CAPÍTULO 2

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— Deixe-me saber mais sobre você — disse para Sebastian, que me observava na poltrona oposta a minha.

— Não tenha interesse em mim — ele sorriu para mim, mostrando seus lindos dentes.

— Eu me interesso imensamente pelo senhor — ele voltou a me analisar.

— Creio que, infelizmente não seja a hora, já que quando o fizer, minha querida Adélia me achará um ser cruel.

— Nunca pensaria assim de você! — o garanti, fazendo seu rosto se suavizar.

— Venha — ele estendeu sua mão para mim, convidando-me a ir ao encontro do seu toque.

Sentei-me no braço da poltrona, sentindo seus dedos gélidos tocarem minhas costas.

Sebastian beijou meu braço enquanto respirava fundo, sentindo o meu aroma.

— Tão linda — ele sussurrou para mim — Permita-me, querida Adélia, aproveitar mais de sua beleza.

Sebastian levantou-se, segurando meu rosto entre as mãos, seus lábios beijaram suavemente minha bochecha, descendo até a linha do meu maxilar, escorrendo para meu pescoço.

— Você não sabe, querida Adélia, como eu desejei alguém como você, sua alma tão doce... Tão suave, um coração quente e afetuoso... Minha querida — Sebastian beijou novamente meu pescoço — Acompanhe-me, de volta para a Hungria, quero ter você ao meu lado por toda a eternidade!

— Sim, — sussurrei entre meus suspiros — Acompanharei você, para sempre.

Sebastian então, apertou-me contra si, fazendo com que meu corpo se desmanchasse em seus braços, o frio em seu peito, ultrapassava a camada de tecido que nos separava, o cheiro doce de sua pela, me embriagava, como uma saborosa taça de vinho, que inundou minha garganta com seu ardor alcoólico, enquanto enevoava minha mente em um misto de luxúria e dor.

Os dentes de Sebastian tocaram minha pele, se tingindo com a minha cor enquanto afundavam em minha carne macio, podia sentir, enquanto ele lambia entre seus suspiros.

— Você será minha, na eterna e miserável morte, não pedirei perdão pelo meu egoísmo, pois isso é tudo o que tenho — Sebastian mordeu seu pulso, colocando o líquido vermelho em meus lábios — beba — ele ordenou — é acompanhe-me na eternidade.

O sabor ardente que tomou minha garganta, reviveu meu corpo, fazendo-me agarrar seu braço enquanto engolia o máximo que podia.

Sebastian afastou-se se mim de repente, permitindo-me respirar, sentia como se meu corpo estivesse próximo a explodir enquanto minha mente fluía da inquietação a loucura.

Sebastian tomou-me em seus braços, ajudando-me a levantar e sair da biblioteca, o corredor, agora não parecia mais tão escuro e sombrio, na verdade, poderia jurar que o baile está acontecendo a centímetros de mim.

Nós passamos pela porta da sala dos espelhos e pude ver Charlotte dançar e rir, enquanto eu mesma me sentia apenas um espectro de algo.

A escuridão, embora se tornasse menos assustada, me mantinha inquieta e alerta, não era confortável, nem mesmo o toque de Sebastian, que me guiava na escuridão, parecia rígido de mais.

— Onde nós vamos? — sussurrei, virando-me para lo vê, Sebastian sorria com uma satisfação estranha.

— Você precisa morrer, querida.

Ouvir suas palavras, embora doces, me fez acordar.

Por que tão doces? Por que tão repentinamente eu o desejei? Por que me entreguei a ele? Quem é ele? O que ele fez comigo? Por que não consigo dizer não para ele? O que ele fez comigo?

Enquanto era arrastada para fora, me despedi de Versalhes, de Charlotte e de alguma maneira, de mim mesmo.

1.448 palavras

Le vampire [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora