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𝑳𝒊𝒂 𝑳𝒂𝒎
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𝑝𝑜𝑖𝑛𝑡 𝑜𝑓 𝑣𝑖𝑒𝑤

—Obrigada, Romeu.

São minhas últimas palavras antes de deixar o táxi.

Parada olhando para a casa, sinto um arrepio percorrer por todo o meu corpo enquanto os pingos da chuva deslizavam sobre meu guarda chuva preto. Suspiro, e adentro a casa.

A porta range e eu observo ao meu redor, a casa com seu design rústico, que embora ninguém morasse lá a muito tempo ainda parecia muito bem conservada e limpa, detalhes que me fizeram questionar o porque Marcy havia a deixado para mim.

Digo isso com gratidão, claro, jamais gostei da ideia de ter que morar com a mãe do meu padrasto após ele falecer naquele acidente com a minha mãe.

Meu pai? Nunca o conheci, se suicidou quando descobriu que minha mãe estava grávida.

Como uma moradora fiel de Los Angeles, obvio que já havia ouvido falar dessa casa, uma das atrações turísticas voltada para o terror daqui, a casa dos assassinatos. Mas eu não sentia medo, não, pelo contrário, nunca acreditei em fantasmas, espíritos ou demônios — e mesmo que existissem, com certeza prefiro morar com eles a ter que dividir meu espaço com Marcy.

Marcy já estava muito velha, e após aquela sua cadela morrer ficou ainda mais insuportável, nunca senti uma boa alma vindo daquela mulher, não passa de uma aproveitadora perua.

Sem mais delongas, fechei a porta deixando minha mala próxima a escada e decidi explorar a casa. Cada passo que eu dava me sentia mais observada, de certa forma, como se estivesse sendo seguida.

Indo para a cozinha — qual achei o cômodo mais bonito da casa, por sinal — olhei pela janela, e quase caí para trás ao ver uma senhora de cabelo loiro curto me olhando fixamente.

Olhei em volta, sem jeito, sem saber o que fazer, até ela sumir de vista.

Logo que me virei, escutei uma voz suave.

—Nova moradora, querida?

Tomei um susto na hora, era a senhora.

—Ahm... sim. Desculpe a indelicadeza mas como a senhora entrou na minha cozinha?!

—Oh!—Ela deu uma risada e pousou a mão em seu peito—Eu tenho a chave, mas não se preocupe, não vou lhe importunar.

Estou vendo.

—Não me avisaram que mais alguém tinha a chave.

—Bom, isso não me surpreende.

Então surge um silêncio muito constrangedor no ambiente, olhamos uma para a cara da outra sem saber ao certo o que dizer.

—Então senhora...

—Constance.

—Senhora Constance, não quero ser mal educada mas gostaria de subir e organizar minhas coisas, mas sinta-se a vontade caso precisar de algo.

—Oh querida, obrigada, mas acho que você quem vai precisar.—Ela me olha com um sorriso macabro, e franzo a sobrancelha por não entender bem o sentido do comentário —Pois então, hoje é aniversário do meu neto, moramos aqui do lado, se quiser ir comer um bolo conosco fique a vontade. Sabe, Liam tem sua idade mas não tem muitos amigos, seria bom conhecer alguém.

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⏰ Última atualização: Feb 02 ⏰

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𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 | 𝐓𝐚𝐭𝐞 𝐋𝐚𝐧𝐠𝐝𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora