𝑳𝒊𝒂 𝑳𝒂𝒎
❦︎
𝑝𝑜𝑖𝑛𝑡 𝑜𝑓 𝑣𝑖𝑒𝑤—Obrigada, Romeu.
São minhas últimas palavras antes de deixar o táxi.
Parada olhando para a casa, sinto um arrepio percorrer por todo o meu corpo enquanto os pingos da chuva deslizavam sobre meu guarda chuva preto. Suspiro, e adentro a casa.
A porta range e eu observo ao meu redor, a casa com seu design rústico, que embora ninguém morasse lá a muito tempo ainda parecia muito bem conservada e limpa, detalhes que me fizeram questionar o porque Marcy havia a deixado para mim.
Digo isso com gratidão, claro, jamais gostei da ideia de ter que morar com a mãe do meu padrasto após ele falecer naquele acidente com a minha mãe.
Meu pai? Nunca o conheci, se suicidou quando descobriu que minha mãe estava grávida.
Como uma moradora fiel de Los Angeles, obvio que já havia ouvido falar dessa casa, uma das atrações turísticas voltada para o terror daqui, a casa dos assassinatos. Mas eu não sentia medo, não, pelo contrário, nunca acreditei em fantasmas, espíritos ou demônios — e mesmo que existissem, com certeza prefiro morar com eles a ter que dividir meu espaço com Marcy.
Marcy já estava muito velha, e após aquela sua cadela morrer ficou ainda mais insuportável, nunca senti uma boa alma vindo daquela mulher, não passa de uma aproveitadora perua.
Sem mais delongas, fechei a porta deixando minha mala próxima a escada e decidi explorar a casa. Cada passo que eu dava me sentia mais observada, de certa forma, como se estivesse sendo seguida.
Indo para a cozinha — qual achei o cômodo mais bonito da casa, por sinal — olhei pela janela, e quase caí para trás ao ver uma senhora de cabelo loiro curto me olhando fixamente.
Olhei em volta, sem jeito, sem saber o que fazer, até ela sumir de vista.
Logo que me virei, escutei uma voz suave.
—Nova moradora, querida?
Tomei um susto na hora, era a senhora.
—Ahm... sim. Desculpe a indelicadeza mas como a senhora entrou na minha cozinha?!
—Oh!—Ela deu uma risada e pousou a mão em seu peito—Eu tenho a chave, mas não se preocupe, não vou lhe importunar.
Estou vendo.
—Não me avisaram que mais alguém tinha a chave.
—Bom, isso não me surpreende.
Então surge um silêncio muito constrangedor no ambiente, olhamos uma para a cara da outra sem saber ao certo o que dizer.
—Então senhora...
—Constance.
—Senhora Constance, não quero ser mal educada mas gostaria de subir e organizar minhas coisas, mas sinta-se a vontade caso precisar de algo.
—Oh querida, obrigada, mas acho que você quem vai precisar.—Ela me olha com um sorriso macabro, e franzo a sobrancelha por não entender bem o sentido do comentário —Pois então, hoje é aniversário do meu neto, moramos aqui do lado, se quiser ir comer um bolo conosco fique a vontade. Sabe, Liam tem sua idade mas não tem muitos amigos, seria bom conhecer alguém.
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𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 | 𝐓𝐚𝐭𝐞 𝐋𝐚𝐧𝐠𝐝𝐨𝐧
Fanfiction𝙇𝙞𝙖 Lam sempre foi uma garota quieta, com cara de poucos amigos. Sempre vivendo na sombra de sua família, uma família perfeita, adorável, reconhecida, até que em um acidente de carro sua mãe e seu padrasto falecem, e 𝙇𝙞𝙖 passa a viver com a mã...