Capítulo 53

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Emily

Novamente aquela sensação estranha se encontra apertanto meu peito como se algo de ruim fosse acontecer e céus... estou com muito medo do que pode acontecer quando eu contar tudo para o Nathaniel.

Acho que nunca fiquei com tanto medo de perder alguém e isso tudo por culpa minha, não tinha o direito de esconder algo do género mas também não posso continuar escondendo algo de tamanha importância, me recuso a fazer isso. Chegou a hora de contar tudo e enfrentar as consequências.

Sei que ele pode ficar bravo mas pelo menos eu quero que ele saiba por mim e não por outra pessoa porque aí sim me destruiria por completo ver a decepção estampada no seu rosto e talvés aí também eu possa nunca ser perdoada por ele e tudo o que estávamos contruindo desabar na minha cabeça.

Saio do táxi determinada depois de pagar o taxista, passo pelos grandes portões do condomínio decidida e nada me faria recuar, não mais.

Pego nas chaves da sua casa que ganhei ainda a semana passada abrindo a porta logo em seguida. Nathaniel me deu as chaves para que eu tivesse livre acesso a casa e logo depois surgiu o convite de morarmos juntos que me surpreendeu bastante mas não tinha lhe dado uma resposta ainda pelo menos não até eu me livrar desse fardo que me consome a cada dia.

Entro na casa e as luzes estão todas apagadas.
Ele não chegou ainda? Mas ele disse que estaria aqui antes que eu chegasse. Que estranho!

Será que teve algum imprevisto no trabalho?

Deixo as minhas coisas no sofá da sala e me sento nele deixando as minhas mãos apoiadas no meu colo, pego no celular e ligo a tela que ilumina uma boa parte do meu rosto e também me permite ver algumas coisas na sala.

Ligo para ele mas dá tudo na caixa postal e nem uma mensagem deixou para mim, suspiro passando as mãos pelo meu rosto e deixo novamente o celular no sofá.

Balanço a perna nervosa e logo escuto um barulho no final do corredor, me levanto alarmada ajeitando o meu vestido.

Ainda bem que estou de tênis se for algum ladrão vou correr facilmente!

Respiro fundo e vou me aproximando devagar no local até que vejo uma luz vinda do escritório do Nathaniel e novamente ouço mais uma barulho de algo que provavelmente quebrou.

Franzo o cenho.

Me aproximo da porta a abrindo e vejo muitas coisas espalhadas no chão como se o local tivesse sido revirado, entro no escritório e noto uma figura imponente na sua magestosa cadeira de cabeça baixa e um como que suponho ter whisky em sua mão.

Então foi ele que fez tudo isso mas por que?

Eu sei que ele notou a minha presença, ele sempre nota. Quando ele levantou o olhar pude ver a sua feição que nesse momento estava inespressiva.

Engulo em seco mordendo o lábio inferior nervosamente.

E depois de segundos que inevitavelmente se tornaram torturosos minutos ele me encarava em todal silêncio, como se me avaliasse e sinceramente eu gostaria realmente de saber o que se passava na sua mente agora.

- O que aconteceu aqui? - ele bebe o resto do líquido e deixa o copo na mesa, respiro fundo - Eu pensei que você não estava, não deixou nenhuma mensagem avisando que já tinha chegado.

Silêncio!

- Dá para responder? Eu disse que preciso conversar você.

Ele sorri balançando a cabeça negativamente .

- E qual seria o tema dessa conversa, meu amor? - seu tom é de pura ironia o que me faz pensar que... não, ela não pode ter feito isso.

Mordo o meu lábio inferior afim de falar de uma vez.

Nathaniel Salvarote - ESTÁ SENDO REESCRITOOnde histórias criam vida. Descubra agora