A Minha Vida

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|S/n on|

Pai - VOCÊ NÃO SERVE PARA NADA POIS NÃO?!?!NEM A PORCARIA DE UM ARROZ CONSEGUES FAZER -  ele diz isso enquanto me puxa o cabelo, e num movimento brusco, me atira contra o chão.

Eu já nem dou mais luta pois já sei que não vale a pena pois, só iria tornar o castigo pior. Estava com a cara contra o chão, e sentia que a força ia aumentando fazendo eu sangrar do nariz e sair me sangue pela boca.

Pai -LIMPA ISSO AGORA, A NÃO SER QUE QUEIRAS TER MAIS UMA COSTELA QUEBRADA- ele diz isso enquanto abre um sorriso malicioso.

Ele vira-se e vai-se embora me deixando deitada no chão

Eu me levanto com dificuldade, pois tinha vários hematomas, cortes e de certeza que devia ter alguns membros partidos incluindo, uma ou duas costelas e o nariz, com o grande impacto com o chão que tive agora.

Me levanto e continuo a fazer o jantar como se nada estivesse acontecido. Viro a cara e cuspo sangue. Despacho-me a pegar um pano e começo a  limpar aquilo antes que alguém visse, mas infelizmente não tive essa sorte.

A minha irmã mais nova,  Akiko ( a favorita dos pais ), viu aquilo e logo começou a chamar os pais.

Akiko - MÃE! A S/N SUJOU O CHÃO DE SANGUE!

Nesse momento, eu me desesperei pois, mesmo que conseguisse esconder as provas, eu já sabia em quem eles iam acreditar.

O meu pai estava a dormir e ninguém na casa, exceto a Akiko tinha coragem para o acordar,   então veio a minha mãe.

Mãe- O teu pai tinha razão devíamos ter te abandonado no dia em que nascestes.

Eu bem que não me importava, de certeza que devia ter um melhor tratamento do que tenho aqui.

Mãe - NÃO DIZES NADA?!

S/n  -  ...desculpe...- digo com a voz meu rouca.

Sinto um tapa forte na cara.

Mãe - COMO TE ATREVES A RESPONDER A TUA MÃE!?

S/n - ...

Ela tira uma tesoura duma gaveta e corta um pedaço do cabelo da S/n e com a mesma tesoura, faz um corte na minha mão não muito profundo.

Mãe - Podia até fazer mais, mas ainda não me acabei de arrumar, e não me apetece contar ao teu pai porque ele depois fica chateado.

Ela vira se de costas e começa a falar com a Akiko, como se ela fosse uma das sete maravilhas do mundo, e enquanto isso a Akiko se vira para trás e mostra a língua para mim começando a fazer caretas, e depois vão se embora, me deixando ali no meio da cozinha, naquele estado.

Começo a chorar baixo.

Quando é que isto vai acabar? Quanto tempo terei de sofrer mais? 

Estou tão farta disto, já tentei fugir de casa diversas vezes mas nunca consegui pois, a minha família precisava de uma "empregada" para servir a "divindade" que eles eram por me deixar morar debaixo do teto deles, e comer a comida, que de vez em quando, eles me deixavam comer. Sinceramente eu já não sei o que fazer mais para fugir deste inferno que as pessoas chamam casa.

Eles nunca me amaram, e duvido que algum dia isso aconteça. Antigamente a minha mãe até  costumava me defender, mas quando o meu pai começou a ameaça-la também, ela deixou de se importar comigo.

E quando a minha irmã nasceu as coisas só pioraram, pois os meus pais, até que não me maltratavam muito mal assim como hoje em dia, mas quando ela nasceu, o inferno mudou de lugar e onde estava debaixo da terra subiu e se instalou na minha casa. "A minha querida irmã" faz tudo, mas mesmo TUDO o que consegue, para me ferrar. Ela faz todo o tipo de porcaria imaginaria e mete as culpas para cima de mim. E é claro em quem os pais vão acreditar? Na linda e perfeita princesinha deles a Akiko obvio.

Estou eu distraída nos meus pensamentos parada no meio da cozinha, quando oiço passos a descer a escada, e rapidamente pego num taxo e finjo que estou a fazer algo.

Mãe - Eu e a sua irmã vamos às compras, comprar roupinhas para ela. Ela está a precisar de umas novas não é minha princesinha linda? -  ela olha para Akiko e a mesma faz beicinho.

Mãe - Quando voltar quero o jantar feito e a casa arrumada entendido? Se não haverá consequências.

S/n - Sim, senhora. Quer que eu faça mais alguma coisa?

Mãe - Não tenho necessidades neste momento, mas quando tiver eu digo e tu fazes.

Ela fecha a porta e saí. 

Doía me o corpo todo, tinha me mexido demasiado rápido para pegar um tacho.

Elas a cada duas semanas vão comprar roupas novas para a Akiko, e eu aqui com a mesma roupa desde os meus 7 anos.

Vou fazendo as coisas devagar pois tenho o corpo todo dorido. Quando acabo de limpar a casa, que limpei com o maior cuidado para não acordar a fera, me sento num canto da sala e pela janela fico a admirar as nuvens porque não me deixavam sair pois a "empregada da preciosa família ainda acabava por fugir".

Apesar de tudo bem lá no fundo na minha mente, ainda acredito que seja possível escapar deste inferno, que o karma existe e eles iram pagar por tudo o que me fazem passar. Mas enquanto isso não acontece a única coisa que posso fazer é não perder a esperança, que em alguns momentos parece inexistente, mas ainda a mantenho.

 A minha barriga roncava pela fome, e pelo o facto de estar uma mesa cheia de comida à minha frente e não puder tirar nada, porque se eu tentasse tirar, iria ser pior para mim. Claro que eu conseguia roubar algumas porções enquanto fazia a comida, mas não era o suficiente para me alimentar bem. Eles só me deixavam comer depois que eles terminassem, e enquanto eles comiam ou eu estava a limpar alguma coisa, ou estava ali no meio da sala em pé, parecendo um poste, a olhar eles a comerem e rezando que restasse alguma coisa. Ás vezes a minha irmã repetia de prepósito só para que não restasse nada e eu não pudesse comer.

Eu detesto tudo sobre a minha família, uma família repugnante, maldosa e terrível.

Mas eu não sei como, atuam muito bem. Pois a mesma família que me maltrata é a família mais popular e "bondosa" da vila. Claro que os habitantes sabem da minha existência, mas os meus pais fizeram os acreditar que eu era um demónio que tinha reencarnado no corpo de uma garotinha. Eles diziam que eu tinha más intenções e por isso me maltratavam e não deixavam sair de casa. E claro que como já eram a família mais popular da vila quando eu nasci, todos os habitantes acreditaram.

A minha vida é realmente um verdadeiro inferno, e já não sei o que fazer, pois não há nada mais que eu possa fazer sem ser esperar que algum dia as coisas mudem, mas para mim esse dia ainda vai demorar para chegar.

A minha vida é realmente um verdadeiro inferno, e já não sei o que fazer, pois não há nada mais que eu possa fazer sem ser esperar que algum dia as coisas mudem, mas para mim esse dia ainda vai demorar para chegar

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1171 palavras

Oq acharam? Eu acho que como é a minha primeira fic até que ficou bom, mas eu tenho muitas ideias e muitos plot twist ainda para contar, por isso fiquem atentos.

Vos amo❤

Sayonara💙💙💙

Ajudaste me a Mudar ( S/n x Muichiro Tokito )Onde histórias criam vida. Descubra agora