávamos parados na entrada para os escritórios quando eles passaram por nós.
— Acho que estamos em más lençóis - John disse com um belo sorriso de canto.
— Você tinha mesmo que fazer isso? Perguntei, e em seguida caminhei atrás dos homens que estavam indo direto para a sala de Steve Law, um dos CEOS do escritório.
—Boa Sorte - disse Mabel me mostrando seus dedos cruzados, indo para o balcão das atendentes. Apertei os passos joguei o copo vazio de café na lixeira, e abri a porta antes de um deles alcançar a maçaneta. Eles passaram por mim rapidamente. Então com uma voz baixa eu falei:
— Como posso ajudar, senhores ? -  Droga! praguejei mentalmente. Os 3 homens estavam parados na sala de espera, dei uma volta e fiquei atrás da minha pequena mesa, coloquei a minha bolsa na lateral da minha cadeira. fiquei de pé olhando para eles com as minhas mãos cruzadas, e aquele momento percebi que o senhor olhar intenso me olhava de volta. Um  sorriso sem graça surgiu nos meus lábios.

— Não! -  Ele respondeu, diferente da minha voz a sua era grave e firme. O Homem alto, lindo e com de semblante severo, era extremante arrogante. Quem poderia imaginar ?

Cause, baby, now we've got bad blood - Bad Blood (Taylor Swift)


Continua...

The Love Between Us ( Tayvis)Onde histórias criam vida. Descubra agora