Bonûs.

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Harry tentava alcançar a tigela de cereal na parte de cima do armário, mas seus braços curtinhos não ajudavam nem se ele se esticasse tanto como estava fazendo agora. Murmurou baixo, irritado por ser baixinho e não conseguir alcançar as coisas sozinho.

— Eu te disse para me chamar se quisesse — Ele sentiu os pelinhos do seu corpo se arrepiarem quando a voz grossa de Louis soprou atrás de si — aqui — o mais velho pressionou seu corpo com o do híbrido propositalmente, enquanto alcançava a tigela sem dificuldade e colocava em cima da bancada.

— Você não deveria colocar tão alto — Harry disse emburrado — sabe que o gatinho não alcança...

Ele havia aprendido a falar corretamente com a Lottie, sua dona, já que quando ele chegou não sabia direito formular algumas palavras e falava de si mesmo na terceira pessoa, mas ele sempre acabava voltando a falar errado quando estava fazendo birra ou quando estava bravo. Nesse caso, Harry estava muito bravo.

— De nada — Louis riu fraco.

— Eu não pedi... — murmurou baixinho pensando que o outro não escutaria, mas ele escutou.

Depois do tempinho que Louis e Harry ficaram juntos na casa do Tomlinson, os dois ficaram bem mais próximos. A Lottie não entendida porque o gatinho pedia tanto para dormir na casa de Louis agora, mas ela não vai problema nenhum nisso, achava fofo que os dois tenham se aproximado.

Nesse fim de semana, a mulher iria viajar com sua mais nova namorada, por isso acabou pedindo para que seu irmão ficasse com o gatinho para que ele não ficasse sozinho, e Louis estando com o fim de semana livre, aceitou sem problema nenhum.

Mas ele não podia negar que aquele gatinho mexia com ele, não só sexualmente, mas Harry se mostrava cada vez mais alguém dentro dos padrões do tipo ideal para Louis, claro, com uma mudança ou outra, mas só pareciam ser mudanças positivas.

— Gatinho malvado... — em um movimento repentino, Louis segurou Harry pela cintura e o virou, fazendo que ele o encarasse e seu corpo batesse contra o armário atrás de si — anda com uma língua muito afiada.

— Você é um chato! Não deixa o gatinho... não deixa o Harry comer morango! — e estava com as bochechas vermelhas pela raiva, suas orelhinhas estavam em alerta e sua calda se movia com agilidade.

Ontem, eles tiveram um probleminha. Harry chegou todo animado na casa do outro dizendo que sua dona havia o levado para uma hamburgueria antes de partir, o gatinho alegou que havia comido dois hambúrgueres grandes com batata frita e refrigerante. No caminho de volta eles compraram uma fatia de bolo de morango para o híbrido, a mulher o deixou na casa de Louis e partiu para o seu destino, ele contou tudo ao irmão sobre a hamburgueria enquanto comia o bolo de morango com bastante recheio.

Tomlinson disse ao gatinho que ele deveria escovar os dentes e dormir e Harry no começo assentiu, mas quinze minutos depois quando viu Louis abrindo a geladeira e viu um pote cheio de morangos lavados e vermelhinhos, seus olhos azuis brilharam.

Imediatamente ele pediu ao outto, mas o mais velho negou, dizendo que ele já havia comido muito. O gatinho insistiu, insistiu muito mesmo e Loiis como não sabia negar um pedido do gatinho, acabou dando a ele um dos morangos que o mesmo comeu, saboreando o doce e o azedo em cada mordida.

O morango acabou rápido demais e acabou que o gatinho pediu por mais um, mas foi negado imediatamente enquanto o mais velho pedia para que ele escovasse os dentes e fosse para a cama. Louis sabia que se o menor comesse demais ele acabaria ficando com dores na barriga depois, como já aconteceu antes, então era melhor o gatinho dormir antes que ele acabasse ficando doente.

O cacheado obedeceu, foi escovar os dentes e se deitou na cama quentinha de Louis enquanto o mais velho ia tomar banho, mas Harry esperou o chuveiro ligar e foi correndo para a cozinha, abriu a geladeira e pegou o grande pote de morangos.

Híbrido. - L.S! Onde histórias criam vida. Descubra agora